Bolsonaro pediu vaga para a filha no Colégio Militar de Brasília

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Bolsonaro pediu vaga em colégio militar do DF para a filha, diz jornal
O colégio, contudo, exige que o aluno ou aluna passe por um processo seletivo para disputar as vagas que estejam disponíveis

Mariana Costa
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu, segundo o jornal Folha de S.Paulo, uma vaga para a filha Laurinha, de 10 anos, no Colégio Militar de Brasília. O pedido foi feito “de forma excepcional” ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
O colégio, no entanto, exige que o aluno ou aluna passe por um processo seletivo para disputar as vagas disponíveis. O Centro de Comunicação Social do Exército confirmou a informação à reportagem da Folha.
O general Oliveira, no entanto, ainda não confirmou ao chefe do Executivo federal a possibilidade do ingresso da filha do presidente na escola militar, pois aguarda posicionamento do Departamento de Educação e Cultura da Força, que coordena o local.
Durante conversa com apoiadores nesta terça-feira (25/8), na saída do Palácio do Alvorada, Bolsonaro manifestou interesse de que a filha passe a estudar no colégio militar. “Legal. A minha deve ir ano que vem para lá, a imprensa já tá batendo. Eu tenho direito por lei, até por questão de segurança”, disse ao apoiador que tocou no assunto com ele.

Filho de deputada matriculado
Em setembro de 2019, o filho da deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) conseguiu matrícula no Colégio Militar de Brasília sem participar do processo seletivo de candidatos. A criança, de 11 anos, estava no sexto ano do ensino fundamental, na época.
Em 2017, houve 1.212 candidatos para 25 vagas do sexto ano, uma média de 48 candidatos por vaga. A autorização de matrícula do filho da deputada foi publicada no Boletim de Acesso Restrito do Exército, no dia 30 de agosto.
O documento que permitiu que o menino ingressasse na escola informou que Carla solicitou a vaga por ter se mudado para Brasília depois de ser empossada no cargo. Segundo o ofício, seu pedido estava respaldado pelo artigo 92 do Regulamento dos Colégios Militares.
O artigo dizia que casos considerados especiais poderiam ser apreciados pelo Comandante do Exército, Edson Pujol, à época. O artigo tem caráter genérico e não trata de questões específicas relacionadas ao acesso de alunos.
METRÓPOLES/montedo.com

30 respostas

  1. Fui para a reserva em 2005 após 32 anos de efetivo serviço no EB e em 2015 fui a Santa Maria para colocar meu filho no Colégio Militar e me informaram que eu já estava na reserva a mais e 4 anos e não teria direito. Um absurdo se admitiram a filha da deputada e agora com certeza vão admitir a filha do presidente que foi para a reserva a muito mais tempo que eu.

    1. O colegio militar, instituido visando amparar a familia militar, custeado com recurso da pasta, so deveria admitir filho de paisano depois que o filho do ultimo cabo qe reformado fosse matriculado.

    2. O PR tem direito por ser o chefe das FFAA. Existe cota, acredito, para dependentes do pessoal do EB, e MB é FAB (em menor proporção).

  2. Triste que em uma República uns sejam mais iguais que outros. Quando acabarem-se os privilégios, talvez acabe a corrida desabalada e insana para a política, deixando apenas aqueles que querem servir e não Se servir.

  3. Depois vem dizer que não tem corrupção em seu governo!!!
    Ele é o primeiro a cometer e nem deveria pedir isso, para não colocar o Cmt do EB em uma situação desconfortável…
    Ele não respeita ninguém.
    CORRUPÇÃO – DEFINIÇÃO
    substantivo feminino
    1. deterioração, decomposição física de algo; putrefação.
    “c. dos alimentos”
    2. modificação, adulteração das características originais de algo.
    “c. de um texto”

    1. Anônimo no 26 de agosto de 2021 a partir do 11:13,
      Mandou bem! Mestre Anônimo iluminado.
      Geralmente associamos CORRUPÇÃO a aquelas ilícitas práticas comuns do governo daquela gente desqualificada.
      Substância extraída do petróleo: gasolina, naftalina, …
      Governo petista criou outra : a ‘PROPINA’.

  4. Isso é Brasil. Não adianta se é de esquerda, centro ou direita, tudo é esquema, se o esquema me favorecer ok se não favorecer daí eu protesto. Típico de brasileiros.

    1. O regulamento do CM prevê exceções!!!
      Acorda, reclama de governos anteriores, mas vc defende o “jeitinho” para beneficiar esse governo, onde foi parar a sua coerência, no lixo???

    2. O Filho da Deputada Carla Zambelli conseguiu. Se fosse o filho do Molon, do Randolph Rodrigues conseguiria? Alegar questão de segurança é uma piada. Os familiares do presidente tem direito à segurança do GSI. Porque a filha do presidente não faz concurso para o CMB? Por isso os filhos dele são assim. Rachadinhas, mansão de 6 milhões, etc. Ensinou aos filhos a usarem o cargo para fins pessoais. Um absurdo isso, o presidente fazendo do EB o quintal de sua casa.

