Pandemia leva colapso até às UTIs do Hospital Militar de Campo Grande

HOSPITAL MILITAR DE CAMPO GRANDE

Do total de 20 leitos, dezoito são para militares e parentes com covid-19

Aline dos Santos
O avanço da pandemia deixou em colapso o Hospital Militar em Campo Grande, destinado a militares e parentes. Na última terça-feira (dia 6), a taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) covid era de 157%, portanto acima de 90% e em colapso.
O Hospital Militar de Área de Campo Grande tinha sete leitos de UTI previstos, mas o quadro mostra que são 18 pacientes, portanto, onze a mais do que a capacidade. Foram abertos 13 leitos emergenciais. Do total de 20, sete previstos mais 13 emergenciais, somente dois atendem pessoas sem a doença.
A situação dos leitos clínicos chega a taxa de 78% na unidade hospitalar, onde bandeira vermelha sinaliza colapso iminente. Essa taxa de ocupação vai na contramão de outras unidades pelo Brasil, onde capitais como Florianópolis (Santa Catarina) e Curitiba (Paraná) têm taxa abaixo de 20%, o que provocou críticas e polêmicas por não abrirem as portas para o SUS (Sistema Único de Saúde).
Em Mato Grosso do Sul, o avanço da pandemia impediu que o Exército colaborasse fornecendo profissionais para atuar na rede pública.
De acordo com o coordenador do Comitê Estadual do Judiciário para Saúde, desembargador Nélio Stábile, foi feito pedido de ajuda ao CMO (Comando Militar do Oeste) para cessão de profissionais de Saúde. “A resposta foi de que, infelizmente, não tinha possibilidade porque atendem 60 mil pessoas em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, entre militares e familiares”, afirma.
No dia 17 de março, o ministro Benjamin Zymler, do TCU (Tribunal de Contas da União), determinou aos Ministério da Defesa e aos comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica que divulgasse informações sobre a ocupação dos leitos.
Segundo o tribunal, a liminar possibilita ao Ministério da Saúde e secretarias estaduais de Saúde a disponibilização diária de dados, discriminando o quantitativo total de leitos clínicos e de UTI, bem como a taxa de ocupação de cada um, e destacando entre ambos aqueles dedicados ao tratamento da covid-19 e os de atendimento geral.
Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), foi enviado ofício ao Exército, com cadastro do profissional que faria a inserção dos dados, mas a estatística de ocupação dos leitos nunca foi informada.
A reportagem questionou o CMO sobre a taxa de ocupação e possibilidade de abertura de mais leitos, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
CAMPO GRANDE NEWS/montedo.com

3 respostas

  1. Enquanto as vagas estão de UTI estão se abreviando, os TAF’s da vida continuam. Refeitórios lotados com militares conversando e sorrindo. Alguns lugares o expediente é dia sim, dia não mas a prioridade é a missão. Teletrabalho só no Boletim Interno e na vida real expediente normal. Quero ver quando o militar em teletrabalho falecer indo pra o expediente ou um dependente seu com comorbidade perder a vida, o que vai ser alegado.

    1. Amigo. Cada caso é um caso. Sei que existem OMs que nao estão respeitando o DISTANCIAMENTO correto enquanto em outras o cmt e seu EM cobram até demais. Uma coisa é certa T O D O S sabem o que tem que ser feita dai a fazer o certo é outra história.
      Sawubona

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