Exército diz a TCU que prótese peniana mais cara foi por melhor ereção

Prótese peniana inflável que teria sido, supostamente, comprada por exército brasileiro. O intrumento é de plástico leitoso e está sob mesa azul - Metrópoles Divulgação

Exército gastou R$ 3,5 milhões em compra de próteses penianas 33 vezes mais caras do que as autorizadas pelo SUS

Guilherme Amado
Eduardo Barretto

O caso das compras de próteses penianas pelo Exército ganhou mais um capítulo. Dois hospitais da Força afirmaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) que compraram R$ 3,5 milhões em próteses penianas infláveis porque são mais parecidas com a “ereção fisiológica”. Segundo os militares, as próteses maleáveis, 33 vezes mais baratas e autorizadas pelo SUS, fariam o paciente ter que “dobrar o pênis para vestir uma roupa”.
As informações foram enviadas pelos hospitais militares na última semana ao TCU, que apura o uso de dinheiro público pelo Exército para comprar próteses penianas em 2021. A investigação, relatada pelo ministro Vital do Rêgo, foi solicitada no mês passado pelo deputado Elias Vaz, do PSB de Goiás, e o senador Jorge Kajuru, do Podemos do mesmo estado.
Nos últimos dois anos, o Ministério da Defesa comprou pelo menos 170 próteses maleáveis por R$ 267,5 mil, e 60 infláveis, por R$ 3,5 milhões. A prótese maleável, autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela Agência Nacional de Saúde (ANS), custa 3% do que foi desembolsado pelos militares. Segundo os hospitais militares, as próteses maleáveis custaram de R$ 1.535 a R$ 1.700, ao passo que as infláveis vão de R$ 50.150 a R$ 60.717.
Dois hospitais militares enviaram explicações ao tribunal: o Hospital Militar de Área de Recife, na quinta-feira (26/5), e o Hospital Militar de Área de Campo Grande, na sexta-feira (27/5). Os dois documentos guardam várias semelhanças em citações, argumentos e até na ordem das informações.
O hospital militar em Recife afirmou que implantou a prótese inflável em dezembro do ano passado em um paciente, militar ou dependente de um militar, com diabetes e disfunção erétil grave. O homem escolheu o modelo mais caro. A Comissão de Ética concordou e o hospital autorizou a compra.
“A prótese inflável é a prótese que mantém maior semelhança com a ereção fisiológica, pois há um mecanismo para fazer o pênis ficar ereto e voltar ao seu estado normal”, escreveu o diretor do Hospital Militar de Área de Recife, Hailton Antonio Casara Cavalcante. E prosseguiu, referindo-se às próteses autorizadas pelo SUS:
“As demais próteses penianas, por sua vez, deixam o pênis em permanente ‘estado de ereção’, tendo o paciente que dobrar o pênis para vestir uma roupa. Tal situação pode gerar constrangimento quando o paciente for usar roupas de banho ou quando se aproximar de familiares e/ou amigos, além de outras situações de possível embaraço em aglomerações, tal qual no uso de transportes públicos”.
De acordo com o diretor, o Fundo de Saúde do Exército (Fusex) não proíbe esse tipo de contratação. O coronel considerou que a prótese de R$ 50 mil a R$ 60 mil não tem fins estéticos, o que é vedado.
“A situação não é apenas de preço, de performance sexual ou estética, diz respeito à vida de um indivíduo em suas manifestações psicológicas e sociais”, continuou o coronel à frente do hospital.
No dia seguinte, o Hospital Militar de Área de Campo Grande seguiu o mesmo roteiro. Desta vez, o paciente tinha disfunção erétil depois de passar por uma cirurgia de câncer de próstata. A Comissão de Ética Médica do hospital também endossou o tratamento mais caro.
“O contexto extrapola a questão financeira (preço), sexual ou estética, preponderando a qualidade de vida da pessoa no sentido psicológico, social e de autoestima”, declarou a diretora do hospital militar em Recife, coronel Claudia Lima Gusmão Cacho.
Em outra frente, o Ministério da Defesa foi questionado pelo deputado Elias Vaz por outras compras controversas: 35 mil comprimidos de Viagra e remédios para calvície.
METRÓPOLES/montedo.com

16 respostas

  1. Tava demorando, mas voltou o “Causo domingueiro”, Rsssss
    “foi por melhor ereção”!
    🤣🤣🤣
    Os “cabloco” perderam totalmente a linha.
    “Tudo pra agradar as patroas, por melhor ereção”!
    Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há Há
    País esculhambado, definitivamente o ‘Brazil brazileiro’:
    – entrou no Exército do Brasil.
    Tá tudo dominado!

    1. Daí vc pede a restituição de 200 reais pagos em emergência e é aberta uma sindicância e pedem uns 3 laudos é um excesso de documentos e daí leva uns 6 mês e indeferem ,esse fusex é uma farra dos homens de estrelas nos ombros.reclamar para quem?

  2. …”o Hospital Militar de Área do Recife guarda várias semelhanças”…
    …”“ “O homem escolheu o modelo mais caro.” “”.
    A Comissão de Ética concordou e o hospital autorizou a compra.
    Para!
    O possante nosocômio da ‘Escola de Formação e Graduação de Sargentos “de Carreira” do Exército do Brazil’, a EFGSCEEFGSCEEFGSCEx – AraçoGoiaba, PE, é incomparável no quesito “cara dura”.
    O possante hospital da “Escola de Sargentos do Cangaço de AraçoiGoiaba-PE” não poderia faltar nessa química quântica molecular extraterrestre, nessa farra com dinheiro público.
    Esse lazareto vai dar o que falar.
    Quem viver verá!

    1. Esse HMAR é impressionante.
      Sempre envolvido, digamos, em licitações suspeitas.
      HMAR vs ESA: – uma mistura R $$$, $$ “EXPLOSIVA”.

    2. E alguém duvida que o HMAR não está no bolo da compra de 11,2 milhões de unidades de Viagra.
      Não, ninguém duvida.
      Repito,
      Onze milhões e duzentos mil unidades de Viagra.
      Sem dúvida o maior escândalo perpetrado por militares em toda história das FA de todo universo.
      Nem as FA do Cel Pqdt Hugo Chaves teriam essa audácia, coragem e cara dura!
      Que país é este!
      GOVERNO BOLSONARO.

    1. Ia me esquecendo, certa vez alguém postou aqui que o dinheiro do FUSEX, FUSMA e Fundo da FAB não tinham verbas públicas. Bem, se a caracterização de Fundo de Saúde, natureza de contribuição de seguridade social, com natureza de imposto, como não e dinheiro público?

  3. a conta não fecha.
    o sistema permite gastos dessa natureza com pouquíssimos beneficiários enquanto vários pacientes de câncer, por exemplo, só têm tratamento DIGNO pagando do próprio bolso.

    1. Sabe tudo amigo…defenda o ” mau militar” com unhas e dentes,mas sem argumentos.

      Com o teto do funcionalismo público, alguns até o dobro ou mais, como esses patriotas vão “comer gente”???

  4. Só queria saber qual o posto/grad desse militar que escolheu a mais cara e o Hospital concordou. Tenho uma ligeira impressão que é oficial. Bem provável que se fosse praça, o Hospital não ia concordar com a prótese mais cara.

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