Ministro Ramos diz que ‘não se envergonha’ de articular com Centrão e que militares entendem momento

O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, fala em entrevista coletiva no Palácio do Planalto - Ueslei Marcelino/Reuters

Responsável pela articulação política que entregou o comando do Congresso a aliados do Palácio do Planalto, general nega ter entregado cargos ao Centrão em troca de votos

Felipe Frazão, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – Responsável pela articulação política que entregou o comando do Congresso a aliados do Palácio do Planalto, o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, reagiu nesta segunda-feira, dia 8, a críticas sobre a aliança do presidente Jair Bolsonaro com o Centrão. O protagonismo e a vitória eleitoral do ministro, general de Exército da reserva, o fortaleceram no comando da relação com os parlamentares, mas geraram incômodo entre os militares. Um general disse que ele deveria se envergonhar. Mas Ramos rebate e, em entrevista ao Estadão, afirma que oficiais da ativa das Forças Armadas entendem o “momento político” do governo.
“Não me envergonho”, disse o ministro à reportagem. “Não tenho vergonha nenhuma, não. Tomei uma atitude coerente. Meu desprendimento de ter aberto mão da minha carreira no Exército mostra que estou a serviço do País. O governo hoje é do Bolsonaro, mas é do País.”
Para o ministro, os generais da ativa compreendem a situação do governo Bolsonaro, que levou à aliança com partidos do Centrão. O presidente conseguiu, ao abraçar o Centrão, blindar seu mandato de ameaças de impeachment e tenta destravar a própria pauta. Antes, o bloco governista era criticado pelo fisiologismo e chamado de “velha política” pelo presidente na campanha. Chegou a ser associado a “ladrão” no palanque de Bolsonaro, nas palavras do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
“Tenho contato com vários generais, amigos meus, não há isso, não. Eles entendem que é o momento político, que estou cumprindo uma missão. Não há (constrangimento), muito pelo contrário”, afirmou Ramos.
Generais que serviram em cargos de confiança a Bolsonaro no Palácio do Planalto deixaram o governo desprestigiados, passando a uma postura de oposição a diversas frentes do governo, entre eles a gestão da Saúde na pandemia da covid-19. É o caso dos generais Santos Cruz, ministro antecessor na Secretaria de Governo, e Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, então integrante da equipe direta de Ramos.
“Não quero entrar no caminho de criticar a, b ou c. Agora, o general Rêgo Barros trabalhava comigo, estava dando tudo certo, sai e passa a criticar o governo. Santos Cruz trabalhava aqui, (sai) e passa a criticar o governo. Não tenho nada contra. Eles podem fazer isso”, afirmou Ramos.
O ministro Ramos se irritou, especialmente, com declarações do general da reserva do Exército Francisco Mamede de Brito Filho. Eles trabalhavam juntos e tinham bom relacionamento, argumentou o ministro. Brito comandou a 4ª Brigada de Infantaria Leve – Montanha, em Juiz de Fora (MG), enquanto Ramos era seu superior, comandante da 1ª Divisão de Exército, no Rio, em 2014. Em 2019, Brito foi chefe de gabinete no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
Brito afirmou que a quantidade de ministros militares incomoda não só quem está na reserva, mas também na ativa. “A imagem da instituição já está arranhada. Ficam do lado de um governo que comete as barbaridades que estamos presenciando”, afirmou Brito. Ele comentou diretamente o trabalho de Ramos, general quatro estrelas que articulou a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Como mostrou o Estadão, o gabinete de Ramos passou a ser visto como um QG (quartel general) das campanhas do Legislativo, onde eram acertados os repasses de verbas e cargos para o Centrão, o que Ramos nega. Cerca de R$ 3 bilhões em verbas extras foram distribuídas para contemplar 285 parlamentares.
