Exército colocou oficiais para revisar decisões de médicos militares e obrigar prescrição de ‘kit Covid’

Prédio da 7ª Região Militar do Exército | Reprodução

Amanda Almeida
O Exército usou oficiais para rever decisões de médicos militares que não prescrevessem “tratamento precoce” a suspeitos de terem Covid. A ordem foi dada pelo comando da 7ª Região a seus hospitais em Natal, João Pessoa e Recife.
Determinava que pacientes passassem por um “segundo atendimento”, com a possibilidade de “reconsideração de ato”. Esta etapa seria exercida por um Oficial de Supervisão Administrativa, alguém com patente de capitão ou superior e que, obrigatoriamente, não fosse da área de saúde.
Em denúncia feita ao MPF em Pernambuco, um dos profissionais afirmou que havia “coerção dos médicos militares pelo comando da 7ª RM para prescrição de tratamento precoce para Covid e reavaliação de atendimento para indicação forçada de medicação”.
Segundo o denunciante, os médicos seriam “praticamente obrigados a prescrever com um capitão vigiando”.
As unidades militares responderam por escrito à provocação do MPF, de forma coordenada, informando que respeitavam a autonomia médica, apesar de o documento do comando afirmar que as medidas de combate à Covid na área da 7ª RM tinham “como ponto principal o incentivo para o tratamento precoce”.
A exemplo do que ocorreu, no ano passado, com a apuração do caso Prevent Senior pelo Ministério Público de São Paulo, o MPF arquivou a denúncia.
O Globo/montedo.com

7 respostas

  1. Sim, acredito na coerção dos médicos militares pelo comando da 7ª RM.
    Só penso que o texto da matéria poderia ser o seguinte:
    O Comando da 7ª RM em cumprimento da Ordem do ‘Seu’ Braga Netto e seus ‘Blue Caps’ (Cmt do Exército, Gen Pazuello e o ‘meçias’), determina aos médicos subordinados prescreverem “tratamento precoce”…
    Independentemente, o MPF agiu como sempre, fiel ao ‘meçias’.
    Ave Jair!

  2. Ferro neles MPF.
    Improbidade administrativa e perda do cargo, tudo pela Justica Federal!
    Aos poucos vamos nos adequando ao texto da constituição

  3. A tá exército usou oficiais, porquê não usou também para verificar as injustiças da restruturação dos militares. Vou levar está traição é o fim da minha vida, generais covardes sem escrúpulos, sem ética sem pora nenhuma…

  4. Tem que saber o porque que certos Médicos se dizem e atendem especialidades Ex: Medico Especialista em Cabeça e Pescoço, sem constar a especialidade no almanaque do Exército dos mesmos, tem alguma coisa errada ai.
    Exemplificando: para atender Cabeça e pescoço o médico tem que ter residência na área, fica a dica, estou de olho !

  5. Até meados de abril deste ano, o Hospital Geral de Salvador, hospital militar do Exército sediado em Salvador, divulgava entre as OM um telefone específico para o “tratamento precoce” para os militares e familiares.

    Nas OM era comum a divulgação nas formaturas desse telefone como forma de estimulo para distribuição da cloroquina.

  6. Exercício ilegal da medicina. Se alguém teve sua situação agravada, lesão corporal ou mesmo homicidio por dolo eventual.
    Isso, claro, sem contar a evidente improbidade administrativa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo