“Tudo como dantes no quartel de Abrantes”, diz Mourão sobre Petrobras

Vice-presidente da República homenageou a volta do Guarany de Bagé à elite do Gauchão
Divulgação

Mourão disse que o general Joaquim Silva e Luna sai do comando da Petrobras “tranquilo”, e que com o novo presidente não há mudança à vista

Mariana Costa
Após tecer elogios ao ex-presidente da Petrobras Joaquim Silva e Luna, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) disse acreditar que, pelo perfil do novo titular da estatal, nada mudará na política de preço dos combustíveis.
“O que colocou, a gente sabe, né? Por exemplo, este novo presidente da Petrobras que vai ser nomeado, o Adriano Pires, se você ler tudo que ele escreve, vai continuar tudo como dantes no quartel de Abrantes. Não vai mudar, nada”, disse o general a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.
“A Petrobras é uma empresa com ação em bolsa, tem conselho de administração, tem toda uma governança. Ela não pode voltar aos fatos que ocorreram durante o governo do PT, um misto de incompetência, má gestão e corrupção. Deixou a empresa praticamente na lona. A empresa está recuperada. Então, esse assunto tem que ser discutido bem”, acrescentou.
Depois de uma escalada da pressão em cima do presidente Jair Bolsonaro (PL) pela alta crescente do preço dos combustíveis, o mandatário decidiu substituir o ex-direitor da Itaipu Binacional pelo economista e empresário Adriano Pires.
Além de especialista do setor de óleo e gás, atualmente ele é diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), onde coordena projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, e o mercado de derivados de petróleo e gás natural.
Questionado se havia ficado chateado pela forma que Silva e Luna foi dispensado, Mourão se limitou a dizer que a decisão, nesse caso, é do presidente.
“Isso aí você não pode levar pra esse lado, né? O presidente é o decisor, compete a ele tomar essas decisões, e ele julgou que tinha que fazer dessa forma. Então, pronto. Eu não participei do processo decisório, eu não posso dizer quais foram os fatores que levaram o presidente a decidir dessa forma”, salientou.
Mourão diz que Silva e Luna sai do comando da Petrobras “tranquilo”, porque é um dos oficiais mais completos e preparados. “Ele já foi ministro da Defesa, foi presidente de Itaipu e agora estava aí na Petrobras e fez um excelente trabalho. Então, ele está tranquilo, é um cara muito tranquilo”, finalizou.

Adriano Pires
Segundo revelou a coluna do Guilherme Amado, o economista Adriano Pires, indicado para assumir a presidência da Petrobras, se manifesta contra a intervenção do governo na política de preços operada pela estatal.
Pires publicou um artigo no último dia 22, no site Poder 360, dizendo que “o que assusta o investidor é a ameaça da intervenção nos preços sempre presente em manifestações dos que sonham em transformar novamente a Petrobras em instrumento político do governo”.
Ele defendeu, no entanto, a criação de um fundo emergencial de subsídios, com duração de três a seis meses, para evitar que a alta no preço dos combustíveis seja repassada ao consumidor. O preço do barril de petróleo passou de 100 dólares devido à guerra na Ucrânia e às sanções aplicadas contra a Rússia.
METRÓPOLES/montedo.com

12 respostas

  1. Uma sociedade anônima é constituída de sócio minoritário e sócio controlador

    O governo federal é o sócio controlador pois detém mais de 50% das ações e pode tudo inclusive fazer política e subsidiar combustível.

    Talvez o erro desse governo Bolsonaro foi ter enchido de militares. Gente que não sabe essa noção da lei das s/a ou é mais um daqueles generais e militares muito comum em quartel….os chamados criadores de caso…tem de pencas no EB

    Enfim…

    1. O país está sendo mal gerenciado, da sexta maior economia mundial em 2014 para décima-terceira em 2022, o pior cego é aquele que não quer enxergar. Vivemos uma utopia, está faltando o básico para muitos brasileiros. Acorda Brasil!!!

  2. Novidade.
    Mais uma vez, ‘apologia a obviedade’.
    Vai terminar o governo bolsonaro e esse senhor, o vice-poste, não fará qualquer pronunciamento ou ideia relevante.
    Como o tambor faz muito barulho, mas é vazio por dentro.

  3. Ué, a pandemia “já terminou”, certo?!?!
    Pelo menos aqui no quartel a galera verde oliva já não usa mais máscara, e parece que não há mais vírus. O que estes três estão fazendo de máscara?
    Uma coisa há de levar em consideração, pelo menos os três vão contra o “mito” e continuam usando a máscara!
    BOÇALNARO, NUNCA MAIS…

  4. “Baixa a bolinha!”

    E não vem pro RS, aqui, aqueles que foram eleitos apoiando Bolsonaro, ou estão com o rabo preso, ou, já levaram o coturno no traseiro.

    Nenhum prestou!

  5. Brasileiro é tapado mesmo, com o aumento do combustível todos os acionistas ganham, o governo federal detém 28,7% e os estrangeiros 24,7%.

    O governo lucra e principalmente os estrangeiros, os únicos que perdem são a população.

    Realmente nada pode ser feito, além de aumentar o lucro da empresa.

    União Federal 28,7%
    BNDESPar 6,9%
    BNDES 1,0%
    ADR (Ações ON e PN) 20,5%
    FMP – FGTS Petrobras 1,2%
    Estrangeiros (Resolução n° 2.689 C.M.N) 24,7%
    Demais pessoas jurídicas e físicas (1) 17,0%

    1. É verdade, boa parcela da população ignora que o governo ganha muito, quase 30%, o barco foi andando sem que nenhuma medida eficaz fosse tomada, ano de eleição né, necessita-se de verbas para repasse, e agora quem vem exigindo muito meu amigo, é o CENTRÃO, aquele papo antigo “não fica um meu irmão” é furado. Mais uma vez nos ferramos.

  6. Calado és um poeta, só pela reprovação a mijada do bolsonaro ao “calcinha apertada” em videoconferência, já evidenciou de que lado estava, sem contar o famigerado broche em homenagem ao “independence day” e a ascensão meteórica do “filhão” no BB. Não engana a mais ninguém.

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