Entre Bolsonaro e Lula, estrelados preferem alternativa de centro

ESTRELAS DE GENERAL US ARMY

Militares renomados pregam alternativa política de centro
Generais da reserva muito ouvidos na caserna se articulam para apoiar alguém à margem dos antagonistas Lula e Bolsonaro

HUMBERTO TREZZI
O tom das manifestações começou a aumentar quando o Supremo Tribunal Federal (STF), ainda em decisão provisória, decidiu anular condenações judiciais recebidas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Vários generais importantes, embora na reserva, que até então estavam apenas estremecidos na sua relação com o presidente Jair Bolsonaro, também criticaram a atitude do Supremo.
E o alarido entre os militares de pijama aumentou ainda mais quando surgiram pesquisas de opinião que mostram Lula e Bolsonaro como favoritos para a eleição presidencial de 2022. Um dos primeiros a escrever um texto contrário a esse plebiscito, Bolsonaro X PT, foi o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro do atual governo e atual opositor das práticas do presidente. Em conversa com este colunista, ele reafirmou a ideia de que os brasileiros devem ter um candidato situado ao centro do espectro ideológico para votar.
— Um grupo se perdeu na corrupção, o outro não sabe governar — resume Santos Cruz, em referência direta aos governos de Lula e Bolsonaro.
Políticos simpáticos a Lula até cogitam sondar Santos Cruz sobre seus rumos, mas ele descarta aproximação com o PT ou com Bolsonaro. Não desconsidera, porém, voos eleitorais. Há quem sonhe com ele como vice numa chapa de centro.
Não se trata de uma manifestação solitária. Reflete o pensamento de parcela significativa de militares da ativa. Apesar de proibidos de emitir publicamente opiniões políticas, eles conversam muito, sobretudo em correntes de WhatsApp. E a voz deles sai pela boca dos reservistas.
É o caso do general Paulo Chagas, que na última eleição fez 110 mil votos para governador do Distrito Federal (não se elegeu) e apoiou Bolsonaro a presidente. Ele descarta repetir seu voto. Tuitou, em 3 de março, sem meias palavras:
— Há quem diga que não devo criticar o presidente Bolsonaro porque não temos outro capaz de liderar a direita. Ora, se entre 200 milhões de brasileiros só encontramos um narcisista deslumbrado, trapalhão e que não cumpre o que promete para nos liderar, é porque a direita não está preparada para mudar o Brasil.
O jornal O Globo ouviu outros militares, recentemente. Um deles é Maynard Santa Rosa, que ocupou a Secretaria de Assuntos Estratégicos até novembro de 2019. Ele considera que o PT seria um retrocesso inaceitável, mas que Bolsonaro “não conseguiu honrar o próprio discurso”.
O certo é que os militares, que ocupam seis mil cargos comissionados na gestão Bolsonaro e foram fundamentais para sua eleição, começam a temer os efeitos do desgaste governamental. O depoimento dos generais da reserva, todos ex-eleitores do presidente, mostra isso.
GAÚCHAZH/montedo.com

8 respostas

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    esse trezi é uma baita de um lulopetista junto com o lixo zero hora.
    trezi esqueceu de ouvir o povo- que é quem vota realmente

  2. Não precisa ser General para saber que Bolsonaro e Lula não dá né. Cada um dos dois tem os seus jumentos admiradores (com todo respeito aos jumentos, pois estes são inteligentes), mas em 2022 precisamos urgente de uma terceira via.

  3. Na boa, qual a real significância tem algum aval do clube do bolinha ‘código de honra 4 estrelas’ nas eleições de 2022.

    Quanta baboseira sem importância se dá a opinião desses banana de pijamas, principalmente, dos da Reserva numa eleição geral como a para presidente.

    O seu João e Dona Maia, das periferias brasileiras afora, estão na expectativa imensa na próxima possante notinha do clube militar do RJ (brincadeira).

    Fala sério, esses caras não mandam nem na casa deles, quanto mais na Reserva e influenciar alguém em quem votar (Jesus!).

    Tirando o general Santos Cruz, toda a opinião dos outros é totalmente insignificante.

    O que falta a esses moços e cair na real de seus insignificantes pijamas da reserva.

    Mito 2022. Ave Jair! O Messias.

  4. Se estivessem interessados mesmo em não haver desgaste governamental, que é uma ferocidade midiática desde a campanha de 2018, estariam apoiando as reformas administrativa, tributária e politica, pressionando congressistas, e não ecoando as narrativas dos mídias que deram bilhões ao governo em economia publicitária.

    É só hipocrisia! Nadam conforma a correnteza da maré. O que seria um candidato do centro? O que estamos vendo agora, cavalos de Tróia? Tudo a ser como era antes? O que dizem dos decretos de prefeitos e governadores desapropriando bens móveis e imóveis? É Bolsonaro que está mandando?

    Não são capazes de medir as privatizações que foram feitas, reduzindo influencia politica em estatais? Não há valor na reversão dos prejuízos das estatais em lucro espetacular? Não avaliam as obras em infra estrutura, portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias, transposição do São Francisco como promessas de campanha que estão sendo cumpridas?

    Lendo essas reportagens acompanhadas de “supostas” manifestações de pensamentos das elites é de se concluir a miséria intelectual em que estamos mergulhados, tudo se traduzindo em um infernal sistema de insegurança jurídica. Mas tenho certeza absoluta que o interesse econômico e financeiro e poder de decidir estão gritando mais alto.

  5. Não existe centro, ou você é esquerda ou direita. No caso dos melancias serão sempre de esquerda. Mas na lei da nova reestruturação mostraram sua verdadeira face.

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