Governo do DF negocia área da Marinha para construção de nova cidade

Image: GDF

Ibaneis negocia área da Marinha para construção de nova cidade no DF
GDF propõe construir e doar nova sede da força militar como contrapartida pelo terreno de 62 km² para abrigar até 80 mil famílias

Caio Barbieri
O governador Ibaneis Rocha (MDB) informou ao Metrópoles, na sexta-feira (30/4), que começou a negociar com a Marinha a aquisição de um terreno de 62 km² para que seja construída uma nova cidade no Distrito Federal. Em reunião realizada na tarde de quinta-feira (29/4) por comandantes da força militar com representantes do Governo do Distrito Federal (GDF) e a Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
A ideia é que o terreno, localizado nas proximidades de Santa Maria e do Gama, seja destinado à construção de prédios residenciais com modelo de sustentabilidade e de maior execução, com o formato parecido ao do Jardins Mangueiral, bairro localizado próximo a São Sebastião que conta com unidades financiadas pelo programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.
A princípio, os residenciais terão até três andares e áreas de convivência, como quadras de esporte, praças e espaços destinados ao comércio que atenderá a comunidade local. A capacidade é reunir até 80 mil famílias no novo complexo residencial, já batizado por alguns como “Cidade Catetinho”, referência à proximidade da primeira residência oficial da Presidência da República durante a construção de Brasília.
“A ideia é construir um modelo townhouse [modelo internacional de habitações geminadas], nos moldes dos Estados Unidos. Em Valparaíso (GO), por exemplo, onde há projetos parecidos, 80% dos proprietários adquiriram o imóvel por financiamento do Minha Casa Minha Vida. Estão indo para o Entorno pela dificuldade de se adquirir imóveis no DF”, disse o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), articulador da proposta e que também participou da reunião.
A expectativa é entregar as primeiras unidades até o próximo aniversário da capital federal, comemorado em 21 de abril. Contudo, para que o projeto saia do papel, uma longa jornada terá de ser cumprida. A principal delas é a transferência da propriedade do terreno, que é da Marinha, para o Distrito Federal. Como contrapartida, a proposta inicial é de que o GDF destine uma área à força militar e também assuma a construção da sede própria da Marinha no DF.

Projeto habitacional
Após a transferência da área para o Distrito Federal, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) será a responsável por criar o projeto habitacional. Com a etapa vencida, a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) poderá licitar os terrenos para que o setor privado se habilite para construir os novos prédios financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida e pela Caixa Econômica Federal.
Por outro lado, um termo de cooperação técnica servirá para esclarecer o valor comercial da área total e como o GDF faria a compensação financeira, desde a doação de um outro lote até a construção da nova sede da Marinha.
“É uma proposta inovadora que já está avançada, mas precisará também de uma alteração no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), já que esse terreno onde será construída a nova cidade está incluído dentro da área rural e deverá ser considerado legalmente como zona urbana”, adiantou Miranda.
A proposta, segundo o deputado, é criar possibilidades para que o GDF atraia as empreiteiras responsáveis pelos empreendimentos garantindo desconto de Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para quem aderir ao modelo. Pelo cálculos, seriam em média R$ 15 mil de subsídio com a possibilidade de ser usado para a compra de material de construção.
METRÓPOLES/montedo.com

15 respostas

  1. POUPEX há tempos poderia ajudar nas casas próprias dos praças. Os financiamentos deveriam ficar bem abaixo do mercado e excluir essa taxa de administração mensal. Igual fizeram no Noroeste em Brasília para alguns.

    1. Tal “instituição” existe para oferecer emprego e moradia para coronéis e generais. Após ocuparem PNR’s amplos e confortáveis por trinta anos, adquirem imóveis de luxo a preço de casa popular em áreas privilegiadas das melhores cidades, tudo via cabidex. Este é claro, mantido pelos juros de empréstimos e financiamentos feitos pelas praças. Estas quando chegam a Guarnições como Curitiba, Santa Maria e outras que não oferecem moradia, acabam ou se obrigando a financiar um imóvel popular por esta instituição, ou acabam se endividando com aluguéis tendo, por conseguinte, que tomar empréstimos a juros “módicos” junto a este cabide de empregos de apaniguados. Este é o modus operandi que garante a existência de tal “instituição”. Havendo PNR para todos, acabou a mamata. Sem contar os amigos e apaniguados que trabalham de dentro da matrix esperando a vez de mamar também, mantendo quem mora em PNR por quinze, vinte anos ou mais na mesma GU, a fim de manter a rotatividade baixa através de artifícios como “indispensabilidade” destes militares para esta ou aquela função. Ou são imortais e dispensam férias, finais de semanas e feriados, ou a mutreta é muito grande mesmo. Só o MPF para nos salvar ou, em último caso, a Rede “Grobo” de televisão…

