Topo do Exército gosta de uma estatal e pensa de maneira próxima ao socialismo, diz Weintraub

General quatro estrelas

CAMILA MATTOSO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub disse em evento neste domingo (14) que os militares mais graduados do Exército, influenciados pelo positivismo, têm um pensamento mais próximo do socialismo, e que “gostam de uma estatal”.
Weintraub fez esse diagnóstico durante participação por vídeo em evento conservador realizado em Santa Catarina. Ele começou sua fala diferenciando conservadores e liberais no governo Jair Bolsonaro e então tratou dos militares.
“Eu nunca tinha trabalhado em Brasília, e pra mim foi uma surpresa o Exército brasileiro, principalmente no topo dele, tem muitos positivistas”, iniciou.
“[O positivista] é uma pessoa que acredita na concentração de poder no topo da hierarquia, e aí tem uma simbiose com a própria estrutura do Exército, aonde lá no topo decide-se o que vai ser feito para toda a população, e aí vem o positivismo, [Émile] Durkheim, Augusto Comte, como se fosse um organismo vivo, o cérebro dizendo pro resto do corpo o que tem que ser feito”, continuou.
“Isso está muito mais perto do socialismo, do totalitarismo, não que eles sejam, mas eles olham para nós conservadores, aonde o poder está no indivíduo… Os meus direitos, os direitos da minha família, não podem ser suprimidos, em hipótese alguma, pela decisão de algum ‘sábio’ na capital em nome de um bem comum”, completou.
“[O Exército] Não é um inimigo. Circunstancialmente, os positivistas que estão principalmente no topo do Exército, não é nem na Aeronáutica nem na Marinha, é no Exército mesmo… A gente precisa ter cuidado quando for fazer alguma aliança com eles, porque o que a gente prega não bate com o que eles querem. Eles gostam de uma estatal. Gostam de interferência central, planejamento central”, afirmou o ex-ministro.
Weintraub também disse que, na mesma fala, que os militares cometeram erros durante o “regime militar” em priorizar “a esquerda em detrimento da ala conservadora”. Ele diz que Delfim Netto, ministro da Fazenda durante a ditadura, “é um cara alinhado com a esquerda”.
“Não tem que ter estatal indevida, não tem que ter Estado atrapalhando o que já é difícil, ganhar dinheiro. Estado só existe para tornar a vida do cidadão melhor”, acrescentou.
O ex-ministro ainda ressaltou que não estava comprando uma briga com as Forças Armadas e que os conservadores devem ser favoráveis ao aumento de orçamento delas, já que elas, segundo ele, são necessárias para defender o Brasil de ameaças de dominação por parte da China.
Yahoo!notícias/montedo.com

22 respostas

  1. Primeiro, não é Augusto Comte, e sim, ‘Auguste Comte’.
    Segundo, falou, falou, e não disse nenhuma novidade, nada relevante.
    Não é novidade, também, a ignorância e estupidez voluntária desses pensadores filósofos de banca de jornais deste governo acéfalo (desse ex-ministro da Educação).
    Basta ver que a influencia ideológica dessa gente, é o astrólogo Olavo de Carvalho.
    Guru do governo bolsonaro, sem qualquer formação acadêmica.
    Lixo total.

    1. Vc em sua imensa sabedoria acredita mesmo q o povão sabe o q se passa e como pensam o estrelados?!….

      Não estou fazendo defesa desse ser, ex-ministro! Longe disso, mas ele falou a real amigo! Vc pode discordar dele ou da ideologia dele, mas ele deu a real da situação, ou seja, ele apontou uma fato, o q é uma coisa, vamos dizer q boa pois vindo do bolsonarismo, pois eles sempre querem ser donos ou criarem os fato! E sim é novidade! Não é novidade para quem conhece as FA e os estrelados, isso concordo com vc, mas o povão desconhece essa “novidade”. E sim é relevante! Para os civis principalmente!

    2. Chame Jesus de Yeshua então meu amigo.

      Você representa tudo que eu vi nas forcas armadas: pessoas com um conhecimento superficial, típico daquelas que leem a contracapa de uma obra, e se dizem mais conhecedoras que os próprios autores. Quem nunca teve que aturar gente assim, principalmente os formados na amae?

      Sua crítica passou longe de ter algum conteúdo passível de reflexão. Apenas ilustrou que você tem pouco contato com filosofia estangeira, e até mesmo com o vernáculo, sendo certo que é praxe aproximação de fonemas para o idioma nativo em nomes próprios. Agora critique os cristãos, pois “está errada a grafia Jesus”.

