Forças Armadas reforçam buscas por desaparecidos na Amazônia

Dois helicópteros foram colocados para auxiliar as buscas. (Crédito: COMANDO MILITAR DA AMAZÔNIA / AFP)


CRUZEIRO DO SUL
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O Comando Militar da Amazônia e a Marinha do Brasil mobilizaram ontem (7) dois helicópteros para reforçar as buscas pelo indigenista Bruno Pereira, servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian. Eles desapareceram no Vale do Javari, próximo à fronteira com o Peru, no domingo, depois de receberem ameaças, e ainda não foram localizados.
A procura por eles começou ainda na segunda-feira, mas apenas por meios terrestres e por embarcações. O Exército emitiu nota em que dizia ser capaz de cumprir uma missão humanitária de busca e salvamento, mas que aguardava instruções superiores para iniciar a operação.
O envio de aeronaves pelo Ministério da Defesa para reforçar as buscas era um dos principais apelos de amigos e familiares dos desaparecidos, já que o deslocamento em grande parte da região de selva se faz apenas em barco ou por via aérea, forma mais eficaz para realizar uma varredura e mais rápida.
A esposa de Phillips, Alessandra Sampaio, e a esposa de Pereira, Beatriz Matos, publicaram pedidos para que os órgãos competentes intensifiquem as buscas. “A gente ainda tem um pouquinho de esperança de encontrar eles”, diz Alessandra em vídeo gravado ontem à TV Bahia. “Mesmo que eu não encontre o amor da minha vida vivo, eles têm que ser encontrados.”
Agentes da Polícia Federal, do Comando de Operações Táticas (COT), a tropa de elite, participaram das buscas na aeronave Jaguar H225M, do 4º Batalhão de Aviação do Exército. Segundo o Exército, as buscas seguem de forma ininterrupta, com combatentes da 16ª Brigada de Infantaria de Selva.
A Marinha também havia informado que um helicóptero do 1º Esquadrão de Emprego Geral do Noroeste seria deslocado para auxiliar na missão, além de duas embarcações e de uma moto aquática. Os destacamentos da Marinha, da Capitania Fluvial de Tabatinga, já fizeram buscas pelos rios Javari, Itaquaí e Ituí. (Estadão Conteúdo)
JORNAL CRUZEIRO DO SUL/montedo.com

6 respostas

  1. Imaginem o quanto de dinheiro público já foi gasto na formação de militares para atuar na selva, esperando, talvez, uma invasão da Venezuela, China, Estados Unidos, França, Russia, Europa, etc. Invasão esta que não virá, pois já está invadida por garimpeiros, narcotraficantes, madeireiros, etc. Esses são os verdadeiros inimigos e o teatro de operações já está definido. Resta aos que receberam formação atuarem com presteza na solução de conflitos reais e nos quais foram adestrados para combater.

    1. Eu conheço a região. Já estive 3 vezes em Atalaia do Norte. Conheço inclusive alguns comerciantes da cidade. Cidade bastante indígena, com muitos peruanos. Não tem garimpo e nem madeireiro nessa região do Alto Rio Negro. O grande problema ali e o narcotráfico. Da cidade de Atalaia do Norte indo pelo Rio Javari tem mais de 1500 km de Selva adentro, com alguns PF do Exército. Pelo tempo do desaparecimento infelizmente eles foram assassinados.

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