Judy, a combatente!

cachorra Judy

Judy, uma perdigueira pura, foi a mascote de vários navios no Pacífico e foi capturada pelos japoneses em 1942, sendo depois levada para um campo de prisioneiros. Lá ela conheceu o aviador Frank Williams, que dividiu sua pequena porção de arroz com ela.
Judy levantou o moral no campo de prisioneiros de guerra e também aprendeu a latir quando cobras venenosas, crocodilos ou até tigres se aproximaram dos prisioneiros. Quando os prisioneiros foram enviados de volta para Singapura, ela foi contrabandeada em um saco de arroz, nunca tendo choramingado ou feito qualquer barulho, para não denunciar sua presença aos guardas.
No dia seguinte, o navio foi torpedeado. Williams empurrou Judy para fora de uma vigia na tentativa de salvar sua vida, embora houvesse uma queda de 4,5 metros para o mar. Ele escapou do navio, mas foi recapturado e enviado para um novo campo de prisioneiros de guerra.
Ele não sabia se Judy havia sobrevivido, mas logo começou a ouvir histórias sobre um cachorro ajudando homens se afogando a alcançarem os destroços após o naufrágio. E quando Williams chegou ao novo acampamento, ele disse: “Eu não conseguia acreditar no que estava vendo!”; “Ao atravessar o portão, um cachorro desgrenhado me atingiu bem no meio dos ombros e me derrubou. Nunca havia ficado tão feliz por ver minha velha amiga!”
Eles passaram um ano juntos naquele acampamento em Sumatra. “Judy salvou minha vida de muitas maneiras”, disse Williams. “Mas o maior de tudo foi me dar uma razão para viver. Tudo que eu tinha que fazer era olhar para aqueles olhinhos cansados ​​ele olhando carinhosamente e me perguntar: ‘O que aconteceria com ela se eu morresse?’ E aí eu ganhava de novo forcas para continuar.”
Assim que as hostilidades cessaram, Judy foi contrabandeada a bordo de um navio de tropas que voltava para Liverpool. Na Inglaterra, ela recebeu a Medalha Dickin (a “Cruz Vitória” para animais) em maio de 1946. Em sua citação diz o seguinte: “Por magnífica coragem e resistência nos campos de prisioneiros japoneses, que ajudou a manter o moral entre seus companheiros de prisão, e também por ter salvado muitas vidas pela sua inteligência e vigilância..”
Ao mesmo tempo, Frank Williams foi condecorado com a Cruz Branca de St. Giles do PDSA por sua devoção a Judy. Frank e Judy passaram um ano após a guerra visitando parentes de prisioneiros de guerra ingleses que não sobreviveram, e Frank disse que Judy “sempre proporcionou reconfortante apoios todas as famílias.”
Quando Judy finalmente morreu aos 13 anos de idade, Frank passou os dois meses seguintes construindo um memorial de granito e mármore em sua memória, onde incluiu uma placa descrevendo toda a história de sua vida.
Portal do Animal(Facebook)/montedo.com

6 respostas

  1. Belíssima reportagem e parabéns ao “montedo.com” pela divulgação de parte da história jamais contada, dos milhares de soldados, aviadores e marinheiros aliados que haviam caídos prisioneiros nas mãos do brutal exército imperial japonês que naquela época invadia e conquistava várias regiões da Ásia e parecia invencível. Parabéns Montedo pelo post. Passei à conhecer essa parte da história!

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