“Não tem como dizer que ele está a serviço do País, ele serve ao governo. Se não se envergonha de ter feito isso, como não se envergonhou em outros eventos passíveis de constrangimento… Eles vão continuar, têm suas motivações”, disse Brito.
O general também lembrou que Bolsonaro prometeu a seus eleitores, em 2018, não ceder ao “toma lá, da cá”, a troca de cargos e verbas federais por votos no Legislativo: “O que está acontecendo agora é mais uma traição às promessas de campanha, mais uma que vai para o ralo. A política do toma lá, da cá é agora praticada de maneira aberta e escancarada. Considero um fato grave e, se eu estivesse no governo, ficaria muito constrangido e certamente estaria pensando em abandonar o barco”.
As declarações desagradaram o ministro de Bolsonaro. Ramos disse repudiar os comentários, que, para ele, expressam “desconhecimento” das funções de ministro. Ele criticou a forma como Brito deixou o Exército, em 2017, no cargo de general de Brigada, sem ser escolhido para promoção.
“O que me incomodou foi um general que trabalhou comigo, sabe meus valores, sabe que sou uma pessoa correta. Se ele acha que meu desempenho está tendo repercussão ruim no Exército, essas atitudes e declarações dele é que estão ficando ruins para ele. Deveria ter mais compromisso com a verdade”, afirmou o ministro. “Ele não tem lastro moral nenhum. Se alguém tem que ter vergonha, no caso, é o general Brito pela maneira como saiu do Exército, ao não ser promovido a general de Divisão. Foi uma grande decepção. Não quis passar o comando.”
Para o ministro, a prova de que ele não tem outras motivações ao permanecer no governo é que decidiu passar à reserva no ano passado, embora pudesse ficar na ativa até o fim deste ano. Houve forte pressão de colegas generais, incomodados com a presença de oficiais em atividade no primeiro escalão ministerial. Além de Ramos, o ministro de Minas e Energia, o almirante Bento Albuquerque, também pediu a reserva na Marinha e agora vê seu cargo cobiçado pela base do governo no Senado. A permanência do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, como general de Divisão na ativa ainda contraria o Alto Comando do Exército.
“Eu pedi reserva exatamente para não dar margem a comentários do tipo que ele fez. Comuniquei minha decisão ao comandante do Exército, o presidente nem era favorável, para que não haja nenhuma ilação como está havendo com Pazuello. Abri mão de estar no Exército por um ano e meio. Brinco que sou um trapezista que mandou tirar a rede de proteção embaixo. Estou ministro de Estado. Se o presidente decidir me trocar, vou para casa. Não tem prova maior de desprendimento do que isso”, afirmou Ramos.
Ele não quis comentar mudanças no governo para abrir espaço ao Centrão, que almeja ministérios e deve atingir ministros de carreira militar.
Como o Estadão mostrou, generais da ativa admitem, reservadamente, a expectativa de que a formação do governo seja de fato alterada. Eles também reconhecem certo constrangimento com a chegada do Centrão à primeira linha do governo, mas ponderam que “ainda é cedo” para saber no que a nova aliança vai dar.
Os oficiais dizem que o presidente estava “emparedado” e foi forçado a buscar amparo político, na base do fisiologismo. Também lembram que não será o primeiro governo a se aliar ao Centrão, apesar das promessas do presidente de não ceder à troca de cargos, e argumentam que o bloco pode dar sustentação à agenda de campanha.
O general de Exército Maynard de Santa Rosa, ex-secretário de Assuntos Estratégicos de Bolsonaro, afirmou que não considera saudável rotular um arranjo político inteiro como corrupto. Reconhece, porém, que existe esse preconceito com o bloco entre os militares. “Só vai ter problema se o Centrão confirmar o preconceito”, disse. “O que acontece fora do Exército não necessariamente influi na tropa, a não ser que haja interesses afetando os dois lados. O que pode afetar é a imagem da instituição na opinião pública.”
ESTADÃO/montedo.com

