Petrobras não pode fazer política pública e ‘menos ainda’ política partidária, diz Silva e Luna

Joaquim Silva e Luna, CEO da petroleira estatal brasileira Petrobras, fala durante sessão no plenário da Câmara dos Deputados em Brasília, Brasil, 14 de setembro de 2021. REUTERS/Adriano Machado

De saída da presidência da Petrobras após ter sido demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, Silva e Luna afirmou que a estatal ainda tem dificuldade de explicar para a sociedade que precisa operar como uma empresa privada

Guilherme Pimenta e Denise Luna
BRASÍLIA e RIO – O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, de saída do cargo após ter sido demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, afirmou que a petroleira, por lei, não pode fazer política pública com os preços dos combustíveis e “menos ainda” política partidária.
“Tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer política pública? Não. Pode fazer política partidária? Menos ainda”, afirmou Silva e Luna em um seminário no Superior Tribunal Militar (STM).
Segundo ele, passados 25 anos da abertura do setor de petróleo e gás natural, a Petrobras ainda tem dificuldade de explicar para a sociedade que precisa operar como uma empresa privada, já que compete com outras petroleiras no mercado interno e internacional. Desta maneira, justificou Luna, a estatal não pode fazer política pública nem partidária, o que segundo o general, “tem gente que não entende”.
A falta de comunicação com a sociedade sobre o preço dos combustíveis teria sido um dos argumentos de Bolsonaro para a demissão do militar do cargo na noite de segunda-feira, 28. Luna assumiu a presidência em abril do ano passado, no lugar de Roberto Castello Branco, demitido pelo mesmo motivo. Para o lugar do militar foi indicado o economista Adriano Pires, também contrário à interferência do governo na estatal.
Luna lembrou que, em 2018, a empresa recebeu R$ 6,8 bilhões do governo para segurar os preços do diesel e acabar com a greve dos caminhoneiros, que chegou a parar o País, dando a entender que como segue os preços do mercado, uma redução deveria vir novamente do governo, e não da estatal.
Ele destacou ainda, que as decisões na Petrobras não são monocráticas e que a existem 21 órgãos de controle fiscalizando suas ações, sendo uma das empresas mais controladas do mundo, afirmou. “Decisões tomadas são coletivas, não há lugar para aventureiros”, afirmou o executivo, destacando que pelo desempenho dentro das regras do livre mercado a estatal recebeu no ano passado nove prêmios de conformidade e governança.
O Estado de São Paulo/montedo.com

16 respostas

  1. Este governo se assemelha a uma lagartixa que quando é pega pela cauda, se livra dela para salvar a vida.

    Este governo, como o anterior, está podre, carcomido, infectado de sanguessugas. Como são todos da mesma casa sabem muito bem, quem não toma atitude e participa, está junto ( sabendo ou não pois é seu dever saber). Literalmente deux no comando.

  2. “A Petrobras vs Jesus Cristo”!!!
    De antemão aviso, as cenas são fortes!
    Mostra o quanto a normalidade e racionalidade expirou há tempos no país.
    Indolência de um povo, e condescendência dos poderes e parcela da imprensa:
    – Entre a coisa significativa que não podemos fazer e a pequena que não queremos realizar, percebe-se o perigo da indolência.
    “A Petrobras vs Jesus Cristo”!!!

    1. E ela existe para que? Para dar lucro. O governo Federal recebeu mais de 15 bi em dividendos. É uma.wmprwsa que tem acionistas e os interesses deles tem que ser respeitados. Não concorda, então vira país socialista e estatiza tudo.

  3. Esse é o nivel dos generais.
    Ele acha que uma ESTATAL nao pode fazer POLITICA PUBLICA.

    Meu deus. O propósito da existência de uma ESTATal é executar uma política publica em determinado setor que o mercado não corresponde às expectativas da sociedade. Do contrário, não era necessário estatal.

    Seja prestadora de serviços publico, seja exploradora da atividade econômica, o estado so pode intervir no dominio economico quando há uma necessidade publica

    Estatal nao visa lucro. Nao é empresa privada.

    Esse era o Diretor! Estão perdidinhos!

    1. Se informe, ela NÃO é estatal, é uma empresa pública. São situações distintas, els tem que atender aos acionistas e ela tem que dar o máximo de lucro.possivel. vaso contrário, recompra as ações e fecha o capital, aí vira empresa estatal.

      1. Meu amigo, vc manda eu me informar. Sério isso?

        Preste bastante atenção: EMPRESA ESTATAL É GENERO, empresa publica e sociedade de economia mista é espécie.
        Meu deus, isso é uma noção elementar de direito administrativo… E você ainda vem com essa soberba “se informe”? Isso uma criança de ensino médio sabe.

        Vou lhe dar um conselho: quando vc nao sabe o que diz, fique quieto.

        Google: “empresa estatal conceito”

  4. Em breve faremos combustível em casa.

    Gasolina cara? Cientistas avançam em pesquisa para extrair combustível do CO2

    Enquanto não surge uma solução para o conflito no leste europeu, uma notícia da Universidade de São Paulo ganha relevância. Recentemente, pesquisadores da instituição informaram que estão próximos de transformar CO₂ (gás carbônico) em combustível ou plástico. Segundo a professora titular do Instituto de Química da USP Liane Rossi, coordenadora do estudo, “o resultado da pesquisa mostra que estamos cada vez mais próximos de produzir por meio da catálise derivados de petróleo, como plástico e combustíveis

    https://www.istoedinheiro.com.br/gasolina-cara-cientistas-avancam-em-pesquisa-para-extrair-combustivel-do-co2/

  5. O problema não é explicar pq a Petrobras atua como empresa privada. Esses motivos são óbvios e a maioria entende. O que não se consegue entender é pq ela ainda precisa ser uma sociedade de economia mista com participação do estado e, ao mesmo tempo, ter que atender as lides de uma empresa privada. Os interesses das partes são bastante contrários, e geralmente, os interesses privados prevalecem. Nesse caso, a parte pública, que somos nós através dos impostos que pagamos, não nos esqueçamos disso, só serve para tirá-la do buraco como, por exemplo, nos 5 exercícios de prejuízo dessa empresa (2013-2017) ou para servir de cabidão de emprego para fins de coalisão política, juntamente com todos os benefícios e participações no lucro milionárias que ela proporciona (nada novo, tudo registrado na história). No final das contas meus caros, a participação pública só serve para “salvaguardar” os interesses privados… o famoso “se der ruim, o estado brasileiro banca”… e os interesses públicos?? Vcs já sabem a resposta!

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