ESG, FAB e dependência da Rússia: os desafios a longo prazo para a Embraer

Sede-da-embraer

Empresa se reestruturou para inovar de olho em alternativas sustentáveis para a aviação; mas conflito com a Rússia adicionou um desafio para sua recuperação

Felipe Mendes
A pandemia de Covid-19 colocou aviões do mundo afora no chão. Com motores parados devido ao fechamento das fronteiras, as companhias do setor tiveram de cortar custos e aprimorar a gestão para superar as turbulências. Não foi diferente para a fabricante de aeronaves Embraer. Mas a empresa, comandada por Francisco Gomes Neto, soube dar a volta por cima. Por meio de um plano estratégico feito no segundo semestre de 2020, chamado de “Fit for Growth” (pronto para o crescimento, em tradução livre), a aérea estruturou suas ideias para inovar de olho na sustentabilidade e vem colhendo os frutos.
Além de seu modelo de carro voador, os eVTOLs, apresentados em reportagem de VEJA, a empresa anunciou sua linha de aeronaves Energia Family, que nasce com o intuito de ajudar a empresa a zerar suas emissões líquidas de CO2 na atmosfera até 2050. São quatro modelos com propulsões que variam de híbrida-elétrica (no caso do modelo Energia Hybrid, ou E9-HE), elétrica completa (Energia Electric, ou E9-FE) e elétrica de hidrogênio (nos casos do Energia H2 Fuel Cell Gas Turbine, ou E19-H2FC; e Energia Gas Turbine, ou E50-H2GT). “São projetos inovadores. O primeiro deles será lançado em 2030, e os demais entre 2035 e 2040. São contribuições importantes para a indústria”, diz Gomes Neto.
Outro modelo que deve ganhar os ares em breve é fruto de uma parceria da Embraer com a companhia do setor elétrico EDP e a fabricante de motores Weg: o Ipanema Elétrico. A fabricante de aviões nacional também firmou cooperação com outras empresas do setor para levar o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) para diversos aeroportos no mundo. Esse combustível é visto por especialistas como a maneira mais eficaz para se reduzir em até 80% as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera se comparado à aviação tradicional. “Nós queremos chegar a uma neutralidade de carbono das nossas operações até 2040”, afirma o executivo.

Desafios
Como todo processo de reestruturação é passível de intercorrências, a Embraer também se deparou com desafios na indústria. Recentemente, a Força Aérea Brasileira, a FAB, chegou a um acordo com a Embraer para a redução da encomenda de aviões cargueiros KC-390, de 28 para 22 unidades. Gomes Neto lamenta a decisão, mas diz que o impacto será diluído com as outras frentes de atuação da companhia: “Nunca é bom reduzir um contrato, mas acreditamos que o impacto disso será relativamente pequeno para a nossa carteira de pedidos. Além disso, como será algo a ser diluído nos próximos anos, temos tempo para trabalhar e compensar isso com novos negócios e com a redução de custos internos também”, afirma o presidente da companhia.
Fora isso, a Embraer teve de suspender por três anos o desenvolvimento de seu jato E175-E2. A pausa tem relação direta com o mercado de aviação regional dos Estados Unidos, onde as companhias do setor não conseguiram chegar a um acordo com sindicatos sobre a limitação de peso máximo para decolagem de aviões com até 76 assentos — o E175-72 foi projetado para transportar, no mínimo, 80 passageiros. Mas o presidente da companhia minimiza o impacto disso. “Abre mais espaço para continuarmos vendendo o E175-E1, que é uma aeronave que tem tido sucesso enorme no mercado”, afirma ele.
Um novo percalço no caminho que atinge a empresa de surpresa é o conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia. Hoje, 100% do titânio para os aviões da empresa vêm da VSMPO-Avisma, uma subsidiária da estatal russa Rostec, que reúne todas as empresas do setor de defesa e aeroespacial considerados estratégicos pelo governo do país. A empresa detém o monopólio da produção de titânio e peças forjadas com o metal na Rússia. Nesse caso, as sanções impostas por países mundo afora afetariam não só a Embraer, mas todas as principais companhias aéreas do país.
Veja/montedo.com

