Arcebispo Militar do Brasil se nega a participar da Campanha da Fraternidade

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Em uma carta destinada ao Presidente da CNBB e o Núncio Apostólico, Dom Fernando Guimarães fez um alerta exemplar, de que o tempo da Quaresma não é espaço para se dialogar sobre temas polêmicos e contrários à autêntica doutrina de nossa Igreja. Comunicou que seus Capelães Militares não utilizarão o material da Campanha da Fraternidade deste ano, e informou que o valor da coleta será destinado aos pobres.
Como seria bom se todos os bispos honrassem seu juramento, assim como Dom Fernando Guimarães ao emitir esta exemplar nota!
Em uma carta datada de 8 de fevereiro deste ano, Dom Fernando Guimarães, Arcebispo do Ordinário Militar do Brasil, comunicou ao presidente da CNBB e ao Núncio Apostólico suas decisões acerca da polêmica Campanha da Fraternidade de 2021.
Logo no início da carta ele assegura que a Assistência Religiosa às Forças Armadas é ecumênica por natureza, pois precisa lidar constantemente com membros de diversos seguimentos religiosos, contudo ressalta que o diálogo inter-religioso precisa ser feito em sedes competentes e frisa que o tempo da Quaresma não é espaço para se dialogar sobre temas polêmicos e contrários à autêntica doutrina de nossa Igreja.
Ele continua relembrando aos seus irmãos de episcopado sobre o juramento que fizeram, como autênticos Mestres e guardiães do Depósito da Fé, de garantir a ortodoxia da fé seja pregada aos seus fiéis.
Apoiado nisso ele comunicou que no Ordinariado Militar do Brasil, durante a quaresma deste ano, serão seguidas apenas as orientações teológico-litúrgicas próprias do tempo quaresmal e não serão utilizados quaisquer dos materiais produzidos oficialmente para a Campanha da Fraternidade deste ano.
E por fim estabeleceu que todo percentual da coleta que seria destinada à campanha da fraternidade será empregado no socorro dos pobres através de obra social reconhecida pelo Ordinariado Militar.

Leia a carta na íntegra
Brasília, 8 do fevereiro de 2021
Exma. e Revmo.
Dom WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO – Presidente da CNBB
Brasília, DF – (C/C Nunciatura Apostólica no Brasil)
Assunto: Campanha da Fraternidade 2021

Excelência o prezado Irmão,
Com relação à Campanha da Fraternidade de 2021, em consciência, devo declarar o seguinte:
O Serviço de Assistência Religiosa às Forças Armadas e Auxiliar o ecumênico em sua própria natureza e na atuação concreta junto à família militar. Os segmentos católicos, protestante o kardecista, aos quais pertence a maioria dos membros das Forças Armadas, convivem em harmonia e trabalham juntos. Nas celebrações inter-religiosas procuramos insistir sobre os valores comuns, partilhados por todos, e evitamos aqueles temas que são contraditórios ou não aceitos por todas as igrejas e denominações. O diálogo inter-religioso é necessário e oportuno somente quando, no respeito às diversas expressão de fé, é realizado em sedes competentes. A evangelização dos fiéis, no entanto, em qualquer tempo e ainda mais em um tempo especial como é a quaresma católica, não é espaço para se dialogar sobre temas polémicos e contrário à autêntica doutrina de nossa Igreja
Compete aos bispos diocesanos, como autênticos Mestres e guardiães do Depósito da Fé, garantir a ortodoxia da fé que é pregada aos seus diocesanos. Esta missão, objeto de solene juramento por parte de cada um de nós antes de nossa ordenação episcopal, compromete a minha consciência de bispo e a ela jamais poderei renunciar.
Por este motivo, comunico-lhe que no Ordinário Militar do Brasil, durante a quaresma deste ano, seguiremos apenas as orientações teológico-litúrgicas próprias do tempo quaresmal e não serão utilizados quaisquer dos materiais produzidos oficialmente para a Campanha da Fraternidade deste ano. Nossos Capelães Militares estão sendo orientados, coso desejem abordar o tema da mesma, a utilizar unicamente a Fratelli Tutti do Papa Francisco.
Também o percentual da coleta destinado a esta Conferência Episcopal – e repartido com outras entidades promotoras da Campanha – não será enviado e sim, real e efetivamente, empregado no socorro aos pobres, através de obra social reconhecida pelo Ordinariado Militar. Sobre este uso, será meu cuidado prestar contas posteriormente à Presidência.
Em união de oração, pela construção de uma autentica comunhão episcopal,