24 respostas

  1. …”Ramos diz que ‘não se envergonha’ …

    Novidade.
    Disso não temos dúvidas.
    Nós é que ficamos.
    Seu banana de pijamas e Maria Fofocas, segundo ministro Salles do Meio Ambiente.

    A que ponto chegamos ?
    No ponto final.

  2. O Centrão é poder de decisão em várias situações….os deputados foram eleitos pelo povo, democraticamente,….tem poder de veto, de gerar obrigações…não ver a necessidade de dialogar é tolice….agora é realmente difícil pois objetivos e propósitos podem ser ou ter divergências. Orando

  3. Não é se aliar, é ter interesses comuns….por exemplo, 10 casas existem em uma rua fechada, cada casa dá 500 reais por mês por uma segurança privada 24 horas, não importa quem são seus vizinhos…o que importa é que durante o dia e a noite a alguém funcionário de uma empresa provendo segurança para casa, carros que dormem na rua, crianças que brincam no final da rua sem saída…o seu vizinho não te conhece mas vcs tem objetivos comuns… .orando

  4. Os mídias e suas narrativas, promovendo a cizania e fofocas politicas, queriam que formassem uma base aliada com os partidos de esquerda? Mesmo sob a dominação de Rodrigo Maia, durante 4 anos, muitas barreiras foram vencidas, outras não, gerando atraso ao país. Rodrigo Mia quis derrubar Michel Temer e Bolsonaro com suas articulações no STF através dos partidos de esquerda.

    As pautas estão aí, todas em beneficio do povo brasileiro e de um Estado mais governável: desburocratização, geração de empregos, infra estrutura, investimentos em tecnologia, reforma administrativa, etc. Se os críticos não consideram isso bom para o país podemos fechar as portas e fazer um leilão internacional.

    1. Interesses comuns o crime organizado também tem…vc não conhece seu vizinho que dá segurança a rua, mas sabe que ele é da milícia, em pouco tempo vc pagará caro por essa”segurança”.

      Centrão sempre foi local de interesses escusos, sempre foi de quem pagar mais, sempre foi por excelência o chorume da política e vc diz que os interesses coincidem ? Esse general já foi humilhado publicamente e chamado de ” covarde” (para um militar o PIOR dos adjetivos). Oremos então, em nome de Jesux.

    2. Juiz de garantias, sancionada pelo Mito, foi bom pro povo?
      Fim da prisão na 2a instância, causada pela inércia PROPOSITAL do mito foi boa?
      Indicação de um PGR petista?
      Indicação de um ministro do STF compromissado com a impunidade?
      E tudo isso para blindar sua FAMÍLIA. O resto é só perfumaria pra tocar algumas reformas meia boca e se reeleger.

  5. Tanta gente falando do centrão…mas eles estão lá no Congresso porque a população votou neles! Quem, no fim das contas, é o culpado? O deputado ladrão profissional ou os brasileiros que o colocaram no poder? Sem o voto de muitos este pessoal não estaria lá à vários mandatos! O problema do Brasil…são os brasileiros!

  6. Como dizia José Sarney… “BRASILEIRAS e BRASILEIROS”….. lembro que em 2022 tem eleições.

    Para evitar CENTRÃO no poder, escolha outra PeTralha pra votar e xorar (da xuxa)…….. kkkkkkkkk

  7. “A República no Brasil é o regime da corrupção”
    Em 1918, o escritor Lima Barreto escreveu a crônica “A política republicana”. Ela, infelizmente, mantém-se atual.
    Leia:
    “Não gosto, nem trato de política. Não há assunto que mais me repugne do que aquilo que se chama habitualmente política. Eu a encaro, como todo o povo a vê, isto é, um ajuntamento de piratas mais ou menos diplomados que exploram a desgraça e a miséria dos humildes.

    Nunca quereria tratar de semelhante assunto, mas a minha obrigação de escritor leva-me a dizer alguma coisa a respeito, a fim de que não pareça que há medo em dar, sobre a questão, qualquer opinião.

    No Império, apesar de tudo, ela tinha alguma grandeza e beleza. As fórmulas eram mais ou menos respeitadas; os homens tinham elevação moral e mesmo, em alguns, havia desinteresse.

    Não é mentira isto, tanto assim que muitos que passaram pelas maiores posições morreram pobríssimos e a sua descendência só tem de fortuna o nome que recebeu.
    O que havia neles não era a ambição de dinheiro. Era, certamente, a de glória e de nome; e, por isso mesmo, pouco se incomodariam com os proventos da ‘indústria política’.

    A República, porém, trazendo tona dos poderes públicos, a borra do Brasil, transformou completamente os nossos costumes administrativos e todos os ‘arrivistas’ se fizeram políticos para enriquecer.

