CPI da Covid pede indiciamento de seis nomes ligados às Forças Armadas

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CPI da Covid pede indiciamento de seis nomes ligados às Forças Armadas; saiba quem são
Relatório produzido pelo senador Renan Calheiros atribui crimes na condução da pandemia a Bolsonaro, Pazuello, Braga Netto, entre outros

Jan Niklas
RIO — O relatório final da CPI da Covid produzido pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu o indiciamento de seis pessoas ligadas às Forças Armadas, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (capitão reformado do Exército) e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello — primeiro general da ativa a se tornar alvo de uma comissão parlamentar de inquérito.
Ao longo dos trabalhos da CPI, senadores chegaram a apontar para a existência de um “núcleo militar” nos inquéritos, devido a grande presença de militares envolvidos em possíveis irregularidades na condução do governo federal no combate à pandemia.
E essa lista ainda pode crescer, já que senadores como o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) já anunciaram que pretendem sugerir mais pedidos de indiciamento para o relatório que será votado pelo colegiado na próxima terça-feira, 26 de outubro.

Veja os citados no relatório de Renan Calheiros e os crimes pelos quais podem ser indiciados:

Jair Bolsonaro
O Presidente da República, que é capitão reformado, está listado com os seguintes possíveis crimes: epidemia com resultado morte; infração de medida sanitária preventiva; charlatanismo; incitação ao crime; falsificação de documento particular; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos; violação de direito social; incompatibilidade com dignidade, honra e decoro do cargo; e crime de responsabilidade.

Eduardo Pazuello
O ex-ministro da Saúde se tornou o primeiro general da ativa a ter indiciamento sugerido por uma CPI. A ele são atribuídos os crimes de epidemia com resultado morte; emprego irregular de verbas públicas; prevaricação; comunicação falsa de crime; e crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos. Após sair da pasta, ele foi nomeado para outros cargos no Planalto e atualmente ocupa o posto de assessor especial da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

Walter Braga Netto
Apesar de atuar como coordenador do Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19, órgão central na articulação das ações do governo na pandemia, o ex-Ministro Chefe da Casa Civil acabou não sendo convocado para depor no Senado. Porém, o general da reserva — que agora ocupa o posto de Ministro da Defesa — está no rol dos pedidos de indiciamento do relator Renan Calheiros pelo crime de epidemia com resultado morte.

Élcio Franco
O coronel da reserva é ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, tendo atuado na pasta durante a gestão de Pazuello. Atualmente ele está lotado como assessor na Casa Civil. O pedido de indiciamento contra o coronel Franco é pelos crimes de epidemia com resultado morte e improbidade administrativa.

Marcelo Blanco
O coronel da reserva é ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e atuou como intermediador nas negociações com indícios de corrupção sobre o fornecimento de vacinas entre a empresa Davati e o Ministério da Saúde. O relatório pede que Blanco seja indiciado por corrupção ativa.

Wagner Rosário
Atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) Wagner Rosário chegou ao posto de capitão, antes de entrar para a carreira de auditor público. O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros, pede no relatório que ele seja indiciado pelo crime de prevaricação.
O Globo/montedo.com

9 respostas

  1. Nenhum deles tem foro.
    Nenhum deles será julgado pela justiça militar.
    A lamba vai comer forte.
    Ministério Público Federal é aquele órgão que conduziu a Lava-Jato. Ali não tem amador não… Ali ngm perdoa…
    Os que julgaram serão julgados.
    E sairá caro. Custo financeiro, emocional e de tempo… sim, pq as penas podem dar até em prisão

    1. Aqui qualquer um pode ser indiciado por um crime que não cometeu desde que alguém faça alguma denuncia, mesmo que seja anônima, ou por suspeição. Dessa forma se inicia a Via Crúcis, que pode ser de um inocente, até que ele prove o contrario. Nossa politica funciona assim, alardeando por décadas em grandes manchetes a suspeição dos possíveis criminosos. Depois que saem dos holofotes, os que são inocentes, já com a reputação destruída, recebem uma notinha de rodapé, quase imperceptível, em algum órgão de informação por aí.

  2. O dia que a responsabilidade recair sobre a pessoa e não sobre o posto ou título qualquer; seja quem for, usufrua do bônus e aceite o ônus se ele assim o merecer; será um grande passo para sermos uma verdadeira República. Uma coisa é certa: quem quer ser político hoje no Brasil, como dizem na minha terra, não quer é trabalhar.

  3. Pegou o pessoal de Marte ,justamente os que fizeram e se beneficiaram da reestruturação mais o duplex ,será que a lei do retorno está chegando ……

  4. Vou criar meu “próprio” Blog.
    Todas as matérias terão essa imagem do Pazuello ‘mascarado’.
    Rsssssssssssssssssssssssss
    Imagem mais ridícula da história.
    Há Há Há Há Há
    O nome do Blog será “O mascarado Pai Zuzu”.
    Há Há Há Há Há

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