CPIVirus, o medo e a culpa no cartório

cpi da covid

Paulo Ricardo da Rocha Paiva*
Passado o tempo da faxina que a Operação Lava Jato fez por sobre a roubalheira de integrantes do PT de Luiz Inácio Lula da Silva, é chegada a hora de se apurar quem tem culpa no cartório pela falta de coordenação no combate à pandemia do “coronavírus” na esfera federal e, também, como foram empregados pelos governadores estaduais os recursos para ela destinados. Que seja enfatizado de forma clara, indiscutível e peremptória, não há como escapar, os brasileiros e brasileiras com parentes, amigos e conhecidos, vitimados de forma fatal, têm sede de justiça.
Até agora, ao que tudo indica, já confirmaram a estranha intenção do governo de mudar a bula da cloroquina os ex-ministros da Saúde, doutores Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do presidente da ANVISA, Almirante Antonio Barra Torres. Quanto ao atual ministro da pasta, dois senadores protocolaram requerimento pedindo a reconvocação do Doutor Marcelo Queiroga para um segundo depoimento, em face do seu “laconismo” quando da sua primeira oitiva. Por sua vez, o ex-secretário da SECOM, senhor Fabio Wajngarten, se contradisse diversas vezes, gerando até pedidos por sua prisão. Já o senhor Carlos Murillo, presidente regional da PFIZER, este disse que o governo federal não respondeu às propostas da empresa para aquisição da sua vacina. E daí, quem se responsabiliza?
Interessante, é de pasmar como a politicalha muda da água para o vinho quando lhe doem os calos. Esta mesma governança, que já soltou o relho proclamando que “em CPI, quem se vale do direito de ficar calado tem coisa a esconder e só bandido usa isso” (Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni), vivenciando um momento crucial, procura hoje se agarrar em corda esgarçada, fazendo das tripas coração de forma a poupar testemunha que, obrigada a não faltar com a verdade em seu depoimento, ao que tudo indica, pode comprometer agentes graúdos da administração pública. Este fato recursal, que só confirma o velho ditado “pimenta nos olhos outros é refresco”, foi viabilizado pelo eminente togado e “professor de deus”, Ministro Lewandowski, quando diz que a testemunha respondendo a processos pode silenciar sobre si mesma, mas têm que dizer a verdade sobre ‘terceiros’ nas CPI.
Mas o paradoxo não fica por aí. Ainda em 2016, é de pasmar, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos mais ferrenhos críticos da CPI da COVID, já protestou contra um depoente que, embasado por habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal, ficou em silêncio durante oitiva de outra CPI instalada naquele ano, fato que só confirma o velho ditado “faz o que eu digo mas não faça o que eu faço” !
*Coronel de Infantaria e Estado-Maior

18 respostas

  1. Cadê a matéria dos interstícios? Da destruição da carreira do sargentos EB. O inimigo usa farda e é verde Oliva.

    1. Tem é que agradecer de estar servindo em um Exército que a expectativa de vida é tão alta.Se estivesse servindo em Israel,na Legiao estrangeira francesa ou em qualquer república Africana,não programaria a carreira para tanto tempo,lá o bicho pega.

  2. “3º sargento 10 anos e 2º sargento 9 anos + 2 anos de Aluno”, 21 anos pra sair Primeirão…
    Duvido, isso é impossível de acontecer na prática.
    Passar 19 anos com praticamente com o mesmo salário, duvido.

    1. Como duvida? Já foi publicado em portaria e tudo para todo mundo ver. E isso vai acontecer. Certa vez um aluno de CPOR me falou a seguinte frase, quando eu era monitor: “quem gosta de praça é velho e pombo”. Será que ele tem razão? Depois desta portaria não tenho dúvidas, este aluno merecia um FO+.

  3. Desde à época que estava na ativa… dizia que o inimigo era interno… muitos achavam que não… que o problema conosco era pontal… que a culpa era dos governos anteriores que devido a ideologias… arrochavam nossos comandantes militares… Tudo mentira… Tudo Fake News… Pergunto… E agora… Como o estrumado capitão capitão mentiroso que foi expulso das FFAA… Qual o problema com as praças… Nada mudou… Oficiais e praças são como água e óleo… não se misturam… Sempre observei em minha caminhada o oficial… seja ele de carreira… temporário… ou mesmo a praça velha QAO… como inimigos em potencial… É até hoje penso da mesma forma… E digo mais… Nós praças só teremos progresso dentro das FFAA… Quando pararmos todos de confiar nessa classe… Eu disse todos… Pq a arma que ajuda a matar a praça… tem… ou já teve divisa no cano… Senhores… A meta é não confiar jamais…

  4. Não existe “vítima de forma fatal” e nem vírgula antes de verbo!!

    Esperando o textão do sapiente coronel de infantaria e estado maior sobre os novos interticios.

  5. Promoção para 2° Sgt 10 anos:

    O importante é pensar na valorização da carreira, que irá chegar.
    Ouvi isso mais de 30 anos.
    Uma sugestão para os mais novos. Façam um curso superior.
    Vá estudando
    Quando tiver oportunidade façam concurso.
    O mais importante…não falem que irão fazer isso dentro do quartel.
    Você irá conseguir.

  6. Coronel de Infantaria e Estado-Maior, pergunto:

    – Quantas promoções o senhor obteve após sua formação nos 10 primeiros anos na carreira.
    – Quantas promoções os atuais cadetes obterão após suas formações nos 10 primeiros anos na carreira.
    – Houve alguma alteração na política na Lei de promoções dos Oficiais após aumento do tempo de Serviço para 35 anos.

    E então, Paulo Ricardo da Rocha Paiva.

    1. Coronel de Infantaria e estado-maior “SEM NOME”?!!
      Por favor, tenha a coragem de se identificar!
      PRRPAIVA
      CEL INF E EM

      1. Prezado, o comentarista, na sua identificação, na verdade se dirige ao Sr.
        É como lhe dissesse:

        _Prezado Coronel de Infantaria e Estado-Maior PRRP, lhe pergunto:

        Entendeu ou preciso fazer um croqui?

        1. Não precisa mandar croquis para explicar/justificar
          que não tem coragem de se identificar …

          PRRPAIVA
          CEL INF E EM

  7. 2 anos de Aluno mais 19 anos de ‘3º e 2º Sgt’, é uma baita economia em salários para o orçamento das FFAA (21 anos de baixíssimos salários).

    Efeitos da conta da Reestruturação da Carreira ‘deles’.

  8. Coronel de Infantaria e Estado-Maior,

    A sorte dos 3º Sargentos é que após 10 anos na mesma graduação, o salário de um 2º Sargento é muito, muitíssimo maior que a graduação anterior.
    Terão um acréscimo de cerca 1.000 reais. Excelente, não é mesmo.
    …”Por favor, tenha a coragem de se identificar!”…
    Francamente.

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