    Já na Revolução Francesa a coisa foi a mesma. Fouché, que era um pobretão, sem ofício nem benefício, atravessando todas as vicissitudes da Grande Crise, acabou morrendo milionário.
    Como ele, muitos outros que não cito aqui para não ser fastidioso.
    Até este ponto eu perdôo toda a espécie de revolucionários e derrubadores de regimes; mas o que não acho razoável é que eles queiram modelar todas as almas na forma das suas próprias.
    A República no Brasil é o regime da corrupção. Todas as opiniões devem, por esta ou aquela paga, ser estabelecidas pelos poderosos do dia. Ninguém admite que se divirja deles e, para que não haja divergências, há a ‘verba secreta’, os reservados deste ou daquele Ministério e os empreguinhos que os medíocres não sabem conquistar por si e com independência.
    A vida, infelizmente, deve ser uma luta; e quem não sabe lutar, não é homem.
    A gente do Brasil, entretanto, pensa que a existência nossa deve ser a submissão aos Acácios e Pachecos, para obter ajudas de custo e sinecuras.
    Vem disto a nossa esterilidade mental, a nossa falta de originalidade intelectual, a pobreza da nossa paisagem moral e a desgraça que se nota no geral da nossa população.
    Ninguém quer discutir; ninguém quer agitar idéias; ninguém quer dar a emoção íntima que tem da vida e das coisas. Todos querem ‘comer’.
    ‘Comem’ os juristas, ‘comem’ os filósofos, ‘comem’ os médicos, ‘comem’ os advogados, ‘comem’ os poetas, ‘comem’ os romancistas, ‘comem’ os engenheiros, ‘comem’ os jornalistas: o Brasil é uma vasta ‘comilança’.
    Esse aspecto da nossa terra para quem analisa o seu estado atual, com toda a independência de espírito, nasceu-lhe depois da República.
    Foi o novo regime que lhe deu tão nojenta feição para os seus homens públicos de todos os matizes.
    Parecia que o Império reprimia tanta sordidez nas nossas almas.
    Ele tinha a virtude da modéstia e implantou em nós essa mesma virtude; mas, proclamada que foi a República, ali, no Campo de Santana, por três batalhões, o Brasil perdeu a vergonha e os seus filhos ficaram capachos, para sugar os cofres públicos, desta ou daquela forma.
    Não se admite mais independência de pensamento ou de espírito. Quando não se consegue, por dinheiro, abafa-se.
    É a política da corrupção, quando não é a do arrocho.
    Viva a República!”

  8. Sempre é bom lembrar do acordo feito com o Senado/governo da Lei 13954 que apresentou problemas em sua elaboração e seria revisto alguns pontos onde uns
    receberam aumento real e outros decréscimo salarial .

  9. O MITO FALSO DA NOVA POLÍTICA
    ARTIGO PUBLICADO NA ‘REVISTA SOCIEDADE MILITAR”
    Quem ainda se lembra do cavaleiro, escudo e lança da moralidade pública, Dom Quixote a cavalo inimigo feroz da chamada, por ele mesmo, de “velha política”, adversário declarado do CENTROLÃO do “toma lá dá cá”? O falso moralista, reveladoramente sem escrúpulos, está agora oferecendo mundos e fundos para a mesma politicalha que tanto criticou durante seus muitos anos de parlamentar, mascarado por detrás de uma falsa imagem de verdade, probidade e responsabilidade, três pilares da formação do Cadete de Agulhas Negras.
    Sim, muitos de nós fomos enganados. Civis que votaram nele, mas, também, um monte de militares que, como eu, resolvera olvidar a vida pregressa de um indivíduo comprovadamente desvocacionado para uma militância permanente de ingentes sacrifícios onde se cultua, acima de tudo, a honra e o caminho do dever. E não faltaram avisos, fatos marcantes, lances inolvidáveis de falta de pendor para palmilhar a carreira das armas: exercício de liderança equivocada junto aos oficiais subalternos; tratamento agressivo dispensado aos camaradas seus contemporâneos e “irmãos em armas”; falta de lógica, irracionalidade, desequilíbrio de argumentação, contra indicações que continuam sendo evidenciadas, mas agora tiranicamente agravadas haja vista a suprema dignidade do cargo nacional maior que ocupa.
    Imaturo inveterado, ambição política sem limites focada no ganho pessoal, radicalismo exacerbado e irresponsável, o atual comandante-em-chefe de nossas “Desarmadas” Forças, mal conceituado pelos seus superiores imediatos e oficiais de mais alta patente em sua curta passagem pelos quartéis, como tenente e capitão, tem contribuído para sua desmoralização, fato lamentável que só interessa aos “comunas”, agravado por um mau militar que saiu do Exército Brasileiro pela porta dos fundos. Realmente vossa excelência não faz jus ao posto que muitos julgam, inclusive eu, como “ö mais bonito do Exército do Duque de Caxias”.
    Sim, não há como desdizer, os brasileiros viram e ouviram o que o chefe da nação estampou em imagem televisionada recentemente: – “A gente pode levar muita coisa avante, quem sabe até ressurgir alguns ministérios. Alguém pode falar: – Ah, criar ministério novo! Só o tamanho do Brasil é maior que toda a Europa Ocidental todinha”. E daí presidente enganador, “o que tem a ver os alhos com os bugalhos”. Nós não somos tão idiotas para engolirmos uma sandice deste calibre. Pelo menos, respeite a capacidade de julgamento do seu povo vilipendiado.
    Paulo Ricardo da Rocha Paiva
    Coronel de Infantaria e Estado-Maior

