31 de março: a palavra das Forças Armadas e um vídeo esclarecedor

capa jornal 64

Como tem feito desde o primeiro ano do mandato de Bolsonaro, o Ministério da Defesa publicou uma Ordem do Dia assinalando mais um aniversário do movimento militar que culminou com a deposição de João Goulart, em 31 de março de 1964.
Com propriedade, o texto ressalta a importância da contextualização histórica para que se possa entender o episódio. Há alguns anos, a Veja entrevistou vários personagens que foram protagonistas desse período. Vale a pena investir dez minutos de seu tempo para assistir.
Confira a nota da Defesa e o vídeo.

Brasília (DF), 30/03/2022 – O Movimento de 31 de março de 1964 é um marco histórico da evolução política brasileira, pois refletiu os anseios e as aspirações da população da época.
Analisar e compreender um fato ocorrido há mais de meio século, com isenção e honestidade de propósito, requer o aprofundamento sobre o que a sociedade vivenciava naquele momento. A história não pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização.
Neste ano, em que celebramos o Bicentenário da Independência, com o lema “Soberania é liberdade!”, somos convidados a recordar feitos e eventos importantes do processo de formação e de emancipação política do Brasil, que levou à afirmação da nossa soberania e à conformação das nossas fronteiras, assim como à posterior adoção do modelo republicano, que consolidou a nacionalidade brasileira.
O século XX foi marcado pelo avanço de ideologias totalitárias que passaram a constituir ameaças à democracia e à liberdade. A população brasileira rechaçou os ideais antidemocráticos da intentona comunista, em 1935, e as forças nazifascistas foram vencidas na Segunda Guerra Mundial, em 1945, com a relevante participação e o sacrifício de vidas de marinheiros, de soldados e de aviadores brasileiros nos campos de batalha do Atlântico e na Europa.
Ao final da guerra, a bipolarização global, que fez emergir a Guerra Fria, afetou todas as regiões do globo, o que trouxe ao Brasil um cenário de incertezas com grave instabilidade política, econômica e social, comprometendo a paz nacional.
Em março de 1964, as famílias, as igrejas, os empresários, os políticos, a imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as Forças Armadas e a sociedade em geral aliaram-se, reagiram e mobilizaram-se nas ruas, para restabelecer a ordem e para impedir que um regime totalitário fosse implantado no Brasil, por grupos que propagavam promessas falaciosas, que, depois, fracassou em várias partes do mundo. Tudo isso pode ser comprovado pelos registros dos principais veículos de comunicação do período.
Nos anos seguintes ao dia 31 de março de 1964, a sociedade brasileira conduziu um período de estabilização, de segurança, de crescimento econômico e de amadurecimento político, que resultou no restabelecimento da paz no País, no fortalecimento da democracia, na ascensão do Brasil no concerto das nações e na aprovação da anistia ampla, geral e irrestrita pelo Congresso Nacional.
As instituições também se fortaleceram e as Forças Armadas acompanharam essa evolução, mantendo-se à altura da estatura geopolítica do País e observando, estritamente, o regramento constitucional, na defesa da Nação e no serviço ao seu verdadeiro soberano – o Povo brasileiro.
Cinquenta e oito anos passados, cabe-nos reconhecer o papel desempenhado por civis e por militares, que nos deixaram um legado de paz, de liberdade e de democracia, valores estes inegociáveis, cuja preservação demanda de todos os brasileiros o eterno compromisso com a lei, com a estabilidade institucional e com a vontade popular.

Walter Souza Braga Netto
Ministro de Estado da Defesa
Almir Garnier Santos
Almirante de Esquadra
Comandante da Marinha
Gen Ex Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Comandante do Exército
Ten Brig Ar Carlos de Almeida Baptista Junior
Comandante da Aeronáutica

Como estava o Brasil antes de 1964

15 respostas

  1. A esquerda não tomou quartéis mas tomaram a mídia, o judiciário, as faculdades, a educação e reescreveram a história com a versão deles. Barro.

  2. “31 de março de 2022”.
    58 anos da Revolução Democrática Militar de 1964.
    Só vivemos hoje uma democracia e plenitude de todas liberdades.
    Em virtude dessa ação militar com total apoio da população.
    Exército Brasileiro Instituição de Estado desde 1648.

  3. O pior crime militar e do ser humano é a traição.

    Nesse aspecto as forças armadas fizeram e fazem um papelão nesse governo Bolsonaro. Um general de exército mais moderno que o cmt eb, como ministro da defesa, demite o cmt do eb mais antigo.

    Um almirante trata o presidente da Petrobrás e general 4 estrelas como um serviçal

    Na nova LRM as FA apunhalam os ex combatentes e mais modernos e os abandonam a própria sorte.

    Gente doido pra se tratar de câncer e não tem crédito no FUSEX

    Muita roupa suja pra se lavar e há o temor das FA terem falido moralmente já.

    É a vida….

    1. Que coisa é essa, mais enrolado que briga de polvos:
      “Um general de exército mais moderno que o cmt eb, como ministro da defesa, demite o cmt do eb mais antigo”.
      Ahhh!?

