A indigestão dos militares após almoço de Gilmar Mendes com o comandante da Aeronáutica

CRÉDITO: FELLIPE SAMPAIO/SCO/STF E MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

Bela Megale
O brigadeiro Carlos Almeida Baptista Jr., comandante da Aeronáutica O brigadeiro Carlos Almeida Baptista Jr., comandante da Aeronáutica | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O almoço do comandante da Aeronáutica com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes nesta semana foi indigesto para boa parte dos integrantes das Forças Armadas. As críticas foram feitas tanto por membros de alta patente como em grupos de WhatsApp, em especial da Força Aérea Brasileira (FAB), comandada pelo brigadeiro Carlos Almeida Baptista Jr.
O fato mais lembrado pelos militares foi uma declaração dada pelo ministro em julho do ano passado. Na ocasião, Gilmar afirmou em uma live que o Exército estava se associando a um genocídio na pandemia, ao ocupar postos de comando no Ministério da Saúde. Naquele momento, o general Eduardo Pazuello estava à frente da pasta. Como reação, o Ministério da Defesa divulgou uma nota exaltando a ação das Forças no combate à Covid-19.
Integrantes da cúpula militar descreveram Gilmar como “persona non grata” pelas Forças Armadas e classificaram o gesto do brigadeiro Carlos Almeida Baptista Jr. de procurar o ministro como um “erro”. No encontro revelado pelo jornal “Folha de S. Paulo”, o comandante da Aeronáutica negou para Gilmar qualquer apoio a um golpe no país. A agenda acontece num momento em que a tensão entre o STF e o presidente Bolsonaro atinge o ápice.
O Globo/montedo.com

13 respostas

  1. O Supremo deveria ter pelo menos metade dos juízes oriundos dos de carreira quer federal ou estadual. Grande parte dos Generais são oriundos da Aman por exemplo. Era assim ser ápice, o topo da Carreira. Dos atuais só um é juiz de Carreira. Penso que isto daria uma solidez histórica sem tons de visão política pessoal. Os futuros juízes são indicados pelo Presidente, assim podem entrar subjetivamente questões pessoais como por exemplo sua excelência o Sr Juiz Tofoli era pessoa próxima ao Sr Presidente Lula, outros senhores magistrados tiveram em Cuba e foram próximos de certa ala política. A Deusa da justiça tem uma balança e olhos cobertos…isto impulsiona ao entendimento que a visão técnica é a base do julgamento. Orando pelo Brasil

    1. Talvez é chegada a hora oportuna de fazermos mudanças nesse sentido , agora com toda pressão fica muito difícil isso acontecer por uma questão de conveniência .

    2. O problema está aí a olhos vistos, cabe ao congresso solucionar, talvez através de concurso, qual a sugestão? É o grande legado do governo JB, trouxe a tona a nossa “justiça”.

      1. Jaimex, é um conjunto de fatores que levam o judiciário a ser parcial, corporativista e agente politico. Isso vem de longa data. Rui Barbosa já clamava contra a ditadura do judiciário 100 anos atrás. Se a legislação é mal escrita diante da cultura e conhecimento do legislador, há margem para “interpretar a lei” e criar a jurisprudência, conforme o entendimento de cada ministro. O foro privilegiado, a educação, o ativismo politico nas universidades, o sindicalismo, a origem econômica e financeira das famílias, a passividade da população domesticada pela imprensa, o crime organizado, etc., o tradicionalismo nacional e regional, há muitas causas que levaram o judiciário a ser um reflexo do status atual de nossa civilização.

  2. Mídia porquinha, fofoqueira, coisa de comadres “boca suja”, mídia de bordel. Só invenções, elucubrações mentais. O que será que falta à essa gente?

  3. Há um significado nesse almoço. Almoço que não aconteceu por acaso.
    Que cada um tire as suas próprias conclusões do porquê deste encontro.

  4. Montedo só pública aquilo que lhe convém… Como bom militar ele é totalmente parcial… Nenhuma novidade pois nem 1% do que eu posto é publicado… É a democracia da caserna que invade a sociedade brasileira… Montedo deve ter sido aluno de Bolsonaro… Ramos… Braga Neto… Pazuello e Cia Ltda… Lamentável…

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