Após tentativa de suicídio do filho, mãe denuncia violência em quartel do Exército no RS

Reprodução Facebook

São Gabriel(RS) – Prática encarada como comum entre os militares mais antigos, como forma de “batizar” os novos soldados, virou caso de justiça em São Gabriel. A mãe de um militar denunciou supostas brincadeiras que ocorreram dentro de uma Unidade Militar da cidade, onde superiores humilham e agridem um soldado do efetivo variável (EV). A violência, gravada por outro militar com uma câmera de telefone celular, é praticada dentro do 6º Batalhão de Engenharia de Combate (6º BE Cmb). A vítima é o soldado D.A.C..
“Meu filho, além de humilhações psicológicas feitas por seus superiores ditas como brincadeiras, também sofreu agressões físicas”, diz a mãe do soldado, responsável pela denúncia.
Fotos revelam o tamanho da violência, com hematomas pelo corpo. No vídeo, três militares imobilizam o soldado e, com as próprias mãos, atingem o jovem várias vezes. Durante a violência, eles dão risadas.

CONSEQUÊNCIAS
D.A.C. tentou manter em segredo a violência, mas incidentes recentes chamaram a atenção de familiares. A mãe revela que o jovem seguiu indo para a Unidade Militar, mesmo sendo agredido diariamente. Na semana passada, ele tentou cometer suicídio.
Em nota para a imprensa, o comando do 6º Batalhão de Engenharia de Combate (6º BE Cmb) informa que tendo tomado conhecimento da denúncia em que um militar veio sofrer agressões no interior do aquartelamento, determinou imediatamente a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos.
Na mesma nota, o comando diz que o Exército Brasileiro ressalta que não coaduna com atitudes desse tipo e que o militar que sofreu a agressão e sua família estão recebendo toda a atenção e auxílio necessário.
A Notícia(Facebook)/montedo.com

12 respostas

  1. Infelizmente várias vezes tive que afugentar soldados antigos que tentavam judiar de soldados recém incorporados. Nuca concordei com esse tipo de falta de camaradagem em bem acolher os novos companheiros, mas que existe falta de orientação para os mais antigos sob pena de punição. Tem que ter fiscalização neste porém, mas infelizmente aqueles que tem a responsabilidade nada fazem para coibir. Uma mãe e um pai criam seu filho com carinho e sacrifício, trabalhando par sustentar, vestir e alimentar, esperando que seu filho vai ser acolhido em uma nova família de companheiros e amigos, mas a família fica estarrecida com certas coisas que acontece com os novos soldados que incorporam nos dias de hoje.

    1. Por acaso você criou seu filho para ser espacando por diversão de “colegas” dentro de uma unidade militar? Neste caso o jovem ainda tentou suicídio, segundo relatos que devem ser apurados. Uma coisa é treinamento duro e disciplina rígida que deve haver sempre. Assim como respeito e bondade com os subordinados. Se você não quiser ver seu filho espancado e humilhado, não fale em mimimi do filho de outros. E mais, se vc teve tratamento igual a esse jovem (o que duvido muito), foi feito errado antes. O errado não se torna certo por ser “tradição”.

    1. Amigo, o serviço militar obrigatório existe por causa de disposição legal da nossa carta magna( constituição de 1988), não é porque as forças armadas assim desejam. Ressalta que abomino também a atitude e atos praticados por esses maus militares.

      1. Mano namoral, a Constituição deveria ser rasgada e jogada no fogo.
        Tanta coisa de errada acontecendo aí e a Constituição não ajuda em nada.
        Ela é só um papel, ninguém dá importância e ela não ajuda. Eles preferem fazer valar poucas partes em que ela nos beneficia, mas em outras partes não passa de palavras jogadas ao vento. Sim, o SM Obrigatório é ultrajante, um erro. Eu já servi caro amigo e só sofri. A gente era maltratado, chutado durante os exercícios. Só porque as vezes não conseguia fazer algo direito, o Sargento dava pisões na minha cabeça. Até vomito a gente tinha que comer

  2. Triste é ainda ver comentários, nas redes sociais, de certos militares dizendo coisas como: “geração fraca”, “o Exército é para os fortes”, etc.

    Cínicos.

    Desde quando, para ser militar, é preciso se comportar feito um animal? Desde quando abusar e bater, em grupo, nos mais fracos virou demonstração de superioridade moral, e sinal de camaradagem? Desde quando suportar maldade e sadismo vindo dos próprios colegas é ser “forte”?

    Se não suportar sadismo e humilhações é ser “fraco”, então o Exército, pelo menos, trate de recrutar apenas os “fortes”, e deixe os “fracos” seguirem com as suas vidas normalmente.

    Atitudes como esta são demostração de barbárie, inadequadas até mesmo para militares do efetivo profissional, e muito mais inadequadas contra militares do efetivo variável.

    ENQUANTO O CIDADÃO FOR OBRIGADO POR LEI AO SERVIÇO MILITAR, ENQUANTO O SERVIÇO FOR OBRIGATÓRIO, NINGUÉM DEVE SER SUJEITO A HUMILHAÇÃO NENHUMA, NO CUMPRIMENTO DESTE DEVER PATRIÓTICO.

    E ponto final.

    1. Quando fui Militar do EB era normal isso , tínhamos que rasteijar com a cara afundado no brejo, e o cuturno no pescoço, praticamente bebíamos a água suja, cheia de lama. Na flexão a gente levar chutes e ser pisado na cabeça e nas costas. Em treinamentos na selva, o sargento colocava um cuturno usado dentro do sopão e dava pra todo mundo comer, e se vomitássemos, tínhamos de tornar tudo. Se todo mundo vomitasse, todos tinham de ingerir vômito de todo mundo.

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