RJ: milícia usou munição do Exército em assassinato na Baixada Fluminense

Imagem ilustrativa

Rio – A milícia usou munição do Exército para executar um desafeto na Baixada Fluminense. Cápsulas encontradas no local do homicídio, cometido no final do ano passado, em Duque de Caxias, fazem parte de lote adquirido pelo Exército, segundo a Polícia Civil.
Em 4 de dezembro, Edson Nascimento da Silva estava sentado num bar quando foi surpreendido por dois atiradores, que saltaram de uma caminhonete e atiraram. Ao todo, 22 disparos acertaram a vítima. Dois estojos, de calibre 9mm, encontrados na cena do crime eram parte do lote AYS86, comprado pelo Exército em 2013. A informação foi passada à Polícia Civil pela CBC, que fabricou a munição.

Crimes em sequência
Momentos antes, os mesmos homens executaram Charles Augusto Ponciano com 17 tiros, durante um churrasco que fazia em casa no bairro Jardim Anhangá. Cartuchos recolhidos no local fazem parte do lote BQJ03, da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), adquirido pela PM do Rio em 2008.

Prisões
Três policiais militares foram presos no último dia 15, acusados das execuções: os cabos Leandro Machado da Silva, do 15º BPM (Duque de Caxias) e Luiz Carlos da Costa Ribeiro, da UPP Santa Marta, e o soldado Allef Alves Bernardino, da UPP Vila Cruzeiro.
Com informações do jornal EXTRA

21 respostas

  1. Rio de Janeiro cidade maravilhosa para cometer crimes, servi no Rio, cada serviço de guarda aquela atenção total ao controle de munição.
    Esquemas e esquemas para a venda de munição para o crime, envolvendo todos os postos e graduações,
    Milhões de ocorrências mostrando este quadro horrendo.
    Ser Cmt de OM no Rio é um teste de coragem e sanidade pra qualquer um.
    Lembro de companheiros de todos postos e graduações desesperados por uma transferência pra qualquer lugar do país e por interesse próprio só pra sair desta cidade sem Lei.
    Familiares em total desespero emocional pela violência urbana e caos institucional do Estado.
    Rio de Janeiro só tem um jeito, 10 dias inteiros de ataques aéreos, interruptos fogos de artilharia e no final umas 100 bombas atômicas. E olhe lá!

    1. Pode acrescentar milhares de litros de água benta, algumas toneladas de sal grosso, e ocupação humana depois de passados 100 anos. Só por garantia.

    1. Sou carioca servi em Santa Cruz no 1º BE Cmb, realmente o clima lá é tenso mas acredito que faz parte da nossa vida de militar. Realmente á algo tipico de guerra civil tudo isso por culpa de Brizola, Benedita, Cesar Maia, Garotinho, Cabral, Freixo, Molom, Jean Willis… os piores políticos da Pais estão no Rjo.

      1. Marcos,
        Penso que está na hora do Alto Cmdo das FFAA implementar o mesmo critério de Brasília.

        Ou seja, movimentar o militar para o Rio só com disponibilidade de PNR, e em especial as Praças.

        Outro detalhe, pra que tantas OM’s nesta cidade, temos uma fronteira oeste altamente desguarnecida.

        Compare o número de OM’s do Rio com SP.

        Assim essa fila interminável de PNR diminui.

        Tem milhões de cidades no interior e fronteira do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul loucas por uma OM do Exército.

        A OM que incorporei como Recruta no Rio foi pra Marabá-PA, e não está fazendo nenhuma falta na atividade-fim da Bda e Divisão, a qual estava subordinada.

        E ao final de três anos de guarnição , excepcionalmente, a critério do militar, faça cinco opções em cada Cmdo Mil Área, tornando a Guarnição ‘atrativa’.

        Não tem condições das famílias das Praças pagarem caríssimos alugueis no Rio e morarem em bairros altamente dominados pelas milícias e crime organizado.

    2. 150?
      Se liga no papo Reto.
      Quem serviu em Teresina entre 2005 a 2010 sabe desta estória.
      Um primeirão que havia feito o curso básico PQDT ao concluir a ESA.
      Ao sair primeiro Sargento o classificaram ‘do nada’ na Bda Paraquedista.
      Já se apresentou com o 150 em mãos.
      Seu novo Comandante ficou meio assustado e tentou removê-lo da ideia, e achava que o militar estava ‘blefando’.
      Hoje este ex primeirão advoga na cidade de Teresina na paz.
      E o Exército perdeu um excelente quadro.
      E deve haver por aí outros casos como este.

