Mourão nega agenda paralela com políticos da oposição

(crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Vice-presidente diz que tem encontros normais com quem deseja conversar, mas impeachment é assunto proibido

LEANDRO RODRIGUES
Em entrevista na tarde desta segunda-feira (13) ao Gaúcha +, na Rádio Gaúcha, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, negou a existência de uma “agenda paralela” de encontros, com eventos realizados fora dos registros oficiais. Ele afirmou não negar encontros a ninguém, mas falar sobre impeachment está fora de cogitação.
O assunto veio à tona por meio de reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, Mourão está mantendo encontros com adversários do governo no Congresso e também intensificou relações com magistrados, diplomatas e empresários.
Em Brasília, os encontros de Mourão ocorreriam no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente, e no gabinete de trabalho no prédio anexo do Palácio do Planalto. Segundo o jornal, o general recebeu nomes ligados ao PP, PSDB e MDB e tem atraído o interesse de representantes do PSD e do DEM para cafés e conversas.
Segundo o Estadão, em meados de agosto, o vice recebeu em seu gabinete o ex-ministro Carlos Marun, que tem atuado para que o MDB, seu partido, abrace a tese do impeachment.
— Não tenho agenda paralela. Tenho uma agenda política onde eu não deixo de receber todas as pessoas que vêm a mim. Não aceito que falem comigo sobre impeachment, eu não aceito esse assunto. Agora, tudo aquilo que puder ser feito para facilitar a nossa conexão com o Congresso e com outros segmento da sociedade, procuro fazer — disse Mourão.
Mourão ainda ressaltou que não há espaço, no século 21, para uma ruptura institucional e classificou as manifestações de Jair Bolsonaro como retóricas:
— Uma retórica forte por parte do nosso governo há. Mas não existem ações correspondentes a essa retórica. Por isso, afirmo com tranquilidade que vamos prosseguir da forma como estamos, nossas instituições são fortes. A democracia brasileira é forte e não vai ser mudada por algum discurso que ocorra de um lado ou de outro.
Como sinal de que as relações institucionais com o presidente estão normais, Mourão citou evento que teria minutos depois no gabinete do presidente da República. Ao lado de Bolsonaro, o vice participou do ato que formalizou a medida provisória que cria programa habitacional com subsídios para agentes de segurança pública.
GAÚCHAZH/montedo.com

8 respostas

  1. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentarem contra a Constituição Federal, e, especialmente, contra: Ver tópico (361 documentos)

    I – A existência da União: Ver tópico

    II – O livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados; Ver tópico (66 documentos)

    III – O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: Ver tópico (15 documentos)

    IV – A segurança interna do país: Ver tópico (2 documentos)

    V – A probidade na administração; Ver tópico (76 documentos)

    VI – A lei orçamentária; Ver tópico (17 documentos)

    VII – A guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos; Ver tópico (14 documentos)

    VIII – O cumprimento das decisões judiciárias (Constituição, artigo 89). Ver tópico (73 documentos)

    TÍTULO I

  2. MP habitacional….

    Enquanto isso os da FFAA na FHE(para oficial) PoupEx.

    Isso é triste para os praças.

    INCLUIR os praças das FFAA na MP seria muito bom.

  3. E se possuir agenda paralela, não vejo problema algum, no mundo da política, cada um puxa a brasa para seu assado. E, como diz o ditado popular, “bala trocada não dói”. O futuro incerto está evidenciado com a volta da inflação, com o desemprego, a economia estagnada, etc.

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