Na eleição, bolsonaristas querem general mais ‘linha dura’ para comando do Exército e defendem Paulo Sérgio na Defesa

Paulo Sérgio Nogueira se equilibra entre Bolsonaro, que almeja demonstrações de apoio, e o Alto Comando, que quer blindar a caserna da política e evitar desgaste para a instituição Foto: Cristiano Mariz / 11-08-2021

Paulo Sergio no comando da Defesa seria “ruim” para o Exército, já que ele tem pouco tempo no cargo, mas uma “mensagem política muito forte” do presidente.

Andréia Sadi
Em meio a estratégia de Bolsonaro de envolver as Forças Armadas em seu plano de ataque às instituições – principalmente às urnas – bolsonaristas veem como chave o comando do Ministério da Defesa e, também, o comando do Exército no ano eleitoral.
Como o blog mostrou nas últimas semanas, existe um projeto em curso, patrocinado por militares junto a Bolsonaro, para Braga Netto sair da Defesa e assumir a vice na chapa do presidente.
Se isso ocorrer, militares bolsonaristas têm defendido nos bastidores que o atual comandante do Exército, Paulo Sergio, assuma a Defesa e, para o seu lugar, Bolsonaro indique um general “mais linha dura”.
Para fontes do Exército ouvidas pelo blog, Paulo Sergio no comando da Defesa seria “ruim” para o Exército, já que ele tem pouco tempo no cargo, mas uma “mensagem política muito forte” do presidente.
A reportagem também questionou integrantes do Exército se existiria algum impedimento para essa indicação: “nenhum impedimento. A indicação é de livre provimento”.
Militares que relatam ao blog o plano afirmam que a vaga da Defesa está em disputa nos bastidores por diferentes autoridades. Entre eles, Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos, ambos oriundos do Exército e, hoje, ministros do governo, além do almirante Garnier, da Marinha.
De uma forma ou de outro, o presidente tem se dedicado a montar um time militar como se fosse parte de sua equipe de campanha eleitoral, com foco total para garantir continuidade da gestão de Braga Netto à frente da Defesa: tumultuando a confiabilidade das urnas.
g1/montedo.com

9 respostas

  1. Isso se chama desespero, querer pressionar instituições democráticas para vencer a qualquer custo. O desespero mostra o quanto o atual governo é fraco.
    O TSE foi criado em 1932 e não parou de funcionar nem mesmo durante a DITADURA MILITAR. Faz parte de um poder independente e que, até se prove o contrário, não tem interesse no resultado da eleição a favor de A ou B.
    Nunca houve nesses 90 anos qualquer contestação a respeito da idoneidade do TSE, mas o atual ex governo, por ter certeza que vai perder as eleições já começou a atacar o TSE.
    Envolver FA no processo eleitoral, mas afinal quem é FA? Onde está posto que as FA fazem parte do processo eleitoral? Tem que ser muito estúpido para achar que as FA são parte do processo eleitoral. No Brasil o processo eleitoral, corretamente, está na mão dos civis.
    Sou militar e sei que tem um monte de militar bolsominion, mas o que importa é que a democracia prevaleça. Não quero a continuidade do atual governo, por achar ele péssimo por vários motivos. Ex: amigo do Queiroz, não explicou dinheiro na conta da esposa, amigo de miliciano morto pela PM na Bahia, ser suspeito de praticar rachadinhas, ser misógino, pois disse que a filha foi uma fraqueza, estar sendo defendido por um advogado que acaba de ter denuncia aceita por racismo e injúria racial, por atentar contra a democracia, por não entender que o poder executivo é só um dos poderes do estado e etc etc.
    Para todo golpe existe contra golpe, então nem tentem.

  2. A submissão total e irrestrita desse Cmt Exército é escandalosa.
    Bajulação e totalmente com a espinha curvada.
    “SIM MEU PRESIDENTE, A ORDEM É URNAS AUDITÁVEIS, SENÃO…”.
    Que pobreza de autoridade.

  3. Eu não te falei, não quis me ouvir, agora é isso aí, sofre tratamento imprestável:
    – gen Paulo Sergio, age afinado plenamente com o ex-capitão desajustado.
    – não puniu o gordinho do bem que praticou um ato gravíssimo de indisciplina.
    – age numa subserviência inadequada ao cargo que exerce
    – com submissão voluntária e excesso de servilismo ao Jair ‘171’.
    Assim, portanto, esse tratamento desqualificante da imprensa devido a falta de autoridade e observância a liturgia do seu cargo, de Comandante do Exército.
    MAIOR FEITO DO “governo” BOLSONARO:
    – mostrou a cara, a verdade nua e crua dos generais em sua total falta de condição cognitiva, capacidade técnico-profissional, e em alguns casos, ‘moral’ (Pazuello).
    Vergonha!
    Mil vezes VERGONHA!

  4. Esses generais sempre foram figuras míticas no imaginário popular brasileiro.
    Assim, eram considerados reserva moral nacional.
    Possuidores de condição intelectual / acadêmica admirável.
    O que não passou de apenas um engado, ilusão e decepção pelo fraco desempenho nesses três anos assessorando o falso ‘meçias’ no Poder.
    No primeiro descontentamento, surgem com suas pífias e burlescas ameaças de autogolpe.
    Capacho Netto, numa ‘motociata’:
    “As Forças Armadas estão prontas”.
    “E SE TIVER GOLPE, VAI TER TROCO”.
    Golpe de quem, do STF, Congresso ou STE (Alexandre de Moraes, presidente, durante as eleições), num processo de impeachment ou cassação de sua legenda.
    Tempos estranhos, parece estarmos num filme “De volta aos anos 60”.
    Porém, dependendo da evolução das “coisas”:
    – CPI da Covid;
    – resultado do inquérito de prevaricação de Bolsonaro no escândalo Covaxin;
    – resultado do inquérito das “Fake News” dos dois ‘zeros’ de Bolsonaro;
    – abertura de inquérito das ‘rachadinhas’ através de gravações da ex-esposa de Bolsonaro;
    – e, por fim, de sua possível derrota no segundo turno para o sapo barbudo.
    Sim!
    Tudo é possível.

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