As baixas fardadas do governo Bolsonaro

Bolsonaro na celebração do Dia do Exército em 2019: as quatro pessoas ao lado do presidente e do vice Hamilton Mourão deixaram o governo nesta semana | Exército Brasileiro

Leila Endruweit (DW)

Santos Cruz, da Secretaria de Governo

O terceiro ministro – e o primeiro da ala militar – a cair foi o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, em 13 de junho de 2019. A demissão foi atribuída à falta de alinhamento político-ideológico com o governo. Santos Cruz era alvo de ataques regulares de Olavo de Carvalho, guru do presidente, e acumulava intrigas com Carlos Bolsonaro. Assumiu a vaga Luiz Eduardo Ramos.

Ribeiro de Freitas, presidente da Funai

O general da reserva Franklimberg Ribeiro de Freitas foi exonerado da presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) em 12 de junho de 2019. Segundo ele próprio alegou, sua queda se deveu à pressão dos ruralistas. À época da demissão, Ribeiro de Freitas denunciou que Bolsonaro está sendo mal assessorado nas questões indígenas e que a Funai sofre com orçamento limitado e déficit de pessoal.

Juarez da Cunha, presidente dos Correios

Bolsonaro anunciou em público a demissão do presidente dos Correios, o general Juarez da Cunha, em 14 de junho de 2019. Em encontro com jornalistas, o presidente disse que o chefe da estatal vinha se comportando como “um sindicalista”. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência Floriano Peixoto assumiu o cargo e, para a antiga vaga de Peixoto, foi designado Jorge Antonio de Oliveira Francisco.

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde

No pior momento da pandemia no Brasil, com recordes de mortes diárias e hospitais em colapso, Bolsonaro anunciou a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde, em 16 de março de 2021. Pazuello vinha sendo pressionado pelo agravamento da crise sanitária e pela lentidão da vacinação. Para a vaga foi escolhido o médico Marcelo Queiroga, quarto ministro a ocupar o cargo em menos de um ano.

Fernando Azevedo e Silva, ministro da Defesa

Em 29 de março de 2021, horas depois do anúncio da saída de Ernesto Araújo, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, também deixou o cargo, sem explicar os motivos. “Agradeço ao presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao país. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, afirmou em nota.

Comandantes das Forças Armadas

Em 30 de março de 2021, o Ministério da Defesa anunciou a troca simultânea e inédita dos três comandantes das Forças Armadas. Edson Pujol (à direita na foto), do Exército, Ilques Barbosa, da Marinha, e Antônio Bermudez, da Aeronáutica, já haviam cogitado colocar seus cargos à disposição, como sinal de que não compactuariam com tentativas do presidente de usar as Forças Armadas em seu benefício.
DW Brasil (ediçao: montedo.com)

15 respostas

  1. Caros militares como eu, o Brasil está em uma luta política, por poder, por controle…..a POPULAÇÃO , nós para um lado, a meu ver é um MERCADO que necessita de um controle nos 3 poderes…eu, no Governo atual, apoio a NÃO CORRUPÇÃO no nível federal por exemplo em quase 2 anos não vi na TV qualquer acusação de Corrupção, penso se tivesse a mídia teria mostrado FARTAMENTE ..diferente do SILÊNCIO tirando a RECORD à noite e o Sr. SIQUEIRA na antiga MANCHETE sobre para aonde foi o dinheiro da saúde..e acho que riqueza nasce de muito trabalho nas relaçôes de mercado: compra e venda de produtos e mão de obra…assim, quem tem muitos clientes fica RICO. O resto, por exemplo, tráfego de influência, licitações superfaturadas etc. MILITAR, que tem possibilidade de estudo tem que TER ESPÍRITO CRÍTICO FOCADO NA MERITOCRACIA….com a provável liberdade do Sr Presidente Lula pelo SUPREMO, após condenação por vários niveis de juízes anteriores, provavelmente iniciar-se-á uma grande campanha para a volta do mesmo a Presidência…ASSIM, cada um votará pelo que PENSA somado PELO QUE EMPRENHA PELOS OUVIDOS…ORANDO

    1. A estabilidade politica com Lula é todo mundo mandando e roubando, cada um no seu quintal, e assim o povo, muito esperto, terá mais 20 anos de razoável estabilidade na miséria até a conclusão da Pátria Grande, com chineses e russos aliados e apoiados dentro e fora do Brasil pelos grandes mensageiros da imprensa.

      Em consonância com o Fórum Econômico Mundial todos devem estar preparados para, até 2030, ninguém mais possuir nenhuma propriedade e produzir apenas o que o Estado mandar. A agenda avança agora para a crise mundial de alimentos.

  2. Delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva enquadra Salles, o senador Telmário Mota (Pros) e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, nos crimes previstos no Artigo 69 da Lei 9605/98 (Lei de Crimes Ambientais), encaminhando notícia-crime para o STF e MPF. Qual seria o elo de ligação com as madeireiras?

