Argentina critica testes do Reino Unido com mísseis nas Ilhas Malvinas

©AFP 2021/JUAN MABROMATA

A Argentina criticou duramente nesta sexta-feira os exercícios militares, incluindo testes de mísseis, realizados pelo Reino Unido nas Ilhas Malvinas, arquipélago do Atlântico Sul sob domínio britânico e cuja soberania é reivindicada pelo país vizinho.
“A Argentina rejeita nos termos mais fortes a realização de manobras militares, e o lançamento de mísseis em particular, em território argentino ilegitimamente ocupado pelo Reino Unido”, declarou o Ministério das Relações Exteriores da Argentino em um comunicado.
EFE/montedo.com

5 respostas

  1. DEFESA ANTI ACESSO, IMPORTÂNCIA DO RIO GRANDE DO SUL
    Artigo publicado no “Jornal do Comércio de Porto Alegre/RS”
    A “defesa antiacesso” do País está intimamente engrazada com a busca do estágio de dissuasão extra regional pelo poder militar. O protagonismo do estado gaúcho nesse contexto sobreleva na medida em que se impõe como a unidade da federação mais ao sul do grande arco estratégico defensivo litorâneo, iniciado no Amapá, concebido para a dissuasão de um desembarque anfíbio em nosso território por “grandes predadores militares” extra regionais. O grupo de artilharia de campanha aquartelado na cidade de Rio Grande tem muito boas condições para, no mais curto prazo, acantonar bateria de foguetes/mísseis AVIBRÁS 1500/2500km, subunidade esta que seria embrionária de futuro grupo Astros II de foguetes e mísseis/GAFM naquela localidade. Esta bateria piloto pode cruzar fogos, recobrindo, para o norte, o setor de outra bateria, também precursora de outro GAFM, esta que precisa ser sediada em Florianópolis.
    Atentar para os seguintes fatos: esse cruzamento de fogos se obtém com a “AVIBRÁS” desenvolvendo, no mais curto prazo, um vetor de respeito com alcance de até 1500/2500 km, para permitir o recobrimento dos setores de tiro bem distante da linha do litoral/costa, não com alcance/carga fajutos de 300km/200 kg do ínfimo míssil AVMATADOR (de mosquitos), mas, sim, de pelo menos 1500 km/500kg; as baterias instaladas em Rio Grande e Florianópolis precisam constituir a sentinela avançada na região sul do País até sua evolução para os respectivos GAFM previstos no projeto Astros II, um dos sete ditos “estratégicos” pelo EB para efeito do binômio dissuasão extra regional/defesa antiacesso. Este projeto, que sobreleva como o mais importante e de prioridade “um” na distribuição de recursos, precisa priorizar a linha de montagem deste meio de lançamento ao invés da entrega de viaturas blindadas “Guarany” que só serão utilizadas se o inimigo lograr passar pela barragem de fogo da artilharia alada.
    Uma bateria em Rio Grande, no seu semiarco de amplitude meridional, permite cobrir para o cone sul região de onde não se vislumbra ameaças à nossa soberania, haja vista os interesses comuns dos países limítrofes, dentro do contexto do MERCOSUL, o que não ocorre no teatro de operações navais do Atlântico Sul, de passado ameaçador como o vivido pelo Brasil durante a chamada Guerra da Lagosta em 1963 contra a França, e tenebroso, como o sofrido pela Argentina no conflito envolvendo as Ilhas Malvinas em 1982. Com certeza, tivessem os “HERMANOS” mísseis com alcance mínimo de 1500 km e a esquadra de sua majestade britânica não se aventuraria no entorno do arquipélago das FALKLAND, distante em torno de apenas 500 km da Patagônia. Em verdade, o incremento de meios variados de apoio de fogo na cidade gaúcha só faz aumentar o protagonismo do estado na participação da defesa do País, inclusive podendo bater alvos que, do mar, ameacem os vizinhos.
    Paulo Ricardo da Rocha Paiva
    Coronel de Infantaria e Estado-Maior

  2. Imagina se um país da América do Sul quisesse manter a posse de alguma ilha próxima do Reino Unido? Teria alguma chance? E aqui no Atlântico Sul, valeu a doutrina Monroe, cuja lema é “América para os americanos”? E o TIAR, que foi ignorado? Assim é senhores, em algumas situações, tratados simplesmente não são respeitados. Então, se não tiver estrutura, procure solucionar seus conflitos de interesse por meios diplomáticos, pois a suposta ajuda emanada por acordos e similares pode não acontecer. Serve de lição para governantes inaptos, que acham que podem pela força impor sua vontade, mesmo correndo sério risco de mergulhar o país numa crise sem precedentes. Foi o que aconteceu na Argentina.

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