Bolsonaro está estudando mudança, mas fico até uma decisão, diz Pazuello

O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, durante uma cerimônia de hasteamento de bandeira em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília Adriano Machado/Reuters


Thaís Augusto e Natália Lázaro
Do UOL, em São Paulo e em Brasília

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, admitiu que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pretende reformular a pasta e que pode deixar o cargo a “curto, médio ou longo prazo”. Em coletiva de imprensa, ele afirmou que seguirá com os trabalhos até que o Executivo oficialize a decisão.
“Um dia sim [deixar o cargo], pode ser curto, médio ou a longo prazo. O presidente está na tratativa de reorganizar o ministério. Enquanto isso não for definido, vida segue normal”, disse. “Eu não vou pedir pra ir embora, não é da minha característica”.
Pazuello também negou estar com problemas de saúde —informação divulgada anteriormente. “Eu não estou doente, eu não pedi pra sair e nenhum de nós no nosso executivo está com problema algum. Nós estamos trabalhando focados na missão. Quando o presidente tomar sua decisão, faremos uma transição correta como manda o figurino”, seguiu.
Questionado pelos jornalistas, ele foi claro na intenção de retirada do cargo pelo Planalto: “O presidente sim está pensando na substituição, está pensando em nomes”, disse, ao contar que conversou com ele e a médica Ludmila, que foi convidada a assumir a pasta, mas negou a proposta.
Ontem, fontes do Ministério da Saúde informaram ao UOL que Pazuello pediu demissão do cargo.
Pazuello vem sofrendo o desgaste causado pelo pior momento da pandemia no país, com o colapso nos sistemas de saúde de vários estados, recordes seguidos de mortes diárias e cronograma incerto da chegada de vacinas. Segundo apuração do UOL, Bolsonaro não queria fazer a troca na pasta, mas vem sendo pressionado por parlamentares do centrão e auxiliares.
Apesar de Pazuello receber o apoio de Bolsonaro, nem sempre foi assim. Em outubro do ano passado, ele foi publicamente desautorizado pelo presidente depois de anunciar protocolo de compra para 46 milhões de doses da CoronaVac, o que gerou crise dentro do Ministério da Saúde.
A decisão de Pazuello irritou Bolsonaro, que anunciou que o governo não compraria a vacina e chegou a dizer que o medicamento não transmite segurança “pela sua origem”. Dias depois, em live, Pazuello minimizou a crise dizendo que “um manda, outro obedece”.
UOL/montedo.com

8 respostas

  1. Olha a situação! Guedes aciona Congresso para evitar falta de dinheiro para salários Diante do atraso na aprovação do Orçamento de 2021, o governo Jair Bolsonaro enviou ao Congresso nesta segunda, 15, projeto que visa a destravar recursos para pagar o funcionalismo e custear serviços públicos essenciais.

    A proposta da equipe de Paulo Guedes visa livrar parte de um montante de R$ 453,7 bilhões da chamada regra de ouro, que impede o Executivo de fazer dívidas para pagar despesas correntes.

  2. Exército licita compras de soldados de brinquedo, espetos e canetas a R$ 81 O Exército brasileiro abriu um edital de intenção de compras para serem adquiridos produtos de fotografia e brindes. Entretanto, há no meio da relação de itens, produtos como soldados de brinquedo, espetos para churrasco e canetas de até R$ 81 a unidade.

    As propostas das empresas interessadas começaram no dia 11 deste mês. O pregão seria realizado no dia 23. A unidade do exército que abriu o edital de pregão eletrônico é o 2º Batalhão Ferroviário, de Araguari (MG). Os soldados, conforme a descrição do documento, precisam estar armados com fuzil, mochila e capacete feito em resina, além de estar sobre uma base com espaço para uma placa de gravação em metal. O pedido publicado consta 100 unidades de 15 centímetros e as outras 100 unidades de 19 centímetros. O valor unitário é de R$ 408,67, o que somando só para os soldados de brinquedos o valor gasto seria de R$ 81.734,00.

    Já para o espeto foi pedido 110 unidades com valor total de R$ 18.455,80. As canetas esferográficas de R$ 81 por unidade deveriam ter revestimento em couro sintético. Deste modelo são solicitadas 100 unidades.

    Ao UOL, o Exército disse que o documento publicado seria apenas “aviso de intenção de uma Ata de Registro de Preços, mas que foi revogado em menos de 24 horas depois do lançamento”.

    Segundo o comunicado do Exército, a medida foi tomada “por iniciativa da própria unidade militar, em função da necessidade de revisão e ajustes”. A nota diz ainda que não houve a abertura do pregão. Entretanto, o conteúdo enviado para a reportagem não explica o porquê dos itens e nem a justificativa de preços listados.

  3. Que situação o Pazuelo se meteu. O presidente e os ministros tem foro no STF. Se o Pazuelo for demitido, seu processo vai para a justiça primeiro grau.

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