Deputado vai ao STF e atribui ‘subversão’ a Bolsonaro por declaração sobre uso das Forças Armadas pela liberdade na pandemia

Jair Bolsonaro (PP-RJ) é visto no plenário do Senado

Em notícia-crime enviada ao Supremo Tribunal Federal, Elias Vaz (PSB-GO) diz que presidente incitou animosidade entre Forças Armadas e governadores e prefeitos

Rayssa Motta
O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 10, que autorize a abertura de uma investigação sobre declarações dadas em março pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), quando defendeu o uso das Forças Armadas para a manutenção da liberdade na pandemia.

LEIA O PEDIDO

Na ocasião, em discurso aos apoiadores no Palácio do Planalto, Bolsonaro afirmou que ‘tiranos tolhem a liberdade das pessoas’, em referência a governadores e prefeitos que impuseram restrições à circulação de pessoas para frear o avanço do coronavírus. “Alguns tiranetes ou tiranos tolhem a liberdade de muitos de vocês. Pode ter certeza, o nosso Exército é o verde oliva e é vocês também. Contem com as Forças Armadas pela democracia e pela liberdade”, disse. “Estão esticando a corda, faço qualquer coisa pelo meu povo. Esse qualquer coisa é o que está na nossa Constituição, nossa democracia e nosso direito de ir e vir”, prosseguiu.
No pedido, o deputado afirma que Bolsonaro incitou a ‘subversão da ordem política e social’ e a animosidade entre as Forças Armadas e governos locais.
“Está clara a intenção do presidente de incitar a população que está sofrendo com as restrições e imposições de regras de distanciamento social para se oporem as medidas, inclusive de forma violenta. Esse fato autorizaria, na visão caolha do presidente, a intervenção militar como instrumento de garantia”, diz um trecho do pedido. “Ao alardear o uso das Forças Armadas – que o chefe do executivo da União chama de forma pessoal como MEU EXÉRCITO – para descumprir na força bruta as regras de distanciamento social impostas pelos governos estaduais e municipais, evidentemente que se está propagandeando a violação da ordem política por um processo violento.”
A notícia-crime foi enviada depois que o deputado pediu ao Supremo que cobrasse esclarecimentos do presidente a respeito da fala. Como mostrou o Estadão, as informações prestadas por Bolsonaro foram compartilhadas com o parlamentar, por ordem do ministro Marco Aurélio Mello, e agora subsidiam o pedido de investigação.
“O presidente adota como prática fazer ameaças de que as Forças Armadas podem agir contra a democracia por ordem dele. Não podemos cruzar os braços diante desse crime contra nós, brasileiros, contra a nossa democracia ”, afirma Vaz.
ESTADÃO/montedo.com

10 respostas

  1. “Meu Exército”, no governo Bolsonaro, não pode. Mas “meu povo” na hora de pedir voto, pode. Democracia não pressupõe a prática e proteção de crimes, principalmente e diretamente contra as leis, como vem praticando, testando os limites, o judiciário. Por isso a reforma politica tem que reduzir esses deputados a 1 deputado federal por cada 1 milhão de votos para que, os que ficarem, se ocupem de coisas mais importantes.

    1. Sim, estes deputados deveriam ter com o que se preocupar, como por exemplo não ficar se preocupando com cadeirinha, leis de trânsito, horário de verão, porte de arma para caminhoneiro, passeata no meio de fanáticos e assim por diante. Deveriam se preocupar em baixar preço de óleo de cozinha, arroz, carne bovina, gás de cozinha, gasolina, aquisição de vacinas, etc. Tem também uns vereadores que deveriam se preocupar com a cidade onde foram eleitos, em lugar de ficar na capital federal, dando palpite em assuntos que não lhe dizem respeito.

      1. Vc é o cara que come dos dois lados? Tá muito preocupado com o capim e a mortadela dos outros. Deve ser daqueles que ficam babando no bar, gastando com cachaça, e com certeza, falando da vida alheia. Triste vida, sem propósitos, a não ser a visão do chão onde pisa.

  2. É por esse tipo de histeria que a esquerda encolhe a cada eleição. Em alguns raros momentos podem até ter alguma razão, mas fazem de um jeito tão exagerado que acabam banalizando a si próprios.

  3. Choro causado pelo ódio que tem ao presidente, daí querem vê-lo fora de qualquer maneira. O choro é livre, mas o ódio faz mal, pois causa úlcera outros males.

  4. O assessor parlamentar José Roberto Feltrin, de 55 anos, gravou um áudio, dias antes de morrer vítima de Covid, responsabilizando Jair Bolsonaro e o deputado José Medeiros (Podemos-MT) pela falta de vacinas contra o novo coronavírus.

    Feltrin trabalhava para Medeiros e enviou o áudio para amigos. Na mensagem, ele estava com falta de ar e temia “não escapar da doença”. O assessor morreu na última terça-feira (18).

    “Eu acho que não vou aguentar. Eu tô mal pra caramba. Tô mal. A culpa é desse capitão bunda suja [Bolsonaro] que não comprou vacina para nós. Minha saturação saturou de ontem para hoje”, disse o assessor parlamentar. É como se um filme tivesse passando na minha cabeça agora. Esse tal de Medeiros também é responsável por tudo que está acontecendo com o povo brasileiro, esse maldito. Ele é responsável também. Esse cara vem apoiando esse governo genocida aí, esse cara vem sabotando a vacina desde o início. Já era para ter vacina para nós, para pessoas da minha idade e não tem. E ninguém faz nada nesse país maldito. Um retardado como esse Bolsonaro faz o que quer e ninguém faz nada”, complementou

    1. “O assessor parlamentar José Roberto Feltrin, de 55 anos, gravou um áudio…”
      Então quero saber quem e mais genocida, Bolsonaro ou os governantes das grandes capitais que deixam os metrôs e ônibus lotados, onde o comércio só pode abrir até às 19 horas, pois o corona escolhe horário, demagogos malditos

    1. Um lugar bom para vc viver, onde a policia detecta e prende uma mulher que faria um atentado em escola no DF. Como não houve a consumação do crime terrorista, ela foi liberada.

  5. Como brasileiros devemos AGD 2022. Aí como diz o outro vc decide. Depois do resultado qqer um tem estratégia vencedora mas c aplicada….

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