  5. Jair, o “meçias”, o asno-mor.
    A conduta ética civil e militar dessa moço está no mesmo nível dos asnos, tosco e repugnante.
    Palavras, ideias e ações totalmente fora do contexto de qualquer sociedade minimamente civilizada.
    Diariamente com essas atitudes irracionais fora dos padrões morais de uma sociedade.
    Nem o ‘petralha’ mais otimista imaginaria um cenário tão catastrófico como este num governo com apenas pouco mais de dois anos (nem precisa de oposição).
    A verdade é que Bolsonaro deve ser canonizado, afinal, é um milagre uma pessoa estar SEMPRE errada.
    Quanta mediocridade que nunca cessa.

  6. Esse indivíduo é tão honesto quanto uma nota de 3 reais.
    Bolsonaro, 33 anos exercendo seus mandatos de formas medíocre e inócuas.
    Uma espécie mal acabada de Maduro ou Chaves da direita tupiniquim sul-americana.
    Quanta mediocridade infinita.

  7. Quem sai ganhando com essa é o CM que aumenta sua visibilidade em relação a qualidade de ensino ,quanto a esse fato , estamos no Brasil e tudo pode acontecer ,principalmente se for uma autoridade com poder de mando .

  8. Um pouco de história…

    13.Em pesquisa no sítio eletrônico da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (DEPA)1, órgão do Exército Brasileiro, foi possível encontrar o histórico desses estabelecimentos vinculados à Força Terrestre, começando pela intenção, ainda no período regencial do Brasil Império, de criação “de uma instituição encarregada de educar os filhos dos servidores do Exército e da Armada” (note-se que nessa época não havia Aeronáutica, cuja criação remonta ao ano de 1941), a saber:

    “Desde os primeiros tempos do Brasil independente, os militares pleiteavam a criação de uma instituição encarregada de educar os filhos dos servidores do Exército e da Armada. Em 1840, no período regencial, com Araújo Lima surgiu a proposta de criar o “Colégio Militar do Imperador”. A ideia era nobre, mas não chegou a se tornar uma realidade.

    Duque de Caxias viveu, junto a seus comandados, as agruras dos que deixaram suas famílias para se dedicarem à defesa da Pátria na Guerra do Paraguai. Percebeu o quanto influenciava no ânimo de luta dos soldados sabê-las amparadas. Logo entendeu que, além da pensão a garantir o sustento, a educação oficial “evitaria a indigência” de seus órfãos, caso eles sucumbissem na frente de batalha. Sabedores de que a Pátria protegia sua família, o moral da tropa cresceria e, junto, o PODER DE COMBATE das tropas imperiais.

    Acalentando essa ideia, Caxias deixou o Comando do Exército e elegeu-se Senador do Império. Em 1853, apresentou um projeto ao senado, criando um Colégio Militar na Corte. Não conseguiu convencer os seus pares, e a iniciativa não prosperou. O mesmo Caxias, em 1862, insistiu, novamente, na criação de uma Escola “… que amparasse os órfãos, filhos de militares da Armada e do Exército, que participaram na defesa da Independência, da Honra Nacional e das Instituições”. Mais uma vez, o desejo não se concretizou.

    Apenas no final do Império, o Conselheiro Tomás Coelho, ex Ministro da Agricultura, Comércio e Indústria, conseguiu a criação do Imperial Colégio Militar (Decreto nº 10.202, de 9 de março de 1889). O educandário, em pouco tempo, impôs-se dentro do cenário educacional do País. Em 1912, foram criados mais dois Colégios Militares: o de Porto Alegre e o de Barbacena.

    Em 1989, um século depois da criação do primeiro Colégio Militar, as meninas foram admitidas como alunas para cumprir as mesmas atividades curriculares dos meninos (…).

    https://www.in.gov.br/web/dou/-/despacho-do-presidente-da-republica-264747137

  9. Nada contra o Chefe do Governo do Brasil ter direito a uma vaga para filha e mesmo porque existe exceções e casos especiais ou acham que os descendentes de D. Pedro fazem concurso para entrar na AMAM ou o Príncipe Charles da Inglaterra foi Oficial cheio de medalhas por concurso, todos recebem suas vagas e sem concurso por direito do Chefe de Estado e o da Deputada que não tem direito más fica a critério do Comandante da Força que a lei também ampara, o que não pode é todos querer uma vaga e deixar os filhos de militares sem.

    1. Por isso que o Brasil está como está. Porque as autoridades acham normal ter tratamento diferenciado. A filha do presidente que tem todas as condições de fazer concurso entra pela janela (nome bonito para “casos excepcionais”) também conhecido como peixada.

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