Marinha afasta militares que fizeram pessoas abordadas baixarem as calças no Paraná

Imagens da abordagem de militares a homens na PR-488, em Santa Helena, no Paraná - Reprodução

Procedimento administrativo vai investigar abordagem, que foi registrada em vídeo

Mauren Luc
CURITIBA
– A Marinha do Brasil afastou militares envolvidos em uma abordagem na rodovia estadual PR-488, em Santa Helena, no Paraná. Imagens de câmera de segurança mostram os oficiais exigindo que os abordados abaixassem as calças para revista pessoal.
A corporação instaurou procedimento administrativo para apurar o episódio. O prazo para concluir a investigação é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20.
Nas imagens, que chegaram ao conhecimento da Marinha na última segunda-feira (30), é possível ver os militares revistando os caminhoneiros.
Eles são levados, um a um, para a parte dianteira do veículo, onde são obrigados a abaixar as calças. A Marinha não informou se algum deles foi preso nem se havia algo irregular no caminhão ou na carga.
A ação ocorreu no posto de controle de trânsito, para inspeção de veículos e pessoas na região de fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai.
Santa Helena fica a 107 km de Foz do Iguaçu. Na região, são constantes as apreensões de armas, drogas e produtos ilegais.
A ação integrou a operação Ágata Arco Sul-Sudeste, “a qual tem o propósito de contribuir para a prevenção, fiscalização, controle e repressão dos delitos transnacionais e dos crimes ambientais”, diz a Marinha, em nota.
A corporação informou que a operação Ágata teve início em 24 de maio e que o procedimento padrão em abordagem é tratar as pessoas com educação e respeito, sem nunca constranger o cidadão.
De acordo com a Marinha, os militares foram identificados e afastados da operação. Os nomes e o total de agentes não foram revelados.
FOLHA/montedo.com

2 respostas

  1. Realmente, o rigor legal a eles, mas contudo ressalto que o titular da pasta Marinha, também fez o povo brasileiro “abaixar as calças” quando utilizou-se de um bem público (avião da FAB) para satisfazer um interesse particular. Sendo assim, por atentarem contra a moralidade e probidade administrativas todos deveriam sofrer o mesmo apenamento.

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