Mourão vai contra Bolsonaro e diz que foi ‘oportuna’ a ‘intervenção’ do STF sobre emendas do orçamento secreto

Vice-presidente Hamilton Mourão durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto 09/07/2020 REUTERS/Adriano Machado

Vice-presidente contrariou Bolsonaro e disse ainda que esse modelo não respeita a moralidade e a legalidade na administração pública

Evandro Éboli
BRASÍLIA — O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira que considerou “oportuna” a “intervenção” do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a execução das emendas do relator na Câmara, no chamado “orçamento secreto”. O governo Bolsonaro tem utilizado essas emendas para turbinar os repasses de parlamentares aliados aos seus estados em troca de apoio no Congresso. Trata-se de um artifício pelo qual o relator do Orçamento tem o poder de encaminhar diretamente aos ministérios sugestões de deputados para aplicação de recursos da União. Nesse processo, contudo, não é divulgado o nome do parlamentar que figura como autor de tal solicitação.
— Acho que os princípios da administração pública, a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência não estavam sendo respeitadas nessa forma de execução orçamentária. A intervenção do STF foi oportuna — disse Mourão na manhã desta quarta.
A decisão da ministra Rosa Weber pela suspensão do pagamento dessas emendas já foi acompanhada por 7 ministros. Dois se manifestaram contra.
O vice-presidente defendeu medidas de transparência na execução do orçamento secreto.
— Tem que dar o máximo de publicidade, é o princípio a administração pública, conjugado com a eficiência. Não posso mandar recurso para um lugar ‘x’ que não sei como será gasto aquilo ali. Se o dinheiro fosse meu, posso até rasgar. Mas não é meu . Pertence a cada um de nós, que paga imposto e contribui para que o governo possa sustentar.
O Globo/montedo.com

9 respostas

  1. Mourão já está se precavendo, caso não seja eleito senador no Rio, já faz de já uma frente com Sérgio Moro.
    Pra arrumar uma boquinha no possível governo do ex-juiz.
    Todo maçom é igual.
    Só vai pra onde o vento sopra mais fácil e forte.
    Não sabe dirigir então precisa de um carro oficial e motorista.

  2. “— Acho que os princípios da administração pública, a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência não estavam sendo respeitadas nessa forma de execução orçamentária.”

    kkkkkkkkk

    Gostaria de saber das alquimias que bancaram muitos coquetéis, almoços, arrumações de visitas que certamente foram realizadas em suas gestões…

    A Loja é um câncer como já apontava Gustavo Barroso, Oliveira Viana e outros.

  3. O General Mourão está tapado de razão. Realmente foi oportuna a intervenção do STF. Não tem fundamento essa de distribuir dinheiro que pagamos de impostos em “Orçamento Secreto”; como se diz aqui no RS, pouca vergonha “tchê”!

  4. Sério…, É difícil acreditar que existe vida inteligente nesse governo, mas o Mourão enfim falou algo inteligente.
    Vai Mourão pule fora desse barco de detraque antes que ele afunde. Na verdade já tem até data para afundar. Início de outubro de 2022.

  5. ‘Orçamento secreto’ é herança da gestão de Maia na Câmara

    As emendas de relator aparecem no centro do debate sobre votação da PEC dos Precatórios como uma moeda de troca utilizada para garantir votos favoráveis. O “orçamento secreto” foi criado recentemente, quando Rodrigo Maia presidia a Câmara e nutria sonho de ser “premier”. Em tempo recorde, ele aprovou a PEC do Orçamento Impositivo e conseguiu aprisionar o orçamento federal e limitar ainda mais ações do Executivo.

    https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/orcamento-secreto-e-heranca-da-gestao-maia

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