Mourão diz que presidente da Petrobras ‘aguenta pressão’ e critica intervenção de preços: ‘uma bagunça’

(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O vice-presidente Hamilton Mourão, durante evento no Palácio do PlanaltoO vice-presidente Hamilton Mourão, durante evento no Palácio do Planalto Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo/12-01-2022

André de Souza
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira que intervenção no preço dos combustíveis é algo que sempre termina em bagunça. Ele também demonstrou não acreditar que, diante de pressões para reduzir os valores, o presidente da Petrobras, o general Joaquim Silva e Luna, possa pedir para deixar o cargo. Segundo Mourão, Silva e Luna “aguenta pressão”.
— Estamos acompanhando. Intervenção no preço é algo que a gente sabe como começa, e o término é sempre uma bagunça. O governo está buscando soluções junto com o Congresso, seja mudança no cálculo do ICMS, a questão de fundo para estabilização, redução do PIS/Cofins para zero — disse Mourão nesta segunda-feira em rápida entrevista ao chegar ao Palácio do Planalto.
Ele continuou:
— São as soluções que estão sendo buscadas num momento difícil do mundo, que, uma vez solucionada a situação de conflito vivida entre a Rússia e a Ucrânia, a tendência é que o preço volte aos níveis anteriores.

Resiliência de Silva e Luna
Na semana passada, a Petrobras reajustou em 18,77% o preço da gasolina, 24,9% o diesel, e 16,06% o gás de cozinha. O anúncio veio depois de membros do Conselho de Administração da estatal questionarem a diretoria da empresa por que os valores seguiam os mesmos de quase dois meses atrás, apesar da disparada do valor do petróleo no mercado internacional causada pela guerra na Ucrânia.
Nesta segunda, questionado se o presidente da Petrobras pode pedir para sair do cargo, Mourão respondeu:
— Ele é resiliente. Sempre foi. Bom nordestino, ele aguenta pressão.
Na semana passada, Mourão já tinha defendido a criação de um subsídio para controlar o preço dos combustíveis. Ele sugeriu que fossem utilizados dividendos e royalties para evitar uma alta maior.
No último sábado, questionado sobre a política de preços da Petrobras, Bolsonaro voltou a atacar a política de paridade com os preços internacionais, que atrela o valor da gasolina ao dólar. Segundo Bolsonaro, a regra agrada os acionistas da estatal, mas penaliza o consumidor.
Bolsonaro afirmou ainda que que vai acionar o ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, para notificar postos de combustíveis que não reduzirem os preços cobrados nas bombas após a mudança nos tributos.

Posse no Chile
— Lá atrás fizeram, no começo do governo Temer, essa política de paridade com o preço internacional. É coisa que ninguém entende, né? Estamos respeitando, se tiver que mudar isso aí, a Petrobras tem que apresentar uma proposta. Agora não pode, a Petrobras trabalhar exclusivamente visando lucro no mundo em crise, né? E com preço de combustível bastante alto aqui no Brasil — afirmou Bolsonaro no sábado.
Mourão foi ao Chile para acompanhar a posse, ocorrida na sexta-feira, do novo presidente do país, Gabriel Boric. Questionado se Boric, que é de esquerda, era uma pessoa razoável, Mourão afirmou que ele é tranquilo, e disse que não haverá problemas nas relações entre Chile e Brasil.
— Tranquilo. Tivemos uma conversa sobre interesses bilateral, corredor bioceânico, o cabo com ligação à Ásia, combate ao narcotráfico, imigração ilegal, assuntos que são da pauta dos dois países — disse Mourão.
EXTRA/montedo.com

7 respostas

  1. “Mijada” número 50, em um, dois, três…
    Esse perdeu a vergonha mesmo.
    Sabe que vai tomar uma descompostura em público.
    E não tá nem aí.

  2. oque vai resolver essa bagunça de preço de combustíveis e essa pouca vergonha da petrobrás é uma bela greve de caminhoneiros, preço vai baixar na hora, sempre dão um jeito.

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