      1. Infelizmente o Cmdo do EB não tem preocupação com o bem estar de praças, afirmo que se o mesmo fosse um péssimo Oficial a transferência dele tinha sido cancelada. Hoje no Rjo estão cobrando seguranças de moradores semanalmente se não pagar e expulso da sua casa .

      2. Verdade. Servia no 25° Batalhão de Caçadores durante este fato.
        O ex militar fez o curso básico após sua Formação, e a DCEM resolveu classificá-lo na Brigada quando de sua promoção a primeiro Sargento.
        Sem comentários.

  2. 10 dias inteiros de ataques aéreos, interruptos fogos de artilharia e no final umas 100 bombas atômicas. disse:

    “Rio de Janeiro só tem um jeito, 10 dias inteiros de ataques aéreos, interruptos fogos de artilharia e no final umas 100 bombas atômicas.

    E olhe lá!”

    Um estado dentro de outro. E na maioria das vezes se misturam, todos ex governadores foram em cana.

  3. …’no final umas 100 bombas atômicas. E olhe lá!”…

    Depois de algum tempo volta tudo ao ‘normal’, governo e empresários criminosos enriquecendo em esquemas espúrios.

    E todo mundo consumindo aqueles produtos alucinógenos do crime organizado.

    Está na ‘DNA’ do carioca e brasileiro em geral.

  4. Lembro-me de um tenente em início de carreira que acabara de contrair matrimônio com uma senhora ‘do lar’, com milhões de parcelamentos no cartão de crédito dos utensílios e móveis de casa nas ‘Casas Bahia’, “INVENTAREM” de morar do túnel Rebouças para o mar.

    Pra quem nunca morou no Rio, explico, existem dois ‘Rios de Janeiro’, o do lado de lá do túnel Rebouças, e o do lado de cá (mar).

    Eles duros iguais coco verde, e o ‘sonho’ de morar perto da praia… blz.

    Depois de rodarem muito constataram que ‘tava’ difícil até para os Altos Estudos arcarem com um aluguel do lado de cá do túnel Rebouças.

    Irredutíveis na decisão, então o que decidiram… Alugar um ‘ap’ de um quarto e sala com vistas, mesmo que longe, para o mar.

    Só ‘teve’ um probleminha, seu Comandante ficou furioso, o local era uma desonra para a imagem dos oficiais das FFAA.

    Porquê?

    O ‘ap’ era numa favela.

    Seu contracheque não pagaria em qualquer local senão num quarto e sala de uma favela.

    Quem serviu no Rio no inicio do século conheceu esta estória. E, finalizando, ‘providenciaram um PNR para o casal.

    Rio de Janeiro não é pra principiantes, como dizia o grande poeta carioca Tom Jobim.

    E o casal de Praças recém casados e morando de aluguel em Belford Roxo…
    Ah! Isso é apenas um detalhe.

    “QUE UMA SÓ VONTADE NOS UNA!”

  5. Em se falando em favela, alguém ouviu falar como terminou o caso e por anda o tenente Ghidetti.

    …”tenente Vinícius Ghidetti de Moraes Andrade, suspeito de comandar um grupo de militares que entregou três jovens do Morro da Providência a traficantes da Mineira”…

    O processo contra Ghidetti estava parado desde 2012, porque a defesa alegava insanidade mental e apresentou um laudo de transtorno dissociativo, que indicaria que ele não teria consciência da própria identidade e dos movimentos corporais.

    1. Refizeram o incidente de insanidade e demonstraram que ele era “apto a”, estava fingindo.

      O processo ia correndo bem até uma alteração legislativa pelo temer, que passou à competencia da justiça militar casos como o dele.

      O ministério publico federal questiona a inconstituicionalidade da lei pois quer que o mesmo seja julgado na justiça federal. Existe uma adin também, da ADEPOL, pendente de julgamento. Ela pede a declaração de inconstitucionalidade/inconvencionalidade da lei, seu relator é o Ministro Gilmar e a perspectiva é que a lei seja inconstitucional.

      Se seguir essa marcha ele ainda é beneficiado pela prescrição…

      1. Caramba você tem bagagem técnica e domínio da legislação, parabéns.
        Obviamente como está sub judice permanece com todos os direitos com exceção das promoções, seria isso mesmo.
        E ele cumpre expediente em alguma OM.
        Valeu pelos esclarecimentos.

        1. Obrigado pela parte que me toca, fico contente em auxiliar. Acredito que ele esteja na Gu RJ até hoje (em algum btl inf que não me recordo).

          Abracos!

  6. A pergunta que eu faço é o exército comprou todo o lote, a PM comprou todo o lote pois lotes podem ser vendidos a vários compradores.

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