Novo ministro da Defesa quer Brasil de volta a missões de paz da ONU

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Brasil participa, ao lado de 40 países, de exercício militar que simula missão de paz em Midland, país fictício conflagrado

Raphael Veleda
O primeiro compromisso público do novo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, e do novo comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, é um exercício militar que engloba 40 países simulando uma operação de paz em um país fictício em profunda crise política e econômica.
A nova cúpula militar do Brasil recebeu colegas brasileiros e estrangeiros, além de parlamentares e representantes da imprensa no Comando Militar do Planalto, em Brasília, na manhã desta terça-feira (5/4). No evento, o novo ministro disse ter como objetivo a volta de militares brasileiros às missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).
O exercício militar internacional chama-se Viking 22, teve início em 28 de março e vai até 7 de abril. Na prática, trata-se de uma espécie de jogo virtual no qual os jogadores são militares e civis dos países participantes, que têm o objetivo de trabalhar de maneira coordenada para lidar com os problemas que vão aparecendo durante a missão de paz no país fictício de Midland, que fica no norte da Europa (região dos países nórdicos).
A simulação foi criada pelas Forças Armadas da Suécia, que coordenam esse exercício a cada quatro anos, com complexidade crescente. Neste ano, são quase 1,8 mil pessoas envolvidas, incluindo 180 brasileiros.
Na situação simulada, Midland passou por uma grave crise política e econômica após uma sangrenta guerra civil e precisou de ajuda internacional para lidar com terrorismo, milícias, militares que se rebelaram e a crise humanitária que resultou disso tudo.
As situações que os militares enfrentam nesse jogo são ataques às sedes, sequestros de membros da missão de paz, roubo de doações humanitárias e problemas de integração entre as diferentes forças.
O que se simula é uma grande missão de paz da ONU com participação militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Para reforçar a coordenação, alguns dos participantes viajaram para outros países. Na sede brasileira do exercício, por exemplo, há militares de países como França, Argentina, Peru, Chile, México, Guatemala e Uruguai, além da própria Suécia.

Novo comando
Chefe do Exército há menos de uma semana, o general Marco Antônio Freire Gomes discursou no evento público em Brasília e afirmou que está “debutando” no posto, mas disse que “o espírito continua o mesmo” e lembrou que o novo ministro é seu “antigo comandante”.
Antes de assumir o comando do Exército, Freire Gomes estava à frente do Comando de Operações Terrestres (Coter), que faz a coordenação entre a Força e as polícias militares. Já o general Paulo Sérgio Nogueira comandava o Exército antes de ser convocado a substituir o general Braga Netto no Ministério da Defesa, no último dia 1° de abril.
O novo ministro discursou por último e afirmou tem a “felicidade” de, “no meu segundo dia como ministro, participar de exercício de tamanha envergadura numa coisa latente nos dias atuais, que são as operações de paz”. Para o militar, “o Brasil tem tradição em missões de paz e pode contribuir com boas práticas e ensinamentos”.
A última missão desse tipo com a participação do país foi no Haiti até 2017, mas o ministro acha que o país está preparado para novos desafios. “Espero que nosso país volte a mandar tropas efetivas para missões de paz, retorne como fez no Haiti, a ter tropas em missões de paz”, concluiu ele, que não respondeu a perguntas da imprensa nesse primeiro evento.
METRÓPOLES/montedo.com

16 respostas

  1. Primeiro, ações no Haiti não são missões iminentemente de combate contra Forças militares oponentes.
    Muito pelo contrário, foram missões do tipo Polícia.
    Contra quadrilhas, bandidos e facções do crime naquele país chinfrim.
    Argentina e Austrália por exemplo já participaram em conjunto com a OTAN, mesmo, obviamente, não encontrarem-se no Atlântico Norte, foram convidadas.
    Correr e trocar tiro com bandidos em favelas e arruelas não é coisa que interessa e acrescenta operacionalmente qualquer Exército.
    EUA e europeus querem distância dessas missões de Paz.

