“Cavalaria, Avançar e Degolar!”, o toque de corneta que mudou a História

Rua Visconde de Pirajá com a Rua Garcia D'Ávila, em Ipanema (RJ). Imagem: internet
A batalha de Pirajá
A batalha de Pirajá (acervo: Instituto Carybé)

Constituiu-se em um embate decisivo entre o Exército Pacificador e as forças portuguesas, nomeadamente a Legião Constitucional, com a vitória brasileira, consolidando a situação de derrota política e militar dos portugueses na Bahia. Tais fatores iriam contribuir para a Independência da Bahia, deflagrada a 2 de julho de 1823 – considerada, para muitos pesquisadores e comentaristas, como um marco para a efetiva e prática Independência do Brasil.A Batalha de Pirajá ocorreu no contexto da Guerra da Independência do Brasil, na então Província da Bahia, a 8 de Novembro de 1822.

No comando das forças portuguesas na Bahia encontrava-se o comandante Inácio Luís Madeira de Melo, enviado por Portugal para sufocar os rumores de independência e a dissidência político-administrativa. O general francês Pedro Labatut foi nomeado pelo Príncipe-regente D. Pedro, a 3 de julho de 1822, como o comandante do Exército Pacificador, que assumiria o comando das forças brasileiras que enfrentaram Madeira de Melo, na Bahia.
Um fato curioso sobre essa batalha é um relato, citado por Tobias Monteiro em seu “A elaboração da independência”, sobre um episódio no qual o Major Barros Falcão, que comandava as tropas brasileiras em certo ponto, dera ordem de tocar retirada, mas o Corneteiro Luís Lopes, por conta própria, trocou o toque para “cavalaria, avançar e degolar”. Os portugueses, assustados por tal movimento (que era impossível, já que não havia cavalaria brasileira na batalha), entraram em pânico e recuaram, dando o momento da batalha às tropas brasileiras, que atacaram com renovado entusiasmo e venceram o confronto.
Com informações da página do Regimento Osório
Edição: montedo.com

17 respostas

  1. Olá,
    Gostaria de saber como se pode fazer para enviar para este Blog novas matérias de cunho histórico, cultural e cívico, abordando as Forças Armadas.

  2. Conheciam o toque, provavelmente, porque o exército utilizava os mesmos regulamentos no Brasil e em Portugal. Tome como exemplo o Código de Lippe que, além de disciplina, tratava da organização das tropas de infantaria e de cavalaria. Por outro lado, o combate, no final do século XIX, não era tão complexo como é nos nossos dias. A maior parte das tropas seguiam a pé, os petrechos pesados eram carregados no lombo de mulas,etc, e isso favorecia o acompanhamento dos acontecimentos de ambos os lados. Mas é claro que a história pode estar recheada de 'quixotismo' como era próprio das narrativas daquela época.

  3. Já havia ouvido essa passagem histórica antes, porém acrescida do seguinte detalhe: o corneteiro estava tomado pelo nervosismo do combate e, em situação de quase pânico, confundiu-se e deu o toque errado, sem querer. Deus protege os loucos, as crianças e, aparentemente, os nervosos também.
    Abraços a todos.

  4. Tudo que temos de leis e regulamentos foi tirado daqui e dali e formatado para o que é hoje ,nada de estranho disso ou daquilo somente a velha frase aqui tudo se copia.

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