Planalto já tem solução para tirar Silva e Luna e colocar Landim na presidência da Petrobras

26-10-2015-general-Silva-e-luna-foto-Gilberto-Alves-pequena-internet

Malu Gaspar
Que Jair Bolsonaro quer ver Joaquim da Silva e Luna fora da Petrobras já está claro há dias. O que ainda não se sabia ao certo, no entorno do presidente, era como se faria isso, já que o general afirma que não vai pedir demissão, e o mandato dele vai até 2023.
A solução já foi desenhada no Palácio do Planalto: simplesmente retirar o nome de Silva e Luna da lista de nomes enviados para compor o conselho da empresa a partir de assembléia de acionistas marcada para 13 de abril.
Como o estatuto da companhia diz que o presidente tem que ser conselheiro, Luna estaria automaticamente destituído.
Em seu lugar, entraria o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.
Landim já foi indicado para a presidência do conselho, mas passaria o cargo a outra pessoa e ficaria apenas no comando da companhia, já que o estatuto da Petrobras não permite que o mesmo executivo presida a empresa e o conselho. .
A mecânica é a mesma da saída do ex-presidente da companhia Roberto Castello Branco, que deixou a companhia no ano passado, depois de divergências com Bolsonaro a respeito do preço de combustíveis. Castelo Branco teve o nome foi retirado da lista de conselheiros um mês antes na assembléia e não pode permanecer no cargo.
O presidente vem repetindo a auxiliares que está decidido a tirar Luna da Petrobras.
Mas, dentro do governo, ainda há divergências sobre a conveniência de fazer isso neste momento. Alguns ministros de Bolsonaro, como Fábio Faria, das Comunicações, acham que a mudança poderia prejudicar a campanha à reeleição.
Outros, especialmente os da ala militar, acreditam que Siva e Luna tem que sair, porque não “cumpriu a missão” para o qual foi chamado ao ser nomeado para a presidência da petroleira – controlar o preço dos combustíveis.
De seu lado, segundo interlocutores de Bolsonaro, Landim teria garantido ao presidente que “resolve o problema” da alta de preços dos combustíveis.
O que ele propôs exatamente ainda não se sabe, mas é certo que ele conta com o apoio do Centrão, personificado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da Câmara, Arthur Lira, que vem atacando publicamente a política de preços da Petrobras.
Com a estratégia desenhada pelos auxiliares de Bolsonaro, desata-se um nó que vinha incomodando o Planalto.
Pelas regras de governança da Petrobras, para demitir seu presidente, o acionista controlador – no caso, o governo federal – precisaria submeter a proposta ao conselho de administração e enfrentar uma discussão com acionistas minoritários. Está aí algo que o Bolsonaro não tem a menor intenção de fazer.
Já para indicar seus conselheiros, o governo não precisa dar satisfação a ninguém.
Haverá certamente uma discussão sobre a retirada do nome, uma vez que as regras da companhia também prevêem que os assuntos a serem votados na assembleia tem que ser submetidos com antecedência de 30 dias aos acionistas.
Mas o governo tem votos suficientes para isso e está inclinado a bancar o desgaste.
O Globo/montedo.com

20 respostas

  1. Bilionário russo é dono de empresa de fertilizantes no Pará que recebeu incentivo fiscal

    A construção da fábrica contou com investimento de quase R$ 40 milhões oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), como forma de atrair investimentos ao estado e ajudar no aquecimento do mercado de trabalho na região.

    https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/oligarca-russo-e-dono-de-empresa-de-fertilizantes-no-para-que-recebeu-incentivo-fiscal

  2. Muito difícil resolver isso na canetada, enfrentar sindicalistas há anos entranhados na empresa, desde diretorias até operadores de campo. Além disso há o monopólio, poucas empresas refinando petróleo no Brasil. É quase o mesmo problema dos fertilizantes. Tudo isso vem desde as Agencias Regulatórias criadas por FHC. O bom negócio dos rentistas é criar dificuldades, inventar burocracias para concentrar renda para a compra de políticos e juízes.

  3. Se acham que uma simples substituição vai resolver estão enganados, já foi feito isso com o Castello Branco e deu no que deu. Comecem comprando de volta a BR distribuidora e desatrelem do dólar, aí poderão vender ao preço praticado na vizinha Argentina, ao custo R$ 2,99 o litro da gasolina premium, ou seja, preço justo.

  4. Bolsonaro criando celeumas em público para seu curral eleitoral.
    Como não possui qualquer intelecto para propor ou discutir soluções técnicas e práticas.
    Age como presidente de clube pequeno, demite o técnico.
    Sim o petróleo durante a semana voltou aos preços do barril pré-conflito ucraniano.
    Esse mega aumento é um escárnio.
    Mas prefere a saída mais fácil e primaria, ‘queima, demita-se’ o gen infiel a atenção aos índices de popularidade do gov, jogando contra.
    Poderá ser mais um gen largado na pista, deixado pra trás.
    Método e prática comum de bolsonaro e capacho netto durante sua “gestão”.
    Mais do mesmo, normal.

  5. Que armas os EUA darão à Ucrânia.
    E qual o possível impacto na guerra
    BBC News – Há 5 horas
    A simples presença das armas fabricadas nos Estados Unidos “causa pânico” entre as tropas russas, afirma o exército ucraniano — que está prestes a receber mais 2 mil delas.
    https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60791949

    Guerra na Ucrânia: Ataque aéreo em Lviv atinge fábrica perto de aeroporto

  6. Quantas pessoas já morreram na guerra entre Rússia e Ucrânia?

    A imprensa americana noticiou que uma autoridade anônima do governo dos EUA (aliado da Ucrânia) estimou, no dia 10/3, em “5 mil a 6 mil” soldados russos mortos e entre “2 mil e 4 mil” o número de soldados ucranianos.
    https://www.bbc.com/portuguese/internacional-60755810

    Guerra na Ucrânia:
    Ministro de Putin diz que Brasil não vai ‘dançar ao som dos EUA’

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