Dom Fernando Guimarães,
Arcebispo do Ordinário Militar do Brasil
Templário de Maria/montedo.com

24 respostas

  1. Muito bom, trata se de uma Igreja comunista que se escondeu nos 16 anos de roubalheira dos temíveis Ptralhas + 08 anos de PSDB do lobo velho FHC. Foram omissos e agora se manifestam. Bastava falar da Bíblia e pregar a palavra sem politicagem.

    1. Qual tema, camarada? Hipocrisia de quem? A tua? A campanha da Fraternidade deste ano tem lado. O Pe. Julio Lancellotti é comunista de carteirinha. Falar contra armas é também desprestigiar o direito de defesa. Ninguém está falando em armas para sair atirando em tudo o que aparece, mas auto defesa.

      Misturar armas com vacinas é de uma mediocridade muito grande. Apesar de possuir uma das maiores redes assistencialistas do mundo a Igreja deveria não defender a promiscuidade mas a elevação moral das pessoas, o direito de cada um praticar sua religião sem condenar a religião dos outros.

      1. enquanto isso as igrejas pentecostais se infiltram no governo com ministros deputados etc. tenho medo que um dia os fundamentalistas faraocomo os muculmanos

    1. Uma forma excelentíssima de “superar as desigualdades” seria a Igreja dividir suas riquezas? Acaso Jesus pediu para construir templos e ajuntar riquezas quando disse:

      “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?”

    2. Meu irmão o pe. Julio Lancerllotti não tem muita moral pra explicar miuta coisa não! Quer falar de pe. fale do Pe. Paulo Ricardo Azevedo, não desses p’tistas doentes por lulua…

  2. EXCELENTE.

    Esta CNBB é uma vergonha para os católicos.

    Bispos covardes que se vendem ao alvedrio da imprensa, verdadeiros lixos humanos que irão arder no INFERNO…

    1. Como não julgar? esses padres dos movimentos da teoria da libertação só fazem intrigas políticas e onde se metem só vêem com discursos de ódio contra a direita ou contra o nosso Presidente? quem está julgando primeiro? ou eles podem? E ai de vc se tentar expor tuas idéias ideológicas contra o que estâo tentando fazer com o povo, eles vem logo e apagam teu comentário. Aí a gente começa a se questionar o que é realmente verdadeiro. Não é por nada que os fiéis estão largando mão da igreja católica.

          1. Já viu os índices de educação no Brasil, comparados com os índices internacionais? Vc deve ser professor. É por isso que não querem o fim do lockdown.

          2. Ao comentarista abaixo: sou totalmente contrário ao lockdown e, para mim, as escolas nunca deveriam ter sido fechadas! Mas também detesto padrecos comunistas e religiosos que vivem, muito bem, às custas de seus fiéis! Tem esquerdista demais travestido de religioso! Continuo acreditando que seríamos um país melhor com menos igrejas e mais escolas!

        1. Essa foi forte, “messias do Planalto”. Me fez lembrar de Antônio Conselheiro, arraial de Canudos, cujo trajetória é relatada no livro “Os Sertões”, grande obra de Euclides da Cunha, onde um bando de fanáticos liderados pelo dito guia, queria o fim da república.

  3. Se tem uma vida boa são a destes bispos…vivem muito e sem stress à custa de seus fiéis! À muito tempo que não piso em igreja alguma! Rezo em casa…não preciso de “intermediários” para rezar à Deus! Principalmente quando a gente tem que “contribuir” para o trabalho deles…

  4. Não condeno opção sexual ou opção que for, mas o que ocorre hoje, são “lideranças” querendo lhe empurrar de qualquer maneira à fazer parte de algum grupo, cotismo de vitimizados, entre outros que eles defendam e, se não aderir, ou ser contrário, é taxado de todas as pechas possíveis. Como se eu não tivesse o direito de escolher o caminho que devo seguir.

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