Justiça do Rio nega pedido de liberdade do militar que matou vizinho

Sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra e Durval Teófilo Filho — Foto: Reprodução

O sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra foi denunciado por homicídio duplamente qualificado após atirar no vizinho Durval Teófilo

Daniele Dutra
Rio de Janeiro – O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido para revogar a prisão do militar que matou Durval Teófilo, de 38 anos, atingido enquanto pegava a chave para entrar no condomínio onde morava em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
A decisão, do dia 4 de março, é da juíza Juliana Grillo El-jaicka, que indeferiu o pedido da defesa do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, 41, que deu três tiros em direção ao repositor de supermercado no dia 2 de fevereiro.
“Eu e minha filha estamos aliviadas. Esse último mês foi muito difícil, nunca fiquei longe do Durval por tanto tempo. Ficar um mês sem ele por um motivo tão brutal, não tem sido nada fácil”, disse Luziane Ferreira em entrevista ao Metrópoles.
O sargento aguardava a abertura do portão de dentro do seu carro quando viu Durval de aproximar. Nesse momento o militar efetuou os disparos sem sair do veículo. Ele alegou à polícia ter atirado por achar que seria assaltado. Aurélio Alves Bezerra está preso e foi denunciado por homicídio duplamente qualificado.
“Acolho a manifestação do Ministério Público e indefiro, por ora, o pedido pelos fatos e fundamentos já expostos. Além da garantia da aplicação da lei penal, a viúva da vítima, ora assistente à acusação, formalizou, junto à autoridade policial, a notícia de que teria sido ameaçada nas dependências do condomínio onde se deram os fatos, circunstância a incrementar a necessidade de segregação cautelar do acusado”, disse a juíza na decisão.
A defesa de Luziane Teófilo, esposa da vítima, disse que no mesmo dia da decisão, pessoas ligadas à família de Aurélio Alves retiraram a faixa da passarela, localizada na entrada do condomínio onde ocorreu o crime, que continha a manifestação de Justiça por Durval .
Na próxima quarta-feira (9/3), às 12h, a família de Durval vai fazer uma manifestação na entrada do condomínio, onde eles colocarão novamente a faixa com pedido de #justicapordurval.
Em seguida, eles irão participar de uma reunião na Câmara de Vereadores de São Gonçalo, onde a pauta será discutida pelo vereador Romário com toda a família da vítima.
METRÓPOLES/montedo.com

16 respostas

  1. O cara é militar. Tem treinamento para o uso de armas e mesmo assim fez M, imagine a “civilzada” ” tudo” armada. Vai ser uma carnificina.

  2. Cenas como essas lamentáveis se repetem a cada dia. E o nome da instituição indo para o ralo. No meu comando, autorizei apenas os Oficiais formados na Academia Militar a terem armas, usei todo tempo disponível na OM para que suas mentes não virassem Oficinas do tinhoso, e exerci o dom do Comando sem que houvesse um único desvio de conduta nos meus dois anos e quatro meses de liderança plena.
    Oficiais formados em outras escolas como o IME não passaram pelo preparo necessário para ter um revólver. Praças e temporários menas ainda, não devem ter armas, e a história vos ensina sobre o perigo dessa medida, como a revolta dos sargentos.

    1. Não é onde se formou que define o militar. Pode definir dentro da cadeia hierárquica, mas não nas ações do dia dia. Digo isso pq já vi na unidade onde servi vários oficiais fazendo M com armas. Eu em 26 anos de EB nunca fiz M que me desabonasse e digo em todos os aspectos.
      Vou citar duas Ms aqui que já vi oficial oriundo da AMAN fazer com arma. 1. Deu um tiro dentro da reserva de armazenamento no momento da entrega da pistola e pediu para um oficial temporário assumir a bronca para não sofrer prejuízo na carreira e 2. Um oficial superior estava em uma rua que reúne vários barzinhos, que faz atendimento ao ar livre, e em determinado momento se desentendeu com um grupo de pessoas, puxou a pistola e começou a ameaçar todo mundo. Ligaram pra polícia e ele fugiu. Levou azar pq um sargento viu e ligou para o Of Dia, que acionou o comandante que mandou outro oficial superior na casa do fujão, que alegou que nem havia saído de casa, mas não colou.
      Militar possuir posse e porte de arma é um direito, se não fosse eu não teria as duas coisas sendo Sgt. Agora ter uma arma é assumir responsabilidade, ou seja, se fizer M agasalha e mata no peito que fica menos feio.

      1. Conheci uma medica da essex campea de tiro.
        Gracas a deus essas pessoas foram pra reserva ja.
        O que mais tem e oficial de amam com medo de arma, muiiiiiiiiito mais que sargento.

    2. Verdade. Nesse exército somente os oficiais de academia poderiam utilizar armas, principalmente em serviço, missões e patrulhas, o restante dos militares deveriam utilizar cacetes, as forças Armadas economizaria uma boa grana evitando comprar armamento para todos os militares.

    3. Vá dormir, nem o Sr tem condições de andar armado, se acha a última bolacha do pacote, se teus comandados praças não tinha condição de andar armado pois deveria colocar cacetete no serviço de guarda e os deuses oficiais de fuzil como oficial de dia

    4. Eu hein. Uma coisa é a habilidade para se manejar armas, e isso todo militar DEVE ter, não só o “de academia”, outra é andar por aí armado.

  3. Descanso em casa com a família é concessão do comandante. A regra é: pernoite para todos.
    O dom do comando exige ação de comando.

    1. Comandante frouxo, queria ver ele na GLO, acho que iria chamar a guarda municipal para cumprir seu poder de polícia nas ruas para não se comprometer , pous um comandante frouxo desses morrendo de medo na sua sala, imagine se ele dormia direito comandando um batalhão de PE no Rio de Janeiro com todo respeito ao Sr digo ” Frouxo”

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