    1. Se não houvesse Generais, não haveria Exército e sem Exército não haveria praças, portanto precisamos destes que traçam as políticas e estratégias para a continuação e existência de nosso Exército.

  3. Acho ÓTIMO!

    Esse monte de idosos imaturos se juntarem a esse ex-tenente condenado e alçado a capitão reformado pelo STM (exceção do general Santa Cruz).

    Sempre, repito, sempre foi visto por estes generais como um ex-militar alterado e desqualificado, até a pouco tempo era recomendado o controle cerrado de sua presença nas OM´s, no final dos anos 80′ e início dos 90′, era proibido sua entrada nas Unidades da vila militar do Rio de Janeiro.

    Seu comportamento como político inepto era considerado maléfico a imagem das FFAA.

    Bem feito por confiarem neste desequilibrado e inapto para qualquer função já demonstrado:

    1) um péssimo deputado, nunca criou alguma PEC para classe militar, nada.
    2) como ex-militar, uma total desonra, um contumaz indisciplinado.
    3) como disse o general Geisel, ‘bolsonaro, um mau militar’.
    4) como “presidente”, o principal responsável por esses quase 370.000 mortes, um criminoso.

    A maioria dos 54 milhões de votos é de eleitores que votaram nele por ‘TOTAL e ABSOLUTA’ falta de opção.

    Nem o petralha mais otimista imaginaria um cenário tão catastrófico como este num governo com apenas pouco mais de dois anos (não precisa de oposição).

    Crescente mortalidade pela Covid 19 (podendo chegar a 100.000 óbitos neste mês, em março foram 62.000).

    A CPI do Covidão é o pontapé de seu impedimento, o Impeachment.

    STF e Alto Escalão das FFAA já decidiram, ‘Mourão assumirá este cargo vazio”.

    Bolsonaro é um civil conscrito com passo errado num Exército no passo certo.

    Um completo desequilibrado e incapaz de assumir qualquer cargo público.

    1. Esse comentário parece a leitura de alguma ficha corrida criminal.
      Como disse um outro “astronauta” em seu comentário, ‘vou jogar meu título eleitoral fora! Votei no mito”.

      Bolsonaro é um cível conscrito …
      Que se inicie rapidamente está CPI.

  4. Esses militares tem que botar as mãos para o céu e agradecer a Deus de estarem fora deste governo, porque?

    -general PAZUZU responderá inquérito criminal ‘sozinho’ na primeira instância pelas milhares de mortes em Manaus por falta de cilindros de oxigênio.

    – general PAZUZU responderá inquérito criminal ‘sozinho’ na CPI do Covidão.

    Bolsonaro, não bastasse o caos no controle e comando do combate a pandemia, você trará da latrina política ‘aquela gente’ protagonista do maior esquema de corrupção da humanidade, a corja petralha.

  5. O padrasto dos ‘estamentos mais inferiores’ é tão insignificante que esqueceram de incluí-lo na matéria.
    Já o arRego Barros escreverá uma notinha insignificante sobre esta baixa.
    E podem ter certeza que virão mais…

    PIOR DE TUDO É QUE ESSES ‘generais’ POSSUEM TÍTULO DE ELEITOR E PODEM VOTAR NOVAMENTE NO ‘MITO’.

    Com exceção é lógico o arRego Barros escorraçado do governo.

  6. Parece que a meritocracia deve ser revista no meio militar, pois no meio civil isso não vale e é insuficiente. As baixas no governo demonstra ostra que os critérios militares não passam na avaliação.

    os generais são a prova viva desse fato, principalmente como demonstra as baixas nesse governo. A meritocracia vale apenas dentro dos quartéis, onde as atitudes e opiniões são censuradas.

  7. Acredito que o imediato deva assumir o comando da embarcação, pois o comandante encontra-se à deriva, pior de tudo, perdeu a credibilidade.

    1. Perdeu a credibilidade e voltou utilizar sua única e conhecida saída:
      – Ontem em sua live voltou ameaçar a Nação com um Autogolpe.

      Bolsonaro sabe que a CPI vai responsabilizá-lo pelo caos em Manaus.

      E que o processo de impeachment é inevitável.

      FFAA e a corja do Supremo já decidiram, o Mourão concluirá o mandato.

      Tasso Jereisatti será o presidente da CPI e dependendo de seu desempenho poderá reunir forças políticas e torne-se a esperada terceira via.

      Bolsonaro mesmo que impedido pelo processo de impeachment, imagino que não lhe cassarão seus direitos políticos como fizeram com a Dilma.

      Mas vão tentar incriminá-lo pelas mortes em Manaus, podendo até cumprir pena.

      A intenção geral é eliminar as suas chances de concorrer a qualquer cargo político.

      Acabar com o bolsonarismo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Pular para o conteúdo