Caça da FAB intercepta e derruba aeronave no norte do Mato Grosso

avião abatido MT

Carlos Ferreira
A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou por volta das 19 horas (horário de Brasília) desta terça-feira (7), no norte do Mato Grosso, uma aeronave de pequeno porte que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização. As aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano dos esquadrões 3º/3º GAV (Esquadrão Flecha) e 2º/3º GAV (Esquadrão Grifo), e o avião radar E-99 do 2º/6º GAV (Esquadrão Guardião) foram empregados para monitorar e interceptar o avião.
Os pilotos de defesa aérea seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, interrogando o piloto da aeronave, mas não obtiveram resposta. Nesse momento, a aeronave foi classificada como suspeita, conforme previsto no Decreto 5.144, de 16 de julho de 2004.
Na sequência, os pilotos da FAB ordenaram a mudança de rota e o pouso obrigatório em aeródromo específico, porém o piloto do avião interceptado não obedeceu. Foi necessário, então, que a defesa aérea comandasse o tiro de aviso. Ainda sem retorno, a aeronave foi considera hostil, e foram realizados os procedimentos de tiro de detenção, acertando a aeronave.
Após a execução do tiro de detenção, a aeronave danificada, que não tinha plano de voo e entrou no espaço aéreo do Brasil pela fronteira da Bolívia, fez pouso forçado num descampado, no norte do estado do Mato Grosso. A partir de então a Polícia Federal assumiu as Medidas de Controle de Solo (MCS). O piloto ainda conseguiu se evadir antes da chegada dos policiais e na aeronave foram encontrados mais de 200 quilos de cloridrato de cocaína.
De acordo com o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), os radares identificaram a aeronave entrando no espaço aéreo brasileiro. O avião, sem contato com o controle, descumpriu todas as medidas de policiamento realizadas, mostrando-se hostil.
A ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira e a Polícia Federal, e contou com o apoio do Grupo Especial de Fronteira (GEFRON)/MT, do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER)/MT e das Polícias Militares dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul.
A FAB trabalha diuturnamente na garantia da soberania do espaço aéreo brasileiro. Essa ação, realizada na data da Independência do Brasil, mostra que o Sistema de Defesa Aérea do Brasil atua de forma permanente, 24 horas por dia, para garantir a soberania do País.
A aeronave envolvida no crime é um Cessna C182 de matrícula PT-INM, registrada em nome de TERRA NORTE EMPREEND.RURAIS E COM.SA e que possui o certificado de aeronavegabilidade vencido desde 2018, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB). A TERRA NORTE, por sua vez, informou que “o avião foi regularmente vendido em 21/01/2019 para o Sr. Maicon Prussak, tendo sido realizado o respectivo comunicado de venda e alteração do operador no RAB”.
Informações da FAB
AERO IN/montedo.com

4 respostas

    1. Nada a ver. Falta contexto para gozar dos que contestam o óbvio.
      O controle do espaço aéreo de um país não é o mesmo que discutir as ações incompetente e despreparadas dos agentes de segurança no Brasil, principalmente contra a sua população.

  1. As Polícias Militares Brasileiras seja através do DOF, dos Batalhões de Fronteira, das Abordagens programadas, seja as ações da PRF em rodovias federais, ou as investigações da Polícia Civil e Federal acabam dando bons resultados, porém as ações de combate aéreo faz se necessário pois basta abordar que já é constatado ilícitos, como foi esse o fato e tantos outros que passam sem que as forças de segurança pública possam coibir no espaço aéreo …Por isso, uma atuação mais regular nos espaços aéreos daria ótimos resultados…

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