    1. PRRP fazendo coro com os mídias moderninhos. Só falácias! Quando era o Rodrigo Maia bloqueando as reformas, não falava nada. E o centrão era dominado com o bloqueio das emendas parlamentares, só liberados a quem o apoiasse. Emendas parlamentares são obrigatórias por Lei e são aplicadas por indicação dos Deputados e Senadores. Não há nenhum mistério aí. Queria ver uma candidatura de PRRP a algum cargo publico só para constatar o prestigio junto ao povão.

      1. RESPOSTA PARA O “ANONIMOZINHO” QUE NÃO ASSINA EMBAIXO DO QUE ESCREVE: –

        HOMENS PÚBLICOS, UMA FAXINA GERAL É PRECISO
        ARTIGO PUBLICADO NO “JORNAL DO COMÉRCIO DE PORTO ALEGRE/RS”
        Já foram chamados de anões do orçamento, pizzaiolos, panetoneiros, mensaleiros e petrolões. Em meio a esta súcia de políticos velhacos, também estão a vicejar há algum tempo os quadrilheiros do Centrão, assim chamados, de forma geral, aqueles numerosos parlamentares que se amoldam a qualquer governante que os sustentem na base do “toma lá dá cá”.
        A ínfima minoria que não mereceria tais “condecorações”, infelizmente, por estar convivendo em uma mesma casa congressual, não há como distingui-la do joio que enxovalha nosso Parlamento. É revoltante! Esta imensa maioria de politiqueiros inescrupulosos, em sessões legislativas, não economizam no tratamento cerimonioso, porque não paradoxal, quando notórios corruptos se babam entre si numa lamentável guerra de confetes, plena de mimos como “vossa excelência”, “nobre deputado”, lixo de baboseiras ridículas, descabidas, que só aviltam o cidadão, que se diga, ainda mau votante, contumaz em escolher mal seus representantes
        Demonstrando que estão se lixando para o povo revoltado que clama nas ruas, esses mesmos parlamentares desavergonhados assumem corporativismo de corrupção contínuo, forte e atrevido, valendo-se de todas as mutretas para se manterem homiziados em redutos desqualificados de notórios “vendilhões da pátria” que só emporcalham o Legislativo.Em verdade, não basta somente afastar estes marginais do Parlamento. Urge que uma faxina em regra se faça para que esta gentalha, já execrada pela opinião pública por sua vida pregressa absolutamente incompatível com o esperado de representantes do povo, não seja mais reeleita. Isto sem falar nos maus magistrados da toga, useiros e vezeiros em proferirem sentenças de acordo com suas conveniências.
        Não, também não se deve esquecer de mencionar a falta de ação de comando de um presidente, muito mais preocupado em se reeleger do que propriamente governar.Até quando os parasitas, em nome da democracia, vão caçoar da população? Até quando compradores de votos enganarão povo carente de saúde, educação e segurança? Até quando a má fé de parlamentares desonestos sustentará o clima de cizânia, comprometedor da integridade territorial e social, instalado no País?
        Até que ponto a omissão dos homens públicos vai corroborar para adoção de cartilhas abomináveis em nossas escolas primárias e secundárias? Cidadão, as eleições municipais aconteceram. O senhor votou em gente de bem? Daqui a dois anos será a dos senadores, deputados federais, governadores e presidente. Quem, em sã consciência, acha que este grupelho atual de estigomias públicas desempenhou bem a sua missão?
        Paulo Ricardo da Rocha paiva
        Coronel de Infantaria e Estado-Maior