    1. Se os EUA participarem de uma missão como essa, o pessoal baderneiro da esquerda festiva irá bostejar que aquele país está intervindo militarmente no outro…

  2. missoes de paz? nada mais que um meio de conseguir ganhar um reforço no salario, principalmente, para as praças. Tantos locais no Brasil precisando da tal “missao de paz” . Vamos acabar com essa hipocrisia que missao de paz é humanitária, pelo bem do mundo, etc etc….Os nossos militares precisam é de salário digno e missoes no Brasil, aqui que precisamos de paz

    1. De que adianta botar nas favelas brasileiras?

      Se um soldado disparar seu armamento, mesmo que em defesa da própria vida, ele irá se complicar com: imprensa, OAB, Direitos dos Manos, ONG’s, especialistas em segurança pública (que nunca estiveram em ação real e, claro, dentro de seu gabinete refrigerado), ONU, OEA, Vaticano, familiares das “vítimas da sociedade capitalista e – o pior – com a própria Instituição Exército Brasileiro.

      Sem apoio jurídico nenhum, é melhor deixar a tropa dentro dos muros do quartel mesmo.

    2. Não meu amigo! Nas favelas têm que entrar outros ministérios: educação, saúde, infra-estrutura, etc….todos por meio dos Estados.

  3. Sr. missões do tipo polícia, vou falar para vc o que meu comandante me disse em 2014.

    Militar ao invés de ler besteiras, tem que ler:

    a. 1 (um) Boletim interno por dia;

    b. 1 (um) Boletim Administrativo por semana;

    c. 1 (um) Boletim do Exército por semana;

    d. 1 (um) Boletim Regional por mês; e

    e. Informex sempre que sair.

    OBS: o Sr. parece não entender nada do que está acontecendo no EB meu caro.

    Estamos no (a):

    a. Saara Ocidental (requerido pelo Marrocos);

    b. UNIFIL no Líbano (inclusive com graduados) junto ao Exército Espanhol, geralmente no G3 e G6.

    c. MINOSCU na RCA (com oficiais e os graduados são FE).

    Por fim:

    PESSOAL, SAIAM DA REDE SOCIAL E LEIAM O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO PELOS MEIOS OFICIAIS DA FORÇA (INTRANET PRINCIPALMENTE), PARA NÃO PASSAR VERGONHA EM PÚBLICO.

    1. Bem, parece que você não seguiu muito bem o que o teu comandante te determinou…

      1º) Saara Ocidental não possui tropa brasileira. Apenas 1 ou 2 oficiais observadores militares;

      2º) UNiFIL também não possui efetivo de batalhão brasileiro. Somente alguns poucos oficiais e sargentos, dentro de uma brigada de um exército estrangeiro;

      3º) Não é MINOSCU, é MINUSCA. E, não há nenhum FE brasileiro na RCA. E, também, é uma missão somente pra pouquíssimos oficiais.

      4º) na República Democrática do Congo, ali sim, existem FE (fazem a segurança da embaixada). Há também alguns poucos oficiais e sargentos instrutores guerra na selva lá (treinando os militares da F Paz da ONU).

      Lembrando que o Brasil ARREGOU o convite pra participar da missão de paz na RCA em 2018 (inclusive, acredito que haveria poucos voluntários, já que a RCA fica longe de Miami e Rep DOM, e sem living).

      Desta forma, concordo com o “missões tipo polícia”.

  4. Essas missões são um laser pra milicada grande maioria não tem um nível médio e ganha mais que um pós graduado algo desproporcional

  5. Tem que queimar o dinheiro de alguma forma senão como vai comprar equipamentos caríssimos onde os donos de empresas são os próprios militares

  6. Já tem puxa saco pronto pra ver seu nome na lista de quem vai.
    Na última leva pro Haiti, tinha major indo na vaga de capitão, capitão na vaga de tenente, tenente na vaga de sub, sub na vaga do sargento, sargento na vaga de cabo e só levaram os cabos pra fazer os serviços que ninguém quer fazer kkkkkkkkkk

    Esse país é uma PIADA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    VIVA O BOÇALNARO

    1. Mas a missão de paz do Haiti não se deu no período que o PT governava o país (2003 a 2017)? Os presidentes não eram Lula/Dilma e,no finalzinho, Temer (vice da Dilma)?

      O que Bolsonaro tem haver com isso?

  7. Ao Não se enrugue couro velho que te quero pra tambor no 6 de abril de 2022 a partir do 20:04

    Mas quem está lá agora como presidente?????????????????????????????????????????
    Quem é o ministro da defesa??????????????????????????????????????????????????????

    BOÇALNARO disse que faria diferente, e olha o resultado…

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