Generais estão fora da coordenação de campanha de Bolsonaro

Influentes e poderosos no início do governo, Ramos e Heleno hoje vivem isolados na reta final do governo Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por enquanto, os ministros militares ainda não foram chamados a contribuir com o projeto de reeleição, comandado pelo Centrão

Daniel Pereira
Nenhum dos generais com gabinete no Palácio do Planalto faz parte até agora da coordenação da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro. Liderado pelo senador Flávio Bolsonaro, o grupo conta por enquanto com a participação dos comandantes dos três principais partidos do Centrão, com os quais o presidente da República tenta costurar uma coligação eleitoral para 2022. São eles o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL) e o deputado Marcos Pereira (Republicanos-SP).
Entre os generais que despacham como ministros, Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência da República, se ofereceu para ajudar na coordenação de campanha. Os conselhos dele, no entanto, ainda não foram requisitados. Apesar de ser amigo de Bolsonaro, Ramos não é considerado um articulador político competente pelos caciques que hoje comandam a administração. O próprio presidente já dispensou uma vez os serviços dele nessa seara. Foi em março deste ano, quando, ao escancarar as portas do governo para o Centrão, Bolsonaro tirou Ramos da Secretaria de Governo, que cuida da relação com o Congresso, substituindo-o pela deputada de primeira mandato Flávia Arruda (PL-DF).
O general Augusto Heleno, que chefia o Gabinete de Segurança Institucional, não procurou a coordenação para oferecer ajuda. Nada mais natural, já que, na campanha de 2018, ele comparou o Centrão a um ajuntamento de ladrões. Na época, é verdade, o então candidato Bolsonaro dizia que jamais se renderia à velha política, o que acabou fazendo diante da necessidade de garantir um mínimo de estabilidade à sua gestão, afastar o risco de impeachment e manter vivas as chances de reeleição. Hoje, o ex-capitão e seus generais batem continência aos políticos profissionais que antes juravam combater.
Veja/montedo.com

12 respostas

  1. Minto
    Minto
    Minto

    Sou anti ESQUERDALHA, mas vir general ganhando acima do teto e a praça não ter condições de comprar uma casa de 500 mil é covardia.

    Eu com as minhas finanças organizadas, sem empréstimo, esposa trabalhando, pelo fato de ser sargento, só pude ter no máximo 300 mil financiado.

    Não quero de graça não P…, vou pagar caro por isso.

    Agora me digam.

    300 mil financiado no RJ compra casa (não ap) aonde?

    Lembrando que com 1 filho tem que ser 3 quartos (1 para o casal, 1 para a criança e um escritório) e 2 banheiros.

    Aonde compro no RJ por 300 mil financiados?

    Difícil a vida da praça sem empréstimo, imagino com empréstimo.

    1. Pois é camarada, te dou razão, passa longe de 300 mil reais o valor que os assessores “especiais” ganham em um único semestre. Sem contar a parcela do décimo-terceiro.

  2. Depois de ter “quebrado as pernas” dos Praças?! Bolsonaro nunca mais terá meu voto.
    Que venha o Lula. Ao menos seus pacos reajustes seguiam a isônomia.

  3. Eu fico impressionado com o Presidente BOLSONARO, o conheço pessoalmente e tive duas vezes em seu Gabinete quando Dep Fed. Me tratou super bem e com muito respeito. Eu sempre fui fã de Bolsonaro que me mandava seguido o tal de INFORMATIVO que relatava seus procedimentos como Dep.
    Hoje fico assustado com a insensibilidade desse Grande Presidente no tocante ao que vem acontecendo com a Classe dos Praças e Pensionistas. Eu ainda acredito nesse Presidente! Talvez seja mal assessorado por alguém que só pensa em seu umbigo! BOLSONARO acredito que Vossa Excelência ainda vai reverter essa situação dos Praças que ainda acreditam no Sr.

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