Hospital do Exército em Fortaleza está com UTIs para Covid colapsadas e enfermarias no limite

Imagem: HGeF

Divulgação dos dados pelas Forças Armadas ocorreu após determinação do Tribunal de Contas da União.

Cadu Freitas, G1 CE
A única unidade hospitalar do Exército Brasileiro em Fortaleza está com UTIs colapsadas em função da pandemia de Covid-19. Já as enfermarias do Hospital Geral de Fortaleza (HGeF) estão trabalhando no limite.
Os dados foram obtidos após o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar que o Ministério da Defesa divulgasse os números de ocupação de leitos por suspeita de que as unidades estariam com vagas, as quais não poderiam ser utilizadas por civis.
O plenário do TCU determinou, no fim do mês de março, a divulgação dos dados pormenorizados em todo o Brasil após a existência de indícios de que as unidades hospitalares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica estavam operando com capacidade reduzida de internados por Covid-19 durante a segunda onda que atinge o Brasil.
O Ministério da Defesa rebateu as suspeitas, em nota, e disse que “a grande maioria dos hospitais militares está com quase todos os leitos de UTI ocupados” e acrescentou que muitos deles “têm frequentemente removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso”.
A pasta ainda afirmou que as unidades não fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS) e atendem 1,8 milhão de usuários, entre eles militares da ativa, inativos, dependentes e pensionistas.

111% de ocupação de UTIs
Os dados da Diretoria de Saúde (Dsau) do Exército apontam que, até às 14h06 dessa quinta-feira (8), os leitos de UTI do HGeF estavam com ocupação de 111%. Os números mostram que há 10 leitos voltados exclusivamente para o tratamento da Covid-19, os quais estão totalmente ocupados com pacientes em estado mais grave.
As enfermarias do hospital, por sua vez, operam em uma situação considerada pela Dsau como “no limite”. São 29 leitos voltados ao tratamento da doença provocada pelo coronavírus e 10 para outros pacientes; desse total, 72% estão ocupados.
Já no Hospital da Base Aérea de Fortaleza, gerenciado pela Aeronáutica, não há leitos de UTI para pacientes com a infecção viral. A unidade dispõe de três leitos de enfermaria exclusivos para positivados com a doença e nove não-Covid. De acordo com a Diretoria de Saúde da força militar, 33,33% dos leitos-Covid estavam ocupados até às 10h40 desta sexta (9).
A Marinha não têm hospitais militares no Ceará.

Veja os números:

Ocupação de leitos em hospitais militares do Ceará

HGeF (Exército) ES-FZ (Aeronáutica)
Leitos de enfermaria (totais) 39 12
Leitos de enfermaria (Covid) 29 3
Ocupação enfermaria (Covid) 72% 33,33%
Leitos de UTI (totais) 13 0
Leitos de UTI (Covid) 10 0
Ocupação UTI (Covid) 111% 0

G1/montedo.com

6 respostas

  1. O presidente tá cordeirinho a esquerda tá deitando e rolando e as FA ficando em evidência, do jeito que tá 2022 o Lula volta

  2. Enquanto isto nas OMs estão com expediente funcionando todos os dias e a todo vapor…. As seções cheias de militares, instruções rolando normalmente e cheio de aglomerações… Está tendo TFM, TAF, marchas, formaturas para todo o efetivo e o máximo que está sendo cobrado é o uso da máscara, apenas isto como de o uso apenas deste material fosse proteger 100% quem vive se aglomerando…. É fato também que os militares ficam expostos, pois rolando incorporação de recrutas não sabemos ao certo se algum deles pode estar portando o vírus, lembrando que ano passado em várias OMs, a tropa havia feito exame para Covid, mas com a entrada este ano dos conscritos, a mesma fica desprotegida… O uso da máscara está servindo apenas de ponte de aparência política para nossos chefes que desejam ficar bem sobre a opinião pública e nada mais que isto…. Só pensam em imagem!

    1. Então esses caras em aviões transportando insumos para atender populações distantes, em embarcações transportando oxigênio e alimentos, e no transporte terrestre levando vacinas, alimentos e remédios, construindo e reformando rodovias, ferrovias e aeroportos, são tudo propaganda enganosa, fake news?

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