      Estou certo que todos os leitores tiveram que aguentar essas figuras, literatos e autodidatas, lendo revistinhas e querendo questionar os técnicos. É companheiro, aí fora a banda toca diferente… E para querer questionar o articulista, comece uma imersão mínima no mundo acadêmico, pois ele tem curriculum de sobra para falar sobre o tema

    3. “Primeiro, não é Augusto Comte, e sim, ‘Auguste Comte’.”…chato pra caramba essa mania dos intelectuais de plantão quererem bostejar pseudoconhecimentos. A sanha de tentar humilhar um colega nessa espaço é maior que o quilate do próprio caráter…menos amiguinho

  2. Tudo isso tem uma tradução simples… Estamentos Superiores olham apenas para o próprio umbigo… O topo é o limite para esses sangues azuis… que desejam fazer do país… o seu quartel particular… onde tudo… simplesmente tudo… gira em torno de Vossas Excelências… O povo brasileiro… É o soldado recruta… É assim que esses senhores pensam… A sociedade brasileira agora verá o que nós militares observamos desde o primeiro dia de caserna…

  3. Lógico que áreas estratégicas e fundamentais para a segurança e a economia de um país DEVEM ser gerenciadas e controladas pelo Estado, mesmo se deficitárias, o que não é o caso da Petrobrás.
    A população não pode ficar dependente da maximização de lucro nos casos de água, energia elétrica, alimentos, e derivados de petróleo (que se relacionam com energia e fertilizantes).
    O questionamento deveria ser outro, para que entregar o lucro e o gerenciamento da vida da população para indivíduos que só pensam em si.

      1. Meu amigo, quando ficamos independentes de Portugal, muitos brasileiros ficaram revoltados com a separação.
        Pelo jeito, nos dias de hoje, ainda existem brasileiros simpáticos a ideia de ser comandado de fora, acreditando na historinha de modernização da economia pela implantação do livre mercado. A diferença é que o colonizador (espertalhão) fala inglês.
        É sempre bom lembrar que todos esses países que hoje promovem o livre mercado só se desenvolveram após um longo período de defesa do seu mercado interno. Só depois, fortes para competir, procuraram otários (como nós) para fazer livres trocas com vantagens.

        1. Defesa de mercado interno? Reserva de mercado como fizeram com a produção de computadores durante muitos anos? Sem concorrência? Para garantir monopólios, inclusive de petróleo e seus derivados a mando de sindicalistas? Proteger empresários que em lugar de aumentar a produtividade para atender a demanda aumentam preços gerando inflação para captação de recursos bilionários colocados no mercado pelo governo? Onde foi que vc estudou economia de mercado? Nunca ouviu falar da lei da “oferta e procura”?

          1. Quem mais detesta o livre mercado, pasmem, são os mesmos que promovem o livre mercado.
            Sim, eles promovem o livre mercado em países fracos ( como o nosso) para “competir” de forma desleal.
            Como? Através da compra de parlamentares para elaborar leis que flexibilizem a exploração de recursos escassos e para a diminuição de impostos no fluxo do seu capital dentro do país. Além disso, é comum comprar (corrupção ativa) agentes públicos promotores de licitação de nossas riquezas. Outra modalidade usada é o roubo de informações privilegiadas (provado através das denúncias de Edwad Snowden, favor ler o livro “Os Arquivos Snowden”) para ter vantagens nas licitações e descobrir potenciais corruptos e como pensam as autoridades do país, fizeram isso com a Petrobrás.e com o Presidente da República.
            Saiba que o Grande Capital não tem nacionalidade, ele é como um câncer do planeta, só existe a partir do seu crescimento contínuo. Abocanhar o nosso mercado e os nossos recursos econômicos faz parte desse processo de crescimento. O resultado é o que nós vemos diariamente, bilionários cada vez mais ricos e os povos explorados cada vez mais pobres. De onde tirei isso? Da vida, do mundo, botando a cara na janela.

          2. Ao Coronel Melancia no 18 de novembro de 2021 a partir do 10:01

            Prezado, não misture economia com corrupção e espionagem. São influencias distintas. Em algo vc está certo: as influencias politicas, corrupção e judiciário favorecendo com regras seus interesses particulares junto a seus financiadores. O Brasil deve estar nas últimas posições como economia de mercado, liberal. É quase uma cortina de ferro. Só de regras tributárias são mais de 5 milhões.

  4. Pelos comentários de nível barro de um povo mal educado chegamos à conclusão de que o Brasil vai precisar de uns 50 anos de reeducação e combate à quadrilhas e máfias de todos os aspectos. Por isso esse povo tem que ser tutelado e quem tem melhor qualificação ocupar as posições estratégicas para salvaguarda do povo e seu território. Fora isso, aqui já tinha virado completamente parte do comunismo internacional.

    1. Meu amigo, é impossível separar a economia de livre mercado com a CORRUPÇÃO E ESPIONAGEM.
      Afirmo, sem nenhum medo de errar, “Toda a corrupção no serviço público é motivada por empresas participantes em licitações públicas”.
      No dia a dia vejo as pessoas cometerem erros por falhas técnicas, ou por imperícias, e ainda por negligências, porém são parte natural do trabalho humano. Entretanto, repare, se não tiver empresas envolvidas nesses erros, não haverá corrupção.
      Esse processo de (corrupção e espionagem) também ocorre entre empresas privadas, o que justifica a existência de empresas monstruosas comprando e destruindo os concorrentes. Deveria as agência reguladoras não permitirem, porém também os seus agentes são comprados.
      É difícil… mas devesse, pelo menos, lutar, e não entregar como querem alguns crentes (e inocentes) simpáticos do livre mercado.

      1. Essa questão de corrupção e sobrepreço nas licitações públicas se dá pelo fato do Estado ter se tornado interventor e executor em questões privadas. O Estado tem que ser regulador, acompanhar as execuções dos contratos e ponto final, em todas as áreas, sob a supervisão dos Ministérios Públicos, Defensoria Pública e Tribunais de conta além dos legisladores. Tem muita gente para fiscalizar e ainda haver corrupção.

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