        1. Não tenho necessidade de assinar porque não almejo notoriedade alguma. Quase tudo o que está assinalado no teu texto não são problemas recentes. Nada se resolverá em um estalar de dedos. A não ser que se instaure uma ditadura; Deus sabe que pode ser de esquerda ou de direita, e se comece uma guerra civil. Qual lado vencerá? Ninguém sabe!

          Como não desejo isso para o Brasil, faço minha parte orientando as pessoas para a solução dos problemas e não apenas apontando os problemas que todos sabem que existem de longa data.

          Como o Sr gosta de notoriedade, comece com seus pares algum movimento, alguma organização, e trabalhe por partes, seja junto a qualquer dos 3 poderes, e busque solucionar, através das Leis, a cultura extrativista que impera em grande parte das mentalidades de nosso povo.

          Infelizmente, há brasileiros que são colonizadores de sua própria gente. Oportunistas que muitos são, apelam para todo tipo de estratagema para ganhar dinheiro em cima até mesmo das catástrofes.

  10. Senhor ANONIMOZINHO DE OCASIÃO
    Há muitas controvérsias. Mas, a opiniÀo dominante é a de “quem não assume o que escreve é porque não se garante”, QUE NÃO SE DUVIDE, um covardezinho que , se militar, não honra as estrelas ou divisas que recebeu, se civil, não valoriza sua cidadania…
    Não , em absoluto não procuro notoriedade, mas tenho mais de “400” artigos publicados em prol do nosso vilipendiado País como, também, das nossas “Desarmadas” Forças.
    tanto na era petista quanto no biênio desastoso de Bolsonaro, um político sem eira nem beira, ENTREGUISTA, IRRESPONSAVEL, COVEIRO DA LAVA JATO em que votei enganado!
    As muitas soluçoes sugeridas por mim nestas matérias o senhor não tomou conhecimento porque “ao invés de ler e lido pelas letras”.
    PRRPAIVA
    INF/AMAN/1969

    1. Sempre haverá controvérsias, seja com estrelas ou sem estrelas. O Sr quer perfumaria com seus 400 artigos? Vou lhe dar uma sugestão grandiosa.

      O Brasil tem a maior preservação ambiental do planeta, diversidade em florestas e plantas e arbustos fitoterápicos medicinais. Entretanto, participa apenas com 1% no mercado mundial de óleos medicinais/essenciais/terapêuticos. Sugiro que o Sr monte uma produção de óleos essenciais, tanto para perfumaria quanto para terapêutica medicinal. Além de ganhar dinheiro também contribuirá com impostos e geração de empregos.

      Não quero desagradá-lo nem irritá-lo em tuas convicções em face da tua idade. Há tempo para tudo. Tudo tem seu tempo. Tenha um bom dia, um dia feliz, com saúde e Paz no coração e menos rancor na alma.

      1. E EU SUGIRO AO JOVEM CIDADÃO QUE NÃO TEM CORAGEM NEM DE SE IDENTIFICAR, QUER COMO MILITAR OU CIVIL, QUE VÁ PLANTAR BATATAS PELA SUGESTÃO INFELIZ DE QUEM NÃO TEM O QUE FAZER….
        NÃO, EM ABSOLUTO, NÃO ME DESAGRADAM NEM ME IRRITAM AS SUAS TOLICES, ESTAS QUE APENAS ME DIVERTEM….
        RANCOR? MEU DEUS DO CÉU! APENAS TENHO PENA DO CIDADÃO COVARDEZINHO QUE TEM MEDO DE ASSINAR O NOME …
        TAMBÉM LHE DESEJO O BEM. FIQUE COM DEUS E, POR FAVOR, DIGA MENOS BOBAGENS…
        PRRPAIVA
        CEL INF E EM

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