      1. E assim mesmo a coisa. Mais enrolado que briga de polvos. Até agora não sei onde está ou de que lado está a unidade do exército.

        Nada sabemos amigo. O que podemos fazer é tentar entender e isso não é transgressão ou crime. Acho…

  4. “Democracia é a aplicação da Lei!”.
    E cale a boca!
    Rssssssssssssssss
    Como eram ricos e bons aqueles anos 80′ (e “locos”).
    Rsssssssssssss
    Altamente politicamente incorreto.

  5. Excelente Redator!
    Morreu, sem comentários, a frase abaixo diz tudo, esclarece e escancara a verdade temporal e, factiva da história.
    …”texto ressalta a importância da contextualização histórica para que se possa entender o episódio”…
    Brasil. Vida longa ao Blog.

    1. ERRO de digitação.
      Sai, “55,9% dos brasileiros querem o impeachment”.
      Correto: 58 anos da Revolução Democrática Militar de 1964.

  6. A população deveria ser consultada para decidir se quer o comunismo, o socialismo ou o regime militar no país.

    A população disse não para a monarquia em 1993.

    Consultas populares na história do Brasil

    Em diversas ocasiões, as brasileiras e os brasileiros foram chamados às urnas para se fazerem ouvir em relação a leis ou atos administrativos que interessavam a toda a população. Por exemplo, em 1963, o povo se pronunciou, em um referendo, contra a emenda constitucional que havia instituído o regime parlamentarista no Brasil, logo após a posse de João Goulart na Presidência da República.

    Também em um referendo, a população rejeitou, em 2005, a alteração do Estatuto do Desarmamento, que proibia a comercialização de armas e munição no país, salvo em casos específicos expressos em lei.

    Já em 1993, as cidadãs e os cidadãos foram às urnas para escolher, num plebiscito, a forma e o regime de governo que vigorariam no país: república ou monarquia; e presidencialismo ou parlamentarismo. A realização desse plebiscito cumpriu um dispositivo da Constituição Federal de 1988 que fazia referência a outro, constante da Constituição Federal de 1891, a primeira da República.

    A proposta da divisão do território do Pará em três outras unidades da Federação – os estados de Carajás e Tapajós – chamou os paraenses em 2011 para manifestarem se concordavam com ela ou não. A ideia foi rejeitada em todas as regiões envolvidas.

    É possível saber mais sobre plebiscitos e referendos que já foram realizados no Brasil nos últimos anos no Portal do TSE na internet.

    https://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2021/Novembro/plebiscito-ou-referendo-saiba-a-diferenca-entre-os-dois-e-como-sao-regulamentados

  7. Ganhamos os quartéis e perdemos o Brasil.

    Que estratégia boa.

    Se tivessem ouvido o General Sérgio Coutinho, teríamos hj pelo menos metade das faculdades.

    Agora, perdemos as faculdades que mandam militantes diuturnamente para os diversos rincoes do País em TODAD as profissões e ficamos com as poucas Escolas Militares.

    Obs: hj nem isso, pois absorvemos paisanos, colocamos uma farda neles e chamamos de militares temporário, quando na verdade são paisanos fardados, que vem aqui, comem da nossa comida, bebem da nossa bebida, ganham um salário que JAMAIS GANHARIAM NO PAISANO PELO QUE FAZEM e depois saem falando mal e processando a força para estabilizar.

    ESA GUERRA PERDEMOS…

  8. “Nossa homenagem ao 3° Sargento Mário Kozel Filho”.
    58 anos da morte do herói do CMSE.
    Ex-Soldado EV Mário Kozel Filho, 18 anos de idade.
    Morto com apenas seis meses de Sv Militar obrigatório.

    Morto em um atentado praticado pela Vanguarda Popular Revolucionária ao Quartel General do II Exército, o atual Comando Militar do Sudeste.

    VPR foi um grupo terrorista de extrema-esquerda que visava à instauração de um governo de cunho socialista no país (ditadura do Proletariado).
    Teve como integrante aquela coisa que sofreu impeachment em 31 de agosto de 2016, resultando na cassação do mandato.

    “31 de março de 2022”.
    58 anos da Revolução Democrática Militar de 1964.
    Só vivemos hoje uma democracia e plenitude de todas as liberdades.
    Devido a essa ação militar com total apoio da população.

  9. Os tempos e os atores eram outros hj em dia a situação tá complicada militares melancias e nutellas o povo desprovido de conhecimento básico só sabem de BBB futebol samba etc…. o PR só grita e não faz nada

  10. Essa matéria, bem como o vídeo, se constituem numa aula que deveria ser ministrada principalmente para aqueles jovens que são profundos conhecedores da história na base do ouvir dizer, me contaram, meu professor me disse, contaram lá da Faculdade e coisas desse tipo. O vídeo, com depoimentos verdadeiros de pessoas que vivenciaram os fatos daqueles idos, se constitui num documento histórico, verdadeiro e sem paixões politico-partidárias e ideológicas.

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