25 respostas

  1. Os reais e nacionais desafios da ESG, FAB, Min da Defesa são:
    – adquirir instrumentação que a Ucrânia utilizou contra a Rússia.
    Observem:
    “Os militares ucranianos já possuem sistemas de armas que os russos não possuem. Mísseis antitanque de terceira geração e drones kamikaze.
    E, em breve, os drones turcos Bayraktar-TB2.”
    Já encaminharei vídeo dos drones turcos Bayraktar-TB2.
    Observem no vídeo abaixo, os resultados na Força bélica russa.

  2. TED
    Comunidade global de Conferências destinadas à disseminação de ideias.
    Peter van Uhm é o chefe de defesa dos Países Baixos.
    “Peter van Uhm: Porque eu escolhi uma arma.”

  3. De novo, observem os resultados dos:
    – mísseis antitanque de terceira geração e drones kamikaze.
    Porque senão as consequências podem ser desastrosas e vergonhosas.
    Como a experiência abaixo.
    Daily Mail.
    Sd russos: “Fomos enviados como bucha de canhão”.
    Estamos matando pessoas pacíficas’:
    – prisioneiros de guerra russos em prantos dizem que não tinham ideia de que estavam sendo enviados para a guerra.
    – e foram obrigados a ‘atacar pessoas que defendem seu território’.

    https://www.dailymail.co.uk/news/article-10568725/We-sent-cannon-fodder-killing-peaceful-people-Weeping-Russian-POWs.html

  4. Não estava fazendo nada, fui ali capturar um “tanquinho” russo.
    E tomar umas cervejinhas com as moreninhas ucranianas.

    Disse um comentarista do vídeo abaixo:
    “Isso é um troféu!!
    Jeitoso!
    Nunca amei tanto nosso povo como agora!
    Glória à Ucrânia!”
    🇺🇦🇺🇦🇺🇦!!!

  5. Que esculhambação essa logística (sem combustível) e Op russa:
    Agricultores ucranianos tomaram um Tor-M2 SAM dos russos.

  6. Putin, aliado político internacional de Bolsonaro disse:
    “Não atacaremos instituições civis, apenas o aparelhamento militar”.
    Câmara Municipal de Kharkiv após o bombardeio 2 de março:

  7. Cervejaria explode na Ucrânia após ser atingida por míssil russo
    Um míssil russo atingiu a fábrica de cerveja Lisichansk que produzia coquetéis molotov.

  8. Tropas da Rússia avançam contra civis da Ucrânia.

    Russos dispersam civis que bloqueavam estradas.

      1. Por que não estão em suas casas?
        PORQUE POSSUEM “CORAGEM MORAL”.
        O que é isso, ‘coragem moral’?
        Significa fazer o que está certo independentemente de corrermos o risco de VIDA.
        Bravura, audácia, coragem e valor.
        “Coisas” impensáveis e impossíveis pra muita gente.
        Patriotismo é o sentimento de orgulho, amor, devolução e devoção à pátria.
        Independente de qualquer adversidades e conflitos.
        Estão tentando fazer a parte deles como Nação.

        1. Continuando…
          O amor à terra é um sentimento antigo e muito disseminado pela raça humana.
          NATIVISMO – Sentimento e Amor à Terra.
          Na veia, na raiz e no DNA do povo gaúcho.
          O que causa imensa inveja em muita gente boa.
          Fico a vontade em afirmar porque não sou de Rio Grande de São Pedro.
          Porém, em dois anos na fronteira, na Sentinela do Sul (Bagélo).
          Testemunhei o que quer dizer isso: Amor à Terra.
          Sangue, suor e lagrimas em suas honestas batalhas por sua província.
          Respeito as tradições, cultura e a sua Terra.
          Um dia eu volto!
          Salve o RS.
          (já vai começar, 1, 2, 3…).

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