Exigência de vacinação pelo Exército só ganha foro político por causa de Bolsonaro, diz Jungmann

Raul Jungmann toma posse como ministro da Defesa

Ex-ministro da Defesa diz que ato do comandante Paulo Sérgio contra a Covid é puramente administrativo

Na avaliação do ex-ministro da Defesa e da Segurança Raul Jungmann, a orientação do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, de condicionar o retorno de militares ao trabalho presencial à vacinação contra a Covid-19 é puramente administrativa, mas ganha repercussão política pela insistência do presidente Jair Bolsonaro (PL) em tentar invadir as competências das Forças Armadas.
“O ato do comandante não é político, é administrativo, de acordo com suas responsabilidades. Se ganha foro político ao ser comunicado é porque o presidente da República busca invadir o espaço institucional das Forças Armadas. Ele vem há algum tempo fazendo bullying com elas. Do lado do comandante a decisão é correta, administrativa e no limite de suas responsabilidades”, afirma Jungmann ao Painel.
O ex-ministro diz que o comandante do Exército tem o dever de proteger a tropa, especialmente no atual cenário de expansão da Covid-19 com a variante ômicron.
O cuidado com a saúde dos comandados, aponta Jungmann, está relacionada também à necessidade de ter o maior número possível de militares à disposição em 2022, ano em que as eleições marcadas pela polarização têm potencial de gerar episódios de violência.
“Se a decisão do comandante é perfeitamente lógica, evidentemente que isso, embora não tenha sido a intenção do comandante, passa a ser apropriado politicamente como se fosse uma coisa contrária à orientação do presidente da República. Não vejo isso. Acho que são medidas corretas, racionais, que visam proteger a Força, garantir o máximo de efetivo e evitar a contaminação. Se a lógica do presidente é outra, paciência”, diz Jungmann.
Na visão dele, o mesmo vale para a proibição de disseminação de fake news sobre a pandemia de Covid-19.
“É uma atitude consequente para reduzir no ano eleitoral ao mínimo qualquer tipo de contágio, qualquer tipo de participação política do Exército. Quanto mais se preservar o caráter de Estado das Forças Armadas, melhor. Sabemos todos que essa participação nas fake news é o contrário disso”, conclui o ex-ministro.
FOLHA/montedo.com

10 respostas

  1. por que não manda os generais ficarem fora da política, isso ai é soh pra praça , general faz o que quer, queimam a instituição e nada pega.

    1. Somos vetores de doença…..qdo respiramos recebemos e damos, possivelmente vírus, germes e bactérias…assim se vacinar, vc pode até receber e transmitir, mas vc protegido não produzirá multiplicando a doença.. Encontrei um médico, em outro médico, não só fisicamente, mas psicologicamente, foram 15 a 18 dias na UTI como paciente….na consulta com outra especialidade, falamos de Deus, pois muitos ficaram perto dele, de forma inconsciente e depois consciente, pensou nos filhos, pois, nós militares, tendo pensão , participaríamos do crescimento de nossos filhos no inferno ou no céu…Deus é quem sabe…assim não usar máscara pode ser confundido com arrogância ou ignorância, assim como dinheiro distribuído para estados e usados em outras áreas, estabelecendo o equilíbrio financeiro, pagando pessoal, acabando obras eleitoreiras ou/e enchendo contas de muitos ( chamados por alguns “corrupção descarrada” ) coisa que o senso comum a classifica, mas que no fim do devido processo legal poucos processos acham os culpados independente do dinheiro sumir e a obra não acabar….Qto as obras e vacinação parabenizo muito o governo bolsonaro, mas como instrumento de cultura de saúde pública me sindo abandonado e a grande massa social também….Orando

  2. Um Exército que tem medo de vacina, quem diria.

    Parece até cena de filme “As Últimas Horas de Hitler”, tudo indica que a contra informação está ganhando a guerra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo