Que venha 2022!

O vice-presidente Hamilton Mourão, durante entrevista coletiva. @marcelocamargo Agência Brasil

Hamilton Mourão*
O ano de 2021 foi de grandes desafios! Muitos deles vencidos, outros ainda em andamento, como os reflexos da pandemia na saúde e na economia e a estagnação de reformas importantes para o País – infelizmente ainda na fila de espera. Por sua vez, 2022 trará um elemento que por si só acirra os ânimos: as eleições. Então, para o ano vindouro, desejo ao Brasil e aos brasileiros saúde, equilíbrio e paz social.
Em nome deste último anseio e da construção de uma sociedade harmônica e pacífica, precisamos buscar a coexistência de princípios aparentemente divergentes, mas que são eternos e necessários, entendendo que o respeito a ideias e pensamentos é elemento essencial à democracia.
A atual polarização do País extrapola a ciência política e atinge nossa rotina social. Por não sabermos lidar com a euforia própria da temática, nossas relações interpessoais acabam sendo afetadas. Muitos brasileiros de boa-fé, por entenderem que seus pontos de vista representam o bem maior para o País, por um raciocínio (i)lógico concluem que os contrários representam o mau, o ruim, o incorreto. E com o mau não se discute, não se dá ouvidos, não se tolera. Nessa linha de pensamento cartesiano e excludente, acabamos com a Ágora dos tempos da Grécia Antiga, o espaço da cidadania, símbolo da democracia e do debate público. As conversas temperadas de bom senso e gentileza terminam por ocorrer apenas entre aqueles que têm uma mesma visão do mundo e da política.
Todas as esferas da vida só prosperam com diálogo civilizado e construtivo. É preciso superar a agenda do confronto, do “eu contra você” e “nós contra eles”. Sem o debate e a troca de conhecimentos e visões não se chega a um consenso. Afinal, ansiamos pelo melhor para todos os brasileiros, não somente para aqueles com quem comungamos das mesmas premissas.
A conversa, sem condenação prévia, sem rótulos, mas com abertura para o crescimento e soluções pacíficas, é fundamental para o avanço do Brasil, fortalecimento da democracia e resgate da paz social.
A convivência – do latim convivere – só alcançará a paz social quando entendermos a etimologia da palavra e realmente passarmos a “viver com”: respeito e multiplicação de olhares e de argumentação. Somos muito mais do que zero e um, certo e errado, para a frente e para trás, esquerda e direita. A nossa complexidade e a capacidade de pensar além do binário permitiram a evolução que trouxe a humanidade até aqui.
Já superamos o tempo das cavernas e hoje podemos adquirir conhecimento e resolver problemas de maneira integrada e civilizada. Agimos e pensamos diferente, mas somos todos brasileiros e compartilhamos a busca comum pela felicidade, dignidade e acesso aos direitos sociais previstos na Constituição, tais como: educação, saúde, trabalho e segurança. Em essência, buscamos todos o mesmo fim, sabemos aonde queremos chegar, o que muda é o pensamento individual sobre o melhor meio.
Não há receita de bolo para as tomadas de decisões sobre o futuro do Brasil. O melhor caminho é pensarmos e atuarmos juntos, unirmos esforços. Cada um apresentar o seu entendimento do que são os problemas e quais seriam as soluções possíveis, e a partir dessa riqueza de olhares virão as melhores propostas, projetos e respostas.
Todos precisam ser ouvidos e considerados. É na diversidade que conhecemos o novo, aprendemos e entendemos o outro. Respeitar o próximo é o grande passo para avançarmos em harmonia.
Precisamos, como povo e como instituições pública e privada, começar a enxergar e a vivenciar o coletivo, a reencontrar as raízes do Brasil real: um país de valores profundos, capacidade criativa e convivência pacífica. É preciso acatar os princípios legais, a liberdade de expressão, o direito de locomoção, de manifestação, e isso significa, também, não haver diferenciação entre os cidadãos.
O que importa é um projeto de país que contemple todos os brasileiros, e não um projeto de poder. Precisamos consolidar instituições eficientes e protegidas da cultura da corrupção, honrando o pacto geracional.
Podemos estar divididos nas ideias e ideais. Essa pluralidade e, principalmente, o respeito a ela fazem parte da democracia e do crescimento do País. É na união dos opostos que nos tornamos unidade. Um só povo. Uma só nação. Um só Brasil. Somos partes únicas de um todo. Os debates devem ser conjuntos, inclusivos e participativos, mesmo quando as posições individuais ou setoriais forem antagônicas. Nossa lealdade precisa ser com o futuro do Brasil, e não com interesses específicos.e
Em nome da paz social, objetivo nacional permanente, convido os brasileiros e brasileiras a mais do que enxergar, aceitar os opostos como parte presente e indissociável de seu todo. Assim, reduziremos as tensões e alcançaremos o bem comum. Na Ágora brasileira, as ideias podem e devem ser defendidas com veemência, tanto pela sociedade quanto pelos Poderes constituídos, mas sempre dentro dos limites éticos e legais. Um povo atento e que caminha junto é sempre mais forte!
O Brasil é muito maior que os obstáculos que o assolam e, com a união do povo brasileiro, será possível ultrapassá-los.
Que venha 2022!
* VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA E PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DA AMAZÔNIA LEGAL (CNAL)
O Estado de S.Paulo/montedo.com

