Demissão de ministro da Defesa é vista como pressão de Bolsonaro por maior influência nos quartéis

IMAGEM - Bolsonaro: a população o vê mais como militar do que como civil Marcos Corrêa/PR; Alan Santos/PR; Getty Images/.

Gerson Camarotti
A saída do general Fernando Azevedo e Silva do comando do Ministério da Defesa foi recebida com preocupação por integrantes da ativa e da reserva das Forças Armadas e como algo além de uma troca para acomodação de espaços no primeiro escalão do governo.
Ao Blog, um general da reserva enxergou o movimento que levou à demissão de Azevedo e Silva como um sinal do presidente Jair Bolsonaro de que deseja ter maior influência política nos quartéis.
No Exército, os nomes mais fortes para assumir o Ministério da Defesa são os dos ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), ambos generais. Isso abriria espaço para uma composição política com Centrão em um cargo palaciano.
Nas palavras de um interlocutor próximo do general Fernando Azevedo e Silva, Bolsonaro pressionava por um engajamento maior das Forças Armadas no governo.
A maior preocupação nos comandos das Forças Armadas é com o movimento de politização dos quartéis.
Em novembro do ano passado, o comandante do Exército, Edson Pujol, afirmou que os militares não querem “fazer parte da política, muito menos deixar a política entrar nos quartéis”.
Na ocasião, o vice-presidente Hamilton Morão, também um general quatro estrelas da reserva, reforçou essa posição de Pujol em conversa com o Blog.
Mourão ressaltou na ocasião que a política nos quartéis acaba com a disciplina e com a hierarquia.
“[Pujol] verbalizou o nosso modo de pensar. Não admitimos política nos quartéis, pois isso acaba com os pilares básicos da instituição — a disciplina e a hierarquia”, disse Mourão em novembro.
Integrantes do alto escalão das Forças Armadas avaliam como perigosas manifestações do presidente que possam estimular quebra de hierarquia, um dos pilares fundamentais da organização dos militares.
Manifestações constantes de Bolsonaro têm causado grande mal-estar entre militares.
Recentemente, o presidente afirmou: “O meu Exército não vai para a rua obrigar o povo a ficar em casa”. Ele deu a declaração em contraponto às medidas restritivas adotadas pelos estados.
G1/montedo.com

13 respostas

  1. Pazu, Pazu, Pazu, Pazu, Pazu, Pazu pra Comandante do Exército.

    E arRego Barros pra Ministro da Defesa.

    E, Comandantes Militares de Área, Sargentos do QE e QESA.

    Agora vai.

  2. A saída do Ministro da Defesa foi muito importante, parece que ele não estava sintonizado com o Presidente, ele tinha que saber que Ministro é um cargo político e de confiança do Presidente da República, uma simples canetada o demitiu, muito merecida a demissão, que o PR coloque alguém de sua confiança e que seja ativo, O Presidente da República é o Comandante Supremo da Forças Armadas, não quer um Ministro da Defesa indiferente. O próximo a cair será o Comandante do Exército por sua indiferença.

  3. Estamos na época de ministros descartáveis.

    Tomada de decisões, discussões sobre propostas diversas e auxílio governamental estão entre os afazeres dos ministérios. Afinal, nenhum presidente da república governa o país sozinho. Em uma analogia básica, seria como se a presidência fosse uma empresa e os ministérios agissem como cada um de seus departamentos. Desta forma, cada presidenciável tem o direito de constituir ou destituir ministérios.

  4. Bolsonaro quer mais influencia no quartel… ele tem é que ser presidente, político não tem que ter influencia nenhuma no quartel… tem é que se virar em comprar as vacinas que ele mesmo falou que nao compraria da china na radio jovem pan.

    Quisesse mandar em quartel era so ter estudado, ter saido bem classificado na aman, ter feito eceme, nao ter um pessimo conceito, nao ter tomado duas prisoes disciplinares e nao ter sido declarado indigno ao oficialato pelo conselho, decisão apenas revertida por apertada maioria no stm.

    Sai dai!!!

  5. Em que artigo da CF está escrito que o comandante supremo das FFAA tem que pedir permissão para trocar ministros.
    Até hoje só os que são vitalícios são os do stf, ironia o presidente escolhe, mas não pode mais tirar. “notório saber jurídico”.
    À Corda Brasileiros Honestos e Patriotas.

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