Gripen inicia ensaios em voo supersônico no Brasil

Em Linkoping, na manhã de 26 Agosto, a primeira aeronave, Gripen BR realiza o seu primeiro voo Foto SAAB

GUILHERME WILTGEN
O novo caça da Força Aérea Brasileira, F-39 E Gripen, iniciou a fase de ensaios em voo supersônico no Brasil. A aeronave, que está no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC, da sigla em inglês) nas instalações da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), tem realizado essas atividades nas áreas de teste designadas a noroeste da base. Todos os voos seguem procedimentos definidos pelas autoridades e são realizados em grandes altitudes, acima de 5 mil metros.
Esses voos, realizados pela Saab, são essenciais para testar o desempenho e as funções da nova aeronave, para dar continuidade aos procedimentos de certificação e aceitação da aeronave, que chegou ao Brasil em setembro de 2020.
O Gripen realizará voos supersônicos durante os próximos meses. Voar mais rápido do que a velocidade do som cria uma onda sonora diferente, um estrondo sônico, que pode parecer mais um trovão do que uma aeronave passando. É possível que os moradores da região ouçam esse barulho durante os testes com o novo caça brasileiro. Temos o cuidado de garantir que esses voos supersônicos sejam realizados em áreas de teste designadas, em coordenação com as autoridades aeronáuticas conforme os procedimentos da Força Aérea Brasileira”, explica Sven Larsson, head do Centro de Ensaios em Voo do Gripen, da Saab.
As atividades no Brasil incluem testes de sistemas de controle de voo e sistemas climáticos. Também tem como objetivo testar a aeronave no clima tropical. Características únicas das aeronaves brasileiras, como integração de armamentos e sistema de comunicação Link BR2 – que fornece dados criptografados e comunicação de voz entre as aeronaves – também serão testadas no Brasil.

O Programa Gripen
A parceria com o Brasil começou em 2014, com um contrato para o desenvolvimento e produção de 36 aeronaves Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira, incluindo sistemas, suporte e equipamentos. Um amplo programa de transferência de tecnologia, que está sendo executado em um período de dez anos, está impulsionando o desenvolvimento da indústria aeronáutica local por meio das empresas parceiras que participam do programa Gripen Brasileiro.
No decorrer desse período, mais de 350 técnicos e engenheiros brasileiros estão participando de treinamentos teóricos e práticos, na Suécia, para adquirirem o conhecimento necessário para a execução das mesmas tarefas no Brasil. Até o momento, mais de 230 profissionais já concluíram os cursos e a maior parte deles está de volta ao País trabalhando no Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design and Development Network).
O GFTC e o GDDN fazem parte da transferência de tecnologia do Programa Gripen, e são essenciais nas atividades conjuntas da Saab e da Embraer que visam construir os procedimentos e a capacidade de desenvolver e testar novos recursos durante o ciclo de vida do Gripen na FAB.
Defesa Aérea & Naval/montedo.com

4 respostas

  1. Tinham que fabricar uns duzentos caças deste, ampliar o alcance do nosso míssil de cruzeiro, implantar sistemas antiaéreos avançados e, principalmente, desenvolver armas nucleares para dissuadir grandes potências.

