Exército diz que simulação em que reprime grupos de esquerda não tem ideologia

Imagem ilustrativa

LUCAS NEIVA
Realizada pelo Exército em novembro de 2020, a Operação Mantiqueira simulava uma insurreição de grupos de esquerda contra o governo central. Para montar a simulação, a força terrestre criou entidades com nomes alusivos a grupos reais que se opõem ao atual governo: o PT se tornou Partido Operário (PO). O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) se tornou Movimento de Luta pela Terra. O levante do partido e do movimento é apoiado na simulação pelo jornal “mídia samurai” – uma paródia do que e a Mídia Ninja.
Os detalhes da simulação com inimigos semelhantes aos rivais de Jair Bolsonaro foram expostos em dezembro de 2021 pelo The Intercept, e chamaram a atenção do deputado Ivan Valente (Psol-SP), que solicitou por meio da Lei de Acesso à Informação os fundamentos e documentações utilizadas pelo Exército para embasar a operação.
Em resposta, o Exército alegou que os detalhes da operação se encontram “em plena consonância legal com a Doutrina de Emprego das Forças Especiais, mundialmente consagrada, e com a previsão constitucional de emprego das Forças Armadas, conforme artigo 142 da Constituição Federal”. O artigo em questão prevê a função das Forças Armadas de defesa do Estado de Direito.
A força terrestre nega que o cenário criado atenda algum interesse político. “As informações constantes na documentação do exercício são meramente fictícias e serviram somente para contextualizar o Exercício de Operações Contra Forças Irregulares do Curso de Forças Especiais, no ano de 2020, sem nenhuma conotação político-ideológica nem de nacionalidade”, ressalta.
Além disso, complementa que “o exercício visa tão somente aos militares desenvolverem a capacidade em combater Forças Irregulares, de Insurgência, de Guerrilha e/ou grupos armados contra o Estado de Direito”. A justificativa não convenceu o deputado. “Minimizaram, responderam estar em consonância com Estado Democrático de Direito. Absurdo! Por que não treinam com uma operação antifascista?”, declarou sobre a resposta em seu Twitter.
Congresso em Foco/montedo.com

21 respostas

  1. Lamentável, a que ponto chegamos.
    Viramos medíocres seguranças particular do atual presidente e de sua turma. Um sustentáculo de um governo sem liderança e sem popularidade.
    Se esses exercícios fossem sérios e visassem tão somente a proteção das instituições nacionais, facilmente identificaria que são os simpatizantes do atual governo os que ameaçam com violência física e devem ser combatidos.
    Não bastasse isso, colocam em cheque propositalmente as urnas eletrônicas, para poder iniciar um instabilidade social em uma provável perda nas eleições. Onde está o treinamento para essas situações? onde está o serviço de inteligência para frear esses movimentos? Pelo contrário, querem protegê-los em vez de combater. Lamentável.

    1. É sério isso? Você não deve ser militar pois nosso treinamento não mudou desde a década de 60, sempre foi “pau em comunistas”, se é militar, peça 150.

      1. Essa é grande mentira que contaram e você acreditou. As FFAA não pertencem direita ou esquerda. Se não leu a Constituição, então vai uma cola sobre a nossa finalidade “…defender a honra, a integridade e a soberania da Pátria contra agressões externas e garantir a ordem e a segurança internas, as leis e o exercício dos poderes constitucionais…” Esse texto poderia valer para países de direita ou de esquerda porque a ideologia é irrelevante para o cumprimento da nossa finalidade.
        Portanto, todos nós temos por obrigação defender as nossas instituições contra agressores. Hoje os agressores internos são os fascistas que seguem a “doutrina bolsonarista”

        1. É sim, bolsonaristas quando saem às ruas botam fogo em agencias bancárias, destroem lojas, queimam pneus, fecham rodovias, quebram patrimônio público. Tô vendo tudo, mas fico calado, faz de conta que sou mudo.

    2. Sargento Justino (acho está grafado errado, deve ser JOSÉ GENUÍNO…)
      Pode esclarecer como as Forças Bolivarianas treinam? Como simulam o combate?

    1. Sei! Muito estranho! Liga dos Camponeses pobres(pobres?) agindo no Norte do Brasil e vc não sabe de nada e ainda acha estranho. Sem contar as facções criminosas, super armadas, que devem contar hoje com 1 milhão de narcotraficantes e vc acha estranho.

    2. Simulação em caso de necessidade de apoio a polícia militar, digamos de passam…pois a poucos anos atrás, praticamente destruíram o país e apenas vimos Soldados PM Combatentes sangrando nas ruas e nada mais … Então não briguem crianças, vcs estão seguros nas Casernas,mas sim, qualquer tipo de treinamento é necessário e útil .

      1. Com todo o respeito que tenho aos policiais que dão a vida para combater o crime, mas o que vimos nos últimos anos foi que as polícias não deram conta das suas incumbências por diversos motivos, entraram em greve e/ou colapso, e quem teve que acudi-los e assumir seu papel foram as FFAA em boa parte do território nacional. Até intervenção federal na segurança pública para patrulhar e “arrumar” a administração nós tivemos (Rio de Janeiro).

  2. Sempre tem um louco querendo safra esse PT …..deixa de mimimi esse é o tipo de Polícia que em vez de fazer política quer se meter onde não tem domínio e ainda falam dos milicos no auxílio da máquina pública enfraquecido por políticos corruptos

  3. É muitíssimo simples.

    Que viés político-ideológico e qual a linha ideológica dos partidos e grupos q fazem guerrilhas em países não comunistas???????

    Qual grupo guerrilheiro facista tem no MUNDO???
    Quais os grupos guerrilheiros/terroristas comunistas tem no mundo????

    Da pra entender??????? Ou tem q desenhar?????

    1. E não vamos nem falar que tentam reescrever a história, fingem que os comunas nunca fizeram uma guerrilha de fato no território brasileiro. Tem muito menino novo que nasceu na década de 80 pra cá que não viveu isso é cai nessa lábia da esquerda.

  4. O velho Rodrigão aqui, já fazia exercícios como esse que os comunistas de hospício estão preocupados, desde o tempo de Caxias e Tamandaré. Ora, agora o Exército, Marinha e Força Aérea tem que seguir o politicamente correto e obedecer a “ordem unida” dos incomodados comunistas tupiniquins? O carro na frente dos bois!

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