Exército recebe seus primeiros fuzis IA2 em calibre 7,62

FUZIL IA2 7,62 mm

Paulo Roberto Bastos Jr.
No mês de fevereiro, militares da Diretoria de Fabricação (DF) do Exército Brasileiro (EB) visitaram a fábrica da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL) para o recebimento contratual e conhecimento da fabricação do lote-piloto do fuzil de assalto IA2, em calibre 7,62×51 mm, adquirido no âmbito do Programa Estratégico do Exército (Prg EE) Obtenção da Capacidade Operacional Plena (OCOP).
Este lote-piloto, constituído de 50 unidades, será enviado ao Centro de Avaliações do Exército (CAEx) onde passará por avaliações técnicas e operacionais e, na sequência, será dado prosseguimento à fabricação e recebimento do primeiro lote de fabricação do fuzil de assalto 7,62 mm IA2, constituído de 1.450 unidades, referentes ao termo de execução descentralizada (TED) Nº 21-EME 007-00, assinado em 30 de julho de 2021.
Durante a visita, os militares da DF foram apresentados aos fuzis e sua linha de produção, reafirmando a parceria entre o EB e a IMBEL e destacando a evolução da Fábrica de Itajubá, por meio do aprimoramento da capacidade produtiva e da eficiência operacional, dos investimentos em maquinário e da modernização do parque fabril. A atividade incluiu, ainda, tiros práticos com as unidades do lote-piloto.
TECNOLOGIA&DEFESA/montedo.com

10 respostas

  1. Não entendi essa ideia. Fuzil IA2 7,62mm?
    A intenção de migrar para IA2 não seria acompanhar a tendência de boa parte dos exércitos mundo adora, e aproveitar as vantagens do calibre 5.56mm?

    Munição menor, mais leve, menos letal, em tese menos custosa (utilização de menos material na fabricação).

    O IA2, apesar de menos rústico/robusto em relação ao FAL, tem a vantagem de ser mais leve, favorecendo o manejo, a pontaria, a utilização de acessórios e o principal: o tiro

    Tive a oportunidade de atirar e percebi mais facilidade para controle do armamento e da pontaria. Melhor aproveitamento da munição.

    1. As vantagens do 5,56 se tornam deficiências em alguns ambientes operacionais, como a selva por exemplo. O projeto inicial do IA2 já previa este fuzil no calibre 7,62 x 51 mm, para uso em ambiente de selva. Também existe a idéia de incluir alguns IA2 7,62 no GC, como forma de poder se adicional.

      1. O melhor fz que vi até hj é o pára FAL baby. prático, rústico e confiável. Esse A2 é um piada, assim como o bld guarani.
        Ainda bem.que a Rússia não vai nos atacar e nossos litrofes estão daí pra pior.
        Que pena! Estamos afundando

  2. Megalomaníaco do hiper projeto da OCOP.
    “Este lote-piloto, constituído de 50 unidades”…
    Para!
    Esse fuá do Karaio por lote de risíveis 50 unidades.
    Se fosse um lote-piloto 1.450 unidades do fabuloso Prg EE.
    Parei.

  3. O IA2 é um excelente fuzil. Resta saber se aguenta condições severas de uso, tal como o FAL… Ou se vai falhar mais que ele se com o tempo e apresentar mais problemas…
    Uma coisa que notei foi que este fuzil não economiza em peças, parece um verdadeiro LEGO! Ou seja, quanto mais peças, mais pontos que podem apresentar problemas…
    Em quesito de precisão, ergonomia e pontaria, está de parabéns!
    Lembro de um fuzil criado em 1947 que é utilizado até hoje sem substituição… o tal do AK-47. Não é ergonômico, não é leve, não é preciso como os concorrentes, mas NÃO FALHA, aguenta a porrada do combate, seja no frio rigoroso dos países soviéticos ou no calor escaldante do deserto. Areia, lama e neve não é problema para ele… ele é CONFIÁVEL e é disso que precisamos. Espero que tenhamos um fuzil CONFIÁVEL!

  4. Levaram tanto tempo para projetar e fabricar uma arma que só pode ser produzida por uma única fábrica em todo o mundo. Motivo: continuar justificando as vagas de emprego dos oficiais R/1 do QEM, PTTCs e servidores civis que trabalham na IMBEL, uma fábrica pré-histórica onde a única coisa que presta é a produção dos canos de armas através do processo de forjamento com martelamento a frio, já que a sua concorrente Taurus não tem, ainda, tal expertise.

    Há vários modelos de armas consagradas em uso em guerras mais recentes cujas peças são fabricadas em centenas de fábricas em todo o mundo, tanto para uso militar quanto civil, mas o Brasil perde tempo tentando “reinventar a roda” sob a justificativa de permitir desenvolvimento de conhecimento genuíno brasileiro dentro do Exército.

    Como pode, em pleno 2022, continuar um projeto de uma arma cuja plataforma para uso de eqp ótico (tampa da caixa da culatra) é uma peça móvel de material maleável (polímero), o que desfavorece a precisão de qualquer tipo de luneta ou Red Dot, já que qualquer folga de milímetros prejudica o ajuste do eqp ótico.

    Já perceberam como a tampa da caixa da culatra dos fuzis FAL ficam folgadas com o passar dos anos? Isso acontecerá com os fuzis IA2. Qualquer sujeito iniciado no tema arma de fogo longa sabe que para se usar lunetas de precisão a base onde a luneta ficará presa deve ser fixa e bem rígida, o que não ocorre no IA2.

    O calibre 5,56 é anêmico para uso em ambiente de selva, é um projétil calibre .22 com um pouco mais de peso e com uma maior carga de pólvora no estojo. Para uso em GLO é uma boa, pois reduz os danos em civis, por exemplo. Mas em ambiente de selva é muito sujeito a desvio de trajetória ao resvalar galhos de árvores e até ao ricochete no espelho d’água.

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