  2. 9) CPUNA/BOLETIM 123-2020
    PENSANDO A DEFESA DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO
    Artigo publicado na “Revista Sociedade Militar”
    _ Em verdade, um mapa em inglês revela nossa vulnerabilidade no caso da realização de bombardeios cirúrgicos por parte dos “grandes predadores militares”, existindo outro, na mesma língua, com a localização das sedes de todas as tropas do EB aquarteladas na área do CMA. Uma verdadeira profanação de “casa de irene”, exigindo, no mínimo, um planejamento de locais de muda e suplementares para se furtar à uma destruição prematura, tanto dos quartéis como, também, das bases aéreas.
    _ O principal vetor de defesa da FAB, até a chegada dos GRIPEN, é o F5, NORTHROP F-5E TIGER II, modernizado pela EMBRAER com aviônicos israelenses da ELBIT. O F-5E ganhou sobrevida depois de modernizado, mas ainda tem sérias limitações, como pequeno raio de ação com carga bélica e velocidade máxima de apenas MACH 1.6. Sua vantagem reside no seu novo radar e na sua capacidade de engajamento BVR, além do alcance visual, proporcionada pelos mísseis RAFAEL DERBY. Em verdade, este caça está em vias de substituição pelo “GRIPEN” sueco. Sua modernização, todavia, pode ser considerada pela MB posto que, até agora, a FAB ainda nem viu a cor do caça nórdico, isto avaliando que, para a Força Aeronaval, este visual vai custar bem mais ainda, já que precisa sair do chão sem mais delongas, decolando os “F 5” que a FAB for liberando por chegada dos Saab JAS 39.
    _ A Base Aérea de Anápolis, no centro do país, para a defesa de Brasília, não abriga mais a uma dúzia de caças MIRAGE 2000, adquiridos de segunda mão da França. Por um acaso estas aeronaves estão sendo vendidos como sucata? Com tecnologia da década de 1980, a vantagem do caça francês sobre os “F 5” estava na velocidade de MACH 2 e na alta performance em combate, similar à do F-16 americano. Os MIRAGE eram deslocados para outras bases em exercícios da FAB e também tinham, como os “F 5”, capacidade de reabastecimento em voo. Aliás, uma das grandes limitações da FAB é o pequeno número de aviões-tanque, outro problema que ainda persiste.
    – Já os aviões de ataque A-1 AMX passam por um programa de modernização semelhante ao F5, podem exercer uma função de defesa aérea marginal, em teatros de baixas ameaças, mas sua capacidade de combate aéreo é apenas para autodefesa. Muito corretamente foram todos concentrados no Rio Grande do Sul, território praticamente de pouca ou nenhuma ameaça, haja vista a realidade vivenciada hoje pela tríade MERCOSUL/UNASUL/CDS.
    _ Restam os A-29 super tucano, que são os vetores de defesa aérea na fronteira amazônica, contra voos ilícitos feitos por pequenas aeronaves. Nada contra, todavia é preciso levar em conta não que estas aeronaves não representam absolutamente nada em termos de dissuasão extra regional.
    _ O programa F-X 2 é vital para que se possa alcançar um novo patamar de credibilidade na defesa do espaço aéreo brasileiro, já que países vizinhos estão se reequipando com vetores muito mais capazes que os nossos. A Venezuela comprou da Rússia o “SUKHOY”. Qual seria a avaliação, por um piloto da FAB, sobre as vantagens e desvantagens deste sobre o “GRIPEN”, tanto em raio de ação, quanto em capacidade de combate?
    _ A grande conclusão a que se chega é a de que, hoje, agora, no caso de um raide aéreo pela Venezuela, vamos responder muito mal com nossos meios éreos disponíveis. Já no caso de uma incursão alada por parte de um “grande predador militar”, aí sim, a surra vai causar um “Deus nos acuda”!
    Paulo Ricardo da Rocha Paiva
    Coronel de infantaria e Estado-Maior

  3. O Brasil com um vasto território! com imensa riquezas naturais, uma Amazônia verde e outra azul! Solo fértil, agua em abundância, Aquífero Guarani e por ai vai! Não consigo entender porque nós não somos uma Grande Nação em Poderio Militar? Será por que os nossos Generais, Almirantes e Brigadeiros não enxergaram isso? O mundo inteiro está de olho em nossas Riquezas! E para defendera-las precisamos de uma Força Armada próxima ao Estados Unidos, França, Itália, Inglaterra e talvez China ou Rússia! Se gasta com os Políticos e com outras desnecessidades mas com o importante que nos colocaria em uma situação confortável isso ninguém lembra! Irão lembrar somente quando o nosso País for tomado por outras Forças e lógico se continuarmos assim entregaremos a rapadura como diz o ditado popular! Temos que ter centenas de aviões, milhares de Tanques, milhares de canhões, milhares de Militares super preparados e quiçá Bomba atômica! para que sejamos respeitados, essa é a minha opinião própria! Uma FFAA a altura do Brasil! Sonhar não custa nada!

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