‘Tirou um peso do ombro’, diz aliado de Azevedo e Silva sobre desistência de assumir direção do TSE

ministro da defesa general fernando

JENIFFER GULARTE
Ex-ministro da Defesa de Bolsonaro, o general Fernando Azevedo e Silva está aliviado desde que desistiu de assumir a diretoria-geral do Tribunal Superior Eleitoral na quarta-feira, 16.
Alegando problemas de saúde, o militar abriu mão do cargo consciente de que a decisão poderia ser explorada politicamente. E a previsão se confirmou. No Palácio do Planalto, a saída do general foi comemorada, pois acredita-se que o caminho permaneceu aberto para o presidente insistir em teses infundadas sobre o sistema eleitoral, sem o constrangimento de ter um militar no comando das eleições.
“Ele tirou um peso do ombro, a família parou de aborrecer. Sabíamos que a saída dele iria reforçar esse clima de insegurança”, afirma um interlocutor do general, se referindo às falas de Jair Bolsonaro contra as urnas.
Em live no dia 10 de fevereiro, o presidente disse que o Exército havia encontrado uma série de vulnerabilidades nos equipamentos. Bolsonaro fez referência às perguntas feitas pelo representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência das Eleições, criada pelo TSE. As questões, porém, não fazem juízo de valor, nem apontam falhas no sistema de segurança das urnas.
Antes de abrir mão da função, Azevedo e Silva já havia iniciado um processo de imersão na corte. Passou duas semanas no TSE ouvindo secretários, participando de reuniões e ficou impressionado com a estrutura do tribunal, a capilaridade do sistema e o grau de profissionalismo dos servidores. Sob o guarda-chuva do diretor-geral, estão os setores de administração, tecnologia de informação, finanças e contabilidade. “Ele faria a execução completa da eleição. A organização interna do TSE é impressionante, ele estava animado, mas a pressão da família pesou”, afirma um militar próximo ao general.
O ex-ministro tem 68 anos e há dois anos faz tratamento para controle da pressão arterial. Recentemente, ele foi diagnosticado com um problema cardíaco. Sua família tem histórico de doenças no coração: a mãe morreu jovem, depois de um infarto fulminante. A cobrança em casa para abrir mão do posto foi intensificada depois que começou a ficar claro que Azevedo e Silva transitaria num terreno minado. Ele, então, resolveu desistir.
Crusoé/montedo.com

13 respostas

  1. Blz, agora não siga o exemplo do cabo arRêgo barros (asco total) com suas inúteis notinhas de rodapés e recolha-se as insignificantes pantufas da Reserva.

  2. Ou seja, as urnas são confiáveis!
    Ele não foi para lá, pois chancelaria isso e os imbecis não “poderiam” falar ao contrário.
    Que coisa, até ele entrou no “jogo da política”, pensei que era a favor do povo, da verdade…

  3. O texto é preciso quando diz que o general transitaria por um terreno minado, então, por isso e por pressão de familiares, julgou melhor pular fora. Desconfio que ele percebeu, sentiu ou teve um sonho premonitório de que pisaria em uma mina “esquecida” à esquerda do caminho. Era só apertar “CONFIRMA” e ele iria pelos ares. Tomou a decisão mais sábia.

  4. eu vejo o outro lado da história: o TSE queria USAR o General para legitimar o processo eleitoral de 2022. Ele conheceu a estrutura interna do TSE e pulou fora!!!

  5. O general serviria para justificar dois discursos previamente preparados pela esquerda para o caso de vitória ou derrota.

    Vitória – Os militares representados pela presença do general no TSE, serviriam como plano de fundo de eleições limpas, honestas e acima de qualquer suspeita.

    Derrota – Os militares representados pela presença do general no TSE, serviriam como plano de fundo para alegação e denúncia de eleições sabotadas e fraudadas. Nesse momento o general já teria pisado na mina e todo Alto Paiol das FFAA já teria ido pelos ares com as bênçãos do inimigo de ontem, hoje e sempre.

  6. Um dos maiores traidores dos praças e digo Sgts QEs, esse Azevedo não tem nenhuma chance de permanecer na política a não ser se o JB de uma teta para ele, mas a esculhambação já foi feito por “eles” egoístas. Estamos amargando 4 anos sem reajustes, enquanto isso para eles só beneces…

  7. Muito coerente, merece replicar;
    “Quando Bolsonaro começou com esse negócio de voto impresso eu achei exagero. Eu nunca tinha desconfiado das urnas eletrônicas, mas o que me chamou a atenção e me fez repensar foi a forma como esse assunto foi tratado. Ministros do STF fazendo lobby no congresso, chegando a reunir caciques dos partidos, que mudaram a comissão inteira no dia seguinte… não é estranho? Ministros esses que “descondenaram” e reabilitaram o lula para as eleições.. não é mais estranho ainda? Propagandas milionárias contra o voto impresso… não é esquisito? O próprio posicionamento do TSE nessa gestão atual, comandado por um desses ministros que pressionou o congresso, é exatamente o contrário do que era no passado (veja na internet vídeos do TSE explicando como seria o voto impresso)… não é controverso? Inclusive, esse mesmo TSE desinformando a população ao dizer que a proposta do voto impresso seria a volta da cédula em papel… não é desonestidade e falta de compromisso?
    Não duvidava no passado, mas a reação contrária, até por pessoas que não tem nem o chapéu para discutir sobre o assunto, foi tão forte e radical que hoje já acho que tem aí tem coisa.”

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