Imagem de militares no governo ajuda Bolsonaro nas urnas, aponta pesquisa

IMAGEM - Bolsonaro: a população o vê mais como militar do que como civil Marcos Corrêa/PR; Alan Santos/PR; Getty Images/.

Levantamento inédito revela por que o presidente adotou a estratégia de ampliar a presença de integrantes das Forças Armadas em seu governo

Thiago Bronzatto
Com a popularidade estremecida, Jair Bolsonaro tem ampliado o espaço de militares em seu governo. Desde a redemocratização, nunca foi tão grande a presença de representantes das Forças Armadas no Poder Executivo. Esse movimento é calculado, conforme mostra reportagem de VEJA desta edição. Um levantamento inédito do Instituto Paraná Pesquisas revela que o resultado da parceria entre o presidente e a caserna se reverte em votos. Para 40,3% dos entrevistados, a presença de integrantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha na máquina pública tem uma influência positiva nas urnas, enquanto 34,7% apontaram essa condição como um fator negativo. “A gestão de Bolsonaro absorve a força da imagem dos militares e isso se reverte em pontos positivos com os eleitores”, avalia Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas.
A crise provocada pela pandemia da Covid-19 levou o presidente a ampliar o raio de influência de militares. Um exemplo disso ocorreu na Petrobras, com a substituição do economista Roberto Castello Branco, uma indicação do ministro Paulo Guedes, pelo general da reserva João Silva e Luna, diretor-geral da Itaipu Binacional. De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), a quantidade de membros das Forças Armadas em cargos comissionados na administração passou de 1.934, em 2018, para 2.643, em 2020. Já o Ministério da Defesa registra que atualmente há 3.314 militares despachando no Executivo, sendo 1.881 integrantes do Exército, 731 da Aeronáutica e 702 da Marinha. Dos 23 ministros de Estado, nove têm formação militar e ocupam pastas estratégicas como a Casa Civil (general Braga Netto), Minas e Energia (almirante Bento Albuquerque) e Saúde (general Eduardo Pazuello).
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno, é um exemplo de que o quepe está em alta. No último dia 4 de fevereiro, o militar foi ovacionado por apoiadores de Bolsonaro durante uma visita oficial à cidade de Cascavel, no Paraná. Os admiradores pediram para tirar uma foto com Heleno, que reúne um séquito de mais de dois milhões de seguidores em suas redes sociais. O general comandou a missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, mas ficou conhecido para valer após ingressar no mundo político como principal conselheiro palaciano.
“A transferência da credibilidade das Forças Armadas para o governo influenciou também na forma como as pessoas veem o presidente”, explica Hidalgo. De acordo com o levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, 56,9% dos entrevistados enxergam Bolsonaro mais como militar do que como civil. Cultivar essa imagem é uma estratégia utilizada por Bolsonaro para associar o seu governo à popularidade das Forças Armadas. “O governo Bolsonaro não teve ainda nenhum escândalo de corrupção. Isso, de certa forma, é creditado pela população à atuação de militares em postos-chave”, conclui Hidalgo.
Veja/montedo.com

13 respostas

  1. O Governo vai bem na política econômica mesmo com tanta oposição…os estados, segundo jornalista da CNN, onde é citado um, equilibrou as finanças com a transferência de parte da grana para outros setores que era inicialmente da saúde….se é verdade….só a PF, MP e o STF podem condenar…os estados dizem que querem licitar e comprar vacinas mas o Governo Federal paga…não é fácil…agora nÓs brasileiros temos que usar máscaras, álcool etc e se vacinar…acho até que o tratamento preliminar contra Covid deveria ser feito, PERGUNTE a 5 médicos e vc verá várias opiniões…a COVID tem levado a morte pessoas de todos os níveis sociais e financeiros…nos hospitais particulares mais caros aos simples do município..ASSIM, acho que no momento se deveria achar uma maneira de gerar uma certa unidade nos procedimentos.. O lockdown está acabando com muitas fontes de renda de muitos…mas em conversas com pessoas que trabalham em empresas há muita gente infectada…setores em situação crítica por falta de funcionários..assim o meio termo que não é COMUM ENTRE POLÍTICOS IDEOLOGICAMENTR DIFERENTES E QUE, ME PERDOEM , PARECEM LUTAR PELO PODER, NÃO CHEGAM A CONSENSO NENHUM E O POVO SE LASCA….orando

    1. Realmente, vendo o que você escreveu Eduardo, não sei em que país você vive.
      Pior cego é aquele que não quer ver.
      Continue Orando, quem sabe assim possa obter o esclarecimento.

  2. Tem que se analisar o seguinte:
    Não quer dizer que esses 40,3% que acham a uma influência positiva nas urnas, votarão em bolsonaro, enquanto que 34,7% que apontaram essa condição como um fator negativo, com certeza não votaram nele, logo ele não se reelegerá facilmente e para tentar conseguir isso, terá que aumentar ainda mais o seu “toma lá cá dá”. Podem anotar.

  3. Paraná pesquisas é o novo IBOPE. Com a popularidade estremecida?

    #VOTOIMPRESSO com recontagem e conferencia com o resultado das urnas.
    Chega de incertezas e influencias externas.

    1. Presidente não tem institutos de pesquisas. Desde o inicio desse governo as pesquisas não param. É certo que jogarão com elas para tentar eleger um candidato das quadrilhas.

  4. Toque de recolher, trabalhadores ambulantes sendo algemados pela polícia ao tentarem, honestamente, trabalhar, confinamento das pessoas em casa, empresas sendo obrigadas à fecharem as portas…muitas falências, desemprego, desespero de pais de família e aumento da pobreza! A culpa é do Bolsonaro? Lógico que não! São dos “novos ditadores” civis! Governadores e prefeitos que agem como imperadores! Prestarem contas de onde aplicaram as verbas federais, para combater a covid, nem passa na cabeça destas “excelências”! E ainda querem culpar o governo federal! E estados e municípios estão com os cofres cheios! Este país está se aproximando, perigosamente, de uma fragmentação territorial! E nossos ilustres chefes militares não percebem o perigo deste poder todo dado aos governadores em detrimento do poder do presidente da república! Deste jeito não vamos virar uma Venezuela mas 27 republiquetas piores ainda! Alguém tem que fazer alguma coisa!

    1. Quem foi que falou que era uma gripezinha? Quem receitou todo tipo de porcaria não comprovada pela ciência? Quem foi que provocou aglomeração? E que agora não usa nem máscara?

      1. Ih… pare com essas narrativas idiotas. Vai estudar ou pesquisar, camarada. O mundo todo está usando a Ivermectina e HCQ como profilático. Derrubaram o Trump e começaram a usar a Ivermectina nos EUA. Antes, com Trump, não podia. Nenhuma vacina cura, nenhum remédio cura um sistema imunológico fragilizado por faltas de banhos de sol que foram proibidos para não causar “câncer de pele”. Quer usar máscaras? Use. Quer ficar em casa? Fique. Tua grana tá garantida?

  5. Infelizmente tudo ta do mesmo jeito que temer deixou. Gasolina,diesel, cesta básica, remédio, água, energia elétrica. Ficamos sem opções pra 2022. Voltei em Bolsonaro pra as coisas melhorar e não estou vendo isso acontecer.

    1. Não havia pandemia no governo Temer embora a JBS com o MPF tenham tentado derrubá-lo com a Globo e o Janot. Já foi gasto R$ 1 trilhão na pandemia que poderia trazer outros benefícios para a população.

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