O presidente da CPI da Covid-19, senador Omar Aziz (PSD/AM) pretende reconvocar o general, desta vez, sem proteção de habeas corpus
Bruna Lima
A liderança da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 pretende convocar novamente o ex-ministro e general Eduardo Pazuello para prestar depoimento, desta vez, sem proteção de habeas corpus com o direito da testemunha de permanecer em silêncio. A afirmação foi feita pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD/AM), neste sábado (22/5), durante live do canal Grupo Prerrogativa.
Aziz definiu a passagem de Pazuello como “hilária”, em razão das contradições feitas pelo depoente nos dois dias de oitiva. “A presença do Pazuello é hilária. Porque ele consegue, de todos os fatos concretos, […] criar uma versão de ‘um manda e o outro obedece’, como se fosse uma brincadeira. Por isso ele está sendo convocado novamente”, afirmou.
A ideia é pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que não conceda um novo habeas corpus que protege Pazuello de sofrer constrangimentos, como ameaças de prisão, e garante direito de ficar em silêncio ao ser questionado. “Espero que o Supremo permita que os nossos trabalhos possam ser feitos na forma normal. Não estamos aqui para matar, crucificar, enforcar alguém”.
Durante a live, Aziz frisou que o objetivo da CPI vai além de achar culpados. “O que nós queremos é evitar mais mortes. Nos prevenir de outras pandemias e até de novas da própria pandemia”.
Sobre as ameaças que Aziz e demais parlamentares da oposição afirmaram estar sofrendo, o presidente da CPI afirmou que não se sentiu intimidado e que irá prosseguir com as investigações e “descobrir todo dia uma mentira nova que eles [governo Bolsonaro] criam”. “Já enfrentei a ditadura militar, já aconteceu tanta coisa comigo na minha vida e não é no país em que estamos vivendo hoje que eu terei medo”, disse.
O requerimento para ouvir novamente Pazuello deve ser votado na próxima reunião deliberativa, marcada para quarta-feira (26/5). Por enquanto, os depoimentos prestados miram o governo federal, mas a ideia da base governista é dividir as atenções dos trabalhos com oitivas aos gestores locais. No horizonte próximo, apenas o governador do Amazonas, Wilson Lima, está na mira.
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com
14 respostas
Só faltou chamá-lo de palhaço Pazuello.
Quanta desmoralização general.
A que ponto chegamos?
– no ponto final.
CPI e semelhante uma sindicancia, ou seja, um procedimento administrativo. Na vida militar quando voce inquire alguem como testemunha você o alerta para o previsto no artigo 346 CPM que trata do crime de falso testemunho e a partir dai voce a inquire, nao a constrange, nao ameaça, nao a interrompe nas respostas, submetendo tudo a termo, ate porque a Constituiçao Federal garante a presunçao de inocencia. infelizmente nesse caso quer se moldar um relatorio a uma ideia pré concebida, entretamto tal relatorio deverá ser submetido ao MPF e este com certeza submeterá aos tramites legais, entao o que vivemos hoje é um grande teatro para os leigos e quem o conduz esta mais preocupado com as consequencias politicas de 2022 do que com a efetividade do ato em si.
…”A ideia é pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que não conceda um novo habeas corpus que protege Pazuello”…
Os probos senadores tão loucos pra dar voz de prisão a Pazuello.
o cara foi por dois dias nesse circo de horrores é a criatura do pântano dias que ele tem de voltar. Esses senadores são sem noção e sem caráter.
A maioria dos brasileiros defende a desmilitarização do governo federal, segundo aponta reportagem da Folha de S. Paulo, feita a partir de pesquisa Datafolha. “Pesquisa feita pelo instituto nos dias 11 e 12 deste mês aponta que 54% dos entrevistados são contrários à presença dos fardados nesses postos, ante 41% que são favoráveis. Não souberam opinar 5% dos entrevistados”, aponta o texto.
“Promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a indicação de militares para ministérios e outros cargos de relevância atingiu na atual gestão níveis inéditos desde o fim do regime militar, em 1985”, aponta ainda a reportagem.
O DataFolha, que pertence ao grupo folha, tem os resultados mais incoerentes em relação aos outros institutos de pesquisa. Esse mesmo instituto, uma semana antes da eleição de 2018, dizia que Bolsonaro perderia para qualquer um no segundo turno. Se já não confiava em pesquisa de qualquer outros instituto, imagine da folha, que faz oposição sistemática ao governo. Não da!
Convocarão o general, sempre, pois o que querem é mesmo pegar o presidente por conta de uma possível contradição de Pazuello. Os inquisidores prosseguirão até o inferno congelar para “sufocar” o depoente, mas este não se entregará.
Ora, a verdade para o “INCLITOS” inquisidores, é a que incrimine o Governo, se não for assim, o depoente sempre estará mentindo.
QUANTO CUSTAM AS FORÇAS ARMADAS
Hilário é ter esse senhor como presidente de uma CPI que, entre outros, apura culpados no colapso de saúde em Manaus, sendo ele um investigado por corrupção na saúde do estado do Amazonas além de ter metade da família presa por corrupção. Hilário é ter o senhor Renan Calheiros, que tem duas dezenas de processos na justiça, como relator de uma CPI.
Essas sim são piadas de mau gosto.
Pois é. Segundo sua lógica um coronel suspeito ou acusado de cometer desvios ou fraudes no batalhão que comanda não pode punir seus subordinados porque não tem moral pra isso. Ou um oficial ou sargento que já foram punidos por indisciplina não podem cobrar mais nada de um soldado indisciplinado. Para seu conhecimento as Instituições de Estado devem funcionar acima de interesses e indivíduos em particular.
Nunca falei o contrário. Nesses casos, os militares não teriam moral mesmo. Tem que dar exemplo para cobrar/punir. Agora, no caso de uma CPI é muito pior, porque pode gerar uma abertura de processo e futuras prisões, então o negócio é muito mais sério que 1 serviço extra.
O que seria CPI?
Complô Político Ideológico?
Corruptos Perseguindo Inocente?
Caça Pontual a Individuo?
Convite a Participantes da Internet?
Onde está o verdadeiro foco?