14 respostas

  1. Bom! O Morão disse que férias e décimo terceiro salário são as jabuticabas brasileiras. Aí vc… praça “véi de guerra”. Que tanto se lascou com a reforma. E que só se lasca. Aí vc vai lá! E vota nele. E vota de novo em Bolsonaro.
    É só não reclamar depois.

    1. Morão disse que férias e décimo terceiro são jabuticabas brasileiras. E ele quer acabar com isso.
      Então Praça. Se vc gosta de jabuticaba?!
      Melhor não votar “neles”.

  2. Praça não vão votar nesse traíra não, 2022 está aí aceitam que dói menos as urnas vão mostrar os que acham que os praças não foram aos protestos não precisam se preocupar com os votos deles… O pior cego não é que não enxerga e sim os que tem 2 olhos e não querem ver a realidade, vou colocar porque muitas pensionistas e veteranos não foram ou não vão as manifestações, primeiro dia de semana e muitos tem que trabalhar para complemento de renda por terem sofrido decrescimos no salário e inflação na nas alturas ninguém consegue viver sem ter um trabalho Extra. Segundo os organizadores tem que esquecer a data e tem ser até o dia 5 útil do mês depois ninguém tem dinheiro então não falta união e sim dinheiro porque os traíras tiraram dos que ganham menos para enfiarem no próprio bolso. Mais 2022 está aí o troco vai ser dado nas urnas.

    1. Anônimo a partir do 19:09
      Sargento Daciolo deu ultima forma!
      Ele voltou. Assim.
      “Praça vota em Praça”!
      Cabo Daciolo pra presidente.
      Entre Petrolão x Rachadinhas, vou de Cabo Daciolo.

  3. O VP Mourão é, politicamente, o mais capacitado de todo o governo. Não trabalha com ideologias e sempre se mostrou muito sensato em todos os posicionamentos. É o único bombeiro de toda essa loucura que se vê no Planalto Central.

    1. Que baixaria!
      Rssssssssssssssssssss
      Meu sonho seria ver o ‘braguinha’, general Lexotan, banana de pijamas e arRego barros, todos mamados, borrachos curtindo um funk com o meçias.
      Rssssssssssssssssssssssssss
      Que país sem vergonha!
      Covid 19, Vírus da Influenza A Subtipo H3N2, gasolina a 7 “real”…
      E o bozo de férias e mamado (PQP).
      Rssssssssssssssssssssssssssssss

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