Mourão diz que não deixará cargo de vice para concorrer ao Senado

Mourão usando a máscara do Guarany de Bagé

Na semana passada, o vice-presidente confirmou que disputará uma vaga ao Senado Federal em 2022, mas ainda não decidiu o partido

Mariana Costa
O presidente interino Hamilton Mourão (PRTB) confirmou ao Metrópoles que não se desincompatibilizará do cargo de vice-presidente da República para disputar uma cadeira ao Senado Federal em 2022, pelo Rio Grande do Sul.
Questionado se viajar ao mesmo tempo em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria a estratégia utilizada para que não precisasse exercer a presidência interina nos 6 meses anteriores à eleição, – o que o tornaria inelegível ao Senado – o general respondeu por mensagem em poucas palavras: “Sou obrigado”.
De acordo com a lei eleitoral, o vice-presidente do Brasil pode se candidatar a outros cargos preservando seu mandato, desde que não assuma a Presidência interinamente – que é protocolo quando o presidente da República viaja ao exterior – nos seis meses anteriores à eleição, que ocorrerá em outubro deste ano.
“Sou obrigado [a viajar ao mesmo tempo que o presidente], senão fico inelegível. É a nossa legislação. Tanto eu, como o Arthur Lira temos que viajar. Se o Pacheco for candidato, ele também tem que viajar. É uma coisa de louco isso aí, né, mas é a lei. Siga-se”, exclamou Mourão, posteriormente, em conversa com jornalistas.
Quando o presidente Jair Bolsonaro viajar ao exterior, Mourão deve fazer o mesmo. Assim, quem deve assumir o comando do país será o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Aparecem em seguida na linha sucessória da Presidência o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

Partido
Nesta quinta-feira (16/2), Mourão viaja a São Paulo para agenda particular. O vice declarou que aproveitará a estadia para discutir a saída do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro, ao qual é filiado desde 2018.
Na semana passada, o general confirmou que não será mais vice na chapa de reeleição de Bolsonaro e, para a confirmação oficial, faltava apenas definir o partido, o que ele fará até a primeira quinzena de março.
Questionado com quais partidos ele estaria mantendo diálogo, Mourão disse: “Os que estão na nossa base, né? PP e Republicanos são os da base. Brevemente [resolverei]”, salientou. Na última sexta-feira, Igor Gadelha, colunista do Metrópoles, publicou nota afirmando que Mourão está praticamente fechado com um partido do Centrão. A coluna apurou, no entanto, que ele deverá se filiar ao Republicanos.
METRÓPOLES/montedo.com

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