  2. É lamentável essa notícia. Essa área é grande, muita mata, nascentes, habitat de animais silvestres como tamanduás bandeira e mirim, os últimos lobos guarás e etc. Extinção ou recuo forçado da natureza (flora e fauna) para ceder lugar as populações humanas com seu vidro, asfalto, cimento, esgoto, trânsito e etc. A única espécie que cresce assustadoramente enquanto todas as outras espécies regridem e desaparecem também de forma assustadora. Segundo alguns cientistas e muitas pesquisas, se esse ritmo de crescimento das populações humanas e consequente e óbvia destruição de habitats naturais para ceder lugar para moradia e produção de alimentos para essas populações cada vez maiores, em 100 (cem) anos todas as espécies selvagens de animais do Planeta, terão desaparecido para sempre. E se mesmo assim os seres humanos não entenderem essa destruição e nada fizerem para reverter essa perda irreparável, em 200 (duzentos) anos, todas as espécies de animais domésticos também desaparecerão para sempre. O grande arquiteto do universo soube projetar e construir, com equilíbrio perfeito todo um planeta com tudo o que nele há. Se alguma cadeia desse projeto universal for quebrada ou cortada ,como vemos diariamente em todos os lugares, é certeza que todo esse equilíbrio universal entrará em colapso. Pelo que vemos, o futuro deste planeta não é promissor. Se bem que uma das leis universais é que tudo nasce, cresce e….morre! Tudo chega ao fim de alguma forma.

    1. Torres de 104 andares, com 4 para comércio, serviços e segurança absorvendo emprego dos próprios moradores, com base de 6.000 m², sendo 4 torres = 100 mil habitantes, considerando uma família de 4 pessoas = 6250 famílias por torre e aptos de 80 m², com área ao redor com postos de abastecimento de gás e combustíveis, e subsolo para estacionamento, ocuparia uma área urbanizada em torno de 30 mil m² por torre, considerando área de lazer e circulação. Desses 62 km², ou 62.000.000 de m² ocuparia apenas 120 mil m². O restante continuaria área verde ou uma parte agriculturável.

      1. A China já usa esse método de construções gigantescas na vertical, preservando assim muita área horizontal que acaba ficando disponível para parques, plantações e etc. O Brasil, apesar do seu imenso território, deveria adotar essa nova, moderna e inteligente filosofia de construção de áreas habitacionais. Não ocupar mais imensas áreas ( onde acaba devastando áreas verdes, reservas ambientais, habitats de animais silvestres, nascentes e etc) para construção de casinhas ou pequenos blocos de apartamentos. Sabemos que muitos desses gigantescos loteamentos, virarão, lá na frente, imensas favelas onde nem o próprio estado se fará presente; coisa normal no Brasil…..a disseminação, pelo próprio estado, de gigantescas favelas por todo país. Parece que o estado brasileiro planeja e dissemina a favelização do próprio país.

      2. Seriam construções caras e empregos qualificados, o que afastaria a população a que se destina. O Objetivo e afastar as pessoa do centro do DF, assim como o DF serviu para afastar a população do centro decisório na década de 1960.

        1. Isso pode ser contornado com incentivos fiscais. O ganho será para a manutenção das florestas e áreas de agricultura no entorno. Comércio e serviços são o que mais tem de gente disposta a trabalhar no Brasil.

  3. Vai virar uma favela, onde as pessoas vão viver de bolsa do governo e irá virar um reduto eleitoral da ESQUERDA.

    Não conheço um conjunto habitacional do governo que não tenha virado reduto de bandidos: MILÍCIA, TRAFICANTES OU ESQUERDA.

  4. tao de sacanagem..olha que exemplos: Itauna. Morro do Estado, Viradouro para as praças no RJ e para Oificiais Barra da Tijuca, Tijuca, Lagoa…..o TCU poderia visitar estes locais e ver a discrepancia entre oficiais e praças…mas é assim em todos os segmentos…estamos ferrados

  5. TCU tem ir, mas antes verificar os verdadeiros financiadores dessas mordomias.
    Quando estive em Brasília fiquei no PNR na 313 Norte. Fui em uma RPON – Reunião para…. nenhuma.
    Sugeri que os descontos para Fundo Exército e Manutenção fossem creditados na conta do condomínio, ao invés de solicitarmos algum tipo de manutenção para PMB, o próprio condomínio farias a manutenção. Quase fui punido depois de uma discussão com o prefeito, pois provei que o valor descontado dos 48 apartamentos eram suficientes para atender os moradores, e até em prazo médio torná-los conforme a localidade. Porém sabemos para onde vai os recursos não utilizados. Nos PNR de praças nem se compara com os dos oficiais, ronda da PE, apenas para os lordes.
    Legislação onde os fracos são tratados como servos para conforto dos chefes. Sabemos que 90% trabalhos ou mais, eles depende dos praças. Na proporção somos em média 20% para os lordes e 80% para servos. Desses 80%, 90% são submissos. Por esse último que nada vai mudar.
    Até mais.

  6. Se a Marinha acreditar que o GDF entregará a contrapartida, deve acreditar também no saci-pererê, na mula sem cabeça e no curupira. É claro que a MB vai tomar uma volta.

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