Dirigido por bolsonarista, Clube Militar se divide sobre apoio a presidente

clubemilitar6704

Chico Alves
Colunista do UOL

Entidade representativa dos oficiais da reserva das Forças Armadas, o Clube Militar está dividido. Não foi bem recebida por vários associados a nota divulgada no dia 28 de abril pelo principal dirigente da agremiação, general Eduardo José Barbosa, em que ele expressa apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Entre outras coisas, Barbosa endossa no texto a tese falsa de que o artigo 142 da Constituição autoriza a ação dos militares contra o Legislativo e Judiciário como uma espécie de poder moderador.
O posicionamento do presidente do clube vem sendo criticado nos bastidores há algum tempo. Uma parcela significativa dos sócios reprova a administração Bolsonaro, especialmente na gestão do combate à pandemia. Barbosa é visto por muitos como bolsonarista fanático, que politiza a instituição.
Esse clima negativo impediu que o presidente do clube convocasse os associados para as manifestações em apoio a Bolsonaro realizadas em várias cidades no sábado, 1º de maio, como aconteceu em outras ocasiões. Em 2019, por exemplo, houve convite oficial para atos organizados por grupos bolsonaristas.
Um dos ingredientes desse racha é que o Clube Militar tem hoje três correntes: os apoiadores de Bolsonaro, os independentes e os simpatizantes do vice-presidente Hamilton Mourão. Esse último grupo é bem grande.
“O atual presidente do clube foi eleito como vice do Mourão”, explicou à coluna o general da reserva Paulo Chagas. “Ele não tem a mesma liderança para unir o clube que, por sua vez, é, em sua maioria, seguidor do Mourão que, desde algum tempo vem sendo fritado pelo presidente Bolsonaro. Essa é a minha interpretação”.
Para esse segmento, Bolsonaro abandonou parte do conteúdo ético e moral das propostas de campanha.
Outro que discordou do manifesto do presidente da entidade em apoio a Bolsonaro foi o coronel Rocha Paiva, que publicou artigo no site Sociedade Militar atribuindo ao presidente da República boa parte da culpa pelas mais de 400 mil mortes na pandemia.
Um general da reserva que pediu anonimato avaliou o cenário. “O clube, depois dos governos militares, perdeu muito prestígio e, com isso, o poder de influência no campo político”, disse ele. “O atual presidente da entidade, pelo teor dos seus ‘manifestos’ bem ilustra o quadro de total anacronismo que toca apenas uma minoria sem qualquer representatividade”.
UOL/montedo.com

26 respostas

    1. kkkkkk… Chico Alves, o comunista do UÓI comunista. Igual à ÓIA de SP. O grupo do Mourão: Santos Kruc, Rego Barro, Paulo Chaga e, por último, os 400 mil mortos por covid x R$ 20,000,00, o halterofilista de mísseis PRRP. Coitado do Mourão! Pule fora desse Guarany.

    2. Amanhã 05/05 as 900h audiência pública CREDN para tratar de assuntos relativos a pasta da Defesa, INCLUSIVE, SOBRE ALGUNS ASPECTOS DA REESTRUTRACAO DOS.MILITARES que ficaram pende tem de solucao

    1. É PRECISO PONDERAR COM LÓGICA
      ARTIGO PUBLICADO NO “JORNAL DO COMÉRCIO DE PORTO ALEGRE/RS”
      Há quem diga que, quem desiste de apoiar o presidente, poderia estar fazendo o jogo dos bandidos. Que seja dito, cada um com a sua verdade. Quanto aos militares que assim procedem passarem a jogar no “bando vermelho”, está a se julgar injustamente porque quem assim o faz não está enxergando/percebendo o contínuo enxovalhamento do prestígio de nossas “Desarmadas” Forças, onde a fritura de oficiais-generais e o desdém pelos seus altos postos tornaram-se coisas banais e corriqueiras. Mas e a coesão? Fala-se muito, virou moda agora acusá-los de minar a coesão? É de se perguntar, como se pode mantê-la quando o comandante-em-chefe não a inspira? Quantos de nós já perdeu a fé em quem está muito mais preocupado em vencer as eleições do que governar, pouco importando que o País esteja a chafurdar em situação periclitante, quer interna quanto externamente?
      Ah! Mas está se fazendo uma “limpeza” na administração pública. Quanto a este chavão corriqueiro, acho que só pode limpar quem não gosta de sujeira. Não, eu não aposto na verdade, na probidade e na responsabilidade do atual governante. Seu entorno familiar, com certeza, não é dos mais republicanos, suas manobras para protege-lo não são as mais cristãs. Essas fintas estão fartamente detalhadas em numerosos meios midiáticos, fatalmente dividindo uma opinião pública onde o extremismo insidioso semeia fanatismos opostos, justamente aqueles que demonizam as opiniões que não se ajustam com os polos da discórdia. Daí as baixarias, as canalhices, as ofensas descabidas por quem não enxerga um palmo além do seu nariz. Sim, os canalhas deletérios existem em ambas as facções e são capazes das maiores torpezas.
      Em realidade, as quase 58 milhões de pessoas que legitimaram o resultado das eleições em 2018, às quais me incluo, precisam se questionar com vistas ao que vai acontecer em 2022. O País ganhou o que? Estamos em uma melhor? As expectativas se concretizaram? Sim, o PT foi alijado do poder. Que bom para a nação. Mas, e daí? Educação, saúde, prestígio internacional, defesa, o que foi buscado e realizado nesses 2 anos de governança?
      Ah! Mas sem reeleição as esquerdas voltam ao poder? Meu Deus! Que País infeliz? Que não se duvide, existe, sim, gente capaz, tanto paisanos como fardados, para governar, não em termos ideológicos, mas em prol de um projeto nacional. Por que não, um Sérgio Moro, um Mourão ou um Santos Cruz. mas é preciso que estes cidadãos se adiantem em uma aliança cívica e lancem logo seus nomes. A propósito, por que não apostar em uma chapa nestes moldes? Mas, cada um tem sua verdade. Realmente, precisamos rezar pelo nosso Brasil desgovernado.
      Paulo Ricardo da Rocha Paiva
      Coronel de infantaria e Estado-Maior

  1. O Mito errou ao fazer um agrado com a Lei do Mal a esses senhores, que sempre o rejeitaram. Quem sempre apoiou o Bolsonaro foram as praças desde a ESAO, quando lutou por melhores salários na época. Repense Sr Presidente !!!

    Esses generais e coronéis da reserva nunca engoliram o Bolsonaro, desde aquela época, principalmente os que comandaram OM em geral e hoje são reformados. 🍉🍉🍉🍉

  2. Repassando:Brasil também teve um “abaixo-assinado de militares”. O caso em que DILMA calou os generais e impôs o silêncio aos clubes de oficiais.

  3. Divisão periférica e não no núcleo. E dou a minha cara a bofete se quaisquer um deles votar no “molusco”, em vez de votar em Bolsonaro.

  4. Se o Bolsonaro não chamar os militares para conversar, inclusive os praças, e rever suas promessas de campanha que não cumpriu e descongelar o soldo com certeza ele vai perder muito apoio pelas medidas do mau aos militares que não anulou e essas recentes que fez complicando ainda mais a vida dos militares.

  5. Clube do bolinha do “Código de honra dos 4 estrelas”.
    Essa gente insiste em simularem que estão num mundo paralelo.
    Um monte de velhinhos sem maturidade.
    O país dá uma importância enorme pra esses bobos moços.
    Ridículo.

  6. Presidente estou com sr…e longe de generais almirantes e brigadeiros…corrija a injustiças com as praças da reserva…e acabe com chatices…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo