Diretor do laboratório do Exército se recusa a participar de audiência que discutiria Viagra

Vigagra nas farmacias 
Foto: GERARDO SANTOS

Coronel Anderson Berenguer não apresentou motivo para negar o convite

Chamado a participar de audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (1º), o coronel Anderson Berenguer, diretor do laboratório químico farmacêutico do Exército, recusou o convite.
A audiência debateria as Parcerias para Desenvolvimento Produtivo (PDPs) em curso nos laboratórios públicos do país. Uma das PDPs em curso é a da transferência de tecnologia para a produção do citrato de sildenafila, nome científico do Viagra, que incluiu a compra de milhões de comprimidos entre 2019 e 2022.
Em carta aos deputados da comissão, Berenguer diz que declina do “digno convite” e sugere que a Associação dos Laboratórios Oficiais do Brasil seja chamada. Ele não apresentou motivo para a recusa.
Jorge Solla, deputado federal do PT-BA, diz que o mínimo que esperavam era que Berenguer, se não pudesse comparecer, indicasse outro representante do laboratório.
“Eles [Forças Armadas] fizeram a contratação do Viagra como sendo de PDP com a EMS. Com isso, fizeram uma compra de Viagra sem licitação. Nossa suspeita, com evidências fortes, é a de que foi uma forma de burlar a licitação e escolher um laboratório específico”, afirma o parlamentar
“Não há patente do Viagra e há vários fabricantes do remédio no Brasil. E a PDP permite que você não faça licitação porque você indicaria uma empresa detentora de tecnologia e capaz de transferir a um laboratório público do Brasil. Já tem quatro anos que eles fazem aquisição nessa modalidade e tudo indica que não houve transferência de tecnologia alguma, só burla à licitação”, completa.
Painel(FOLHA)/montedo.com

5 respostas

  1. 11,2 milhões de unidades de Viagra.
    Onze milhões e duzentas mil unidades de azulzinhos.
    Inacreditável.
    Com o Jair na presidência os químicos meteram o pé na jaca.

  2. Simplesmente, agora e só votar uma requisição e mande ao superior dele, que acredito seja o Diretor de Saúde do Exército. Vamos ver se ele não vai.

  3. Pelos comentários os dois militares que aqui tem visitaram, abaixo de meu comentário, são a favor de não se investigar fumaça de corrupção ou seja, no mínimo condescendentes. Uma vergonha, pois como sempre aprendi que “quem não deve, não teme”. Garanto que se fossem convosco seu Comandante não se importaria em obrigá-los e aí de vocês se não fossem.

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