Mais de 20 militares, ‘capitã cloroquina’ e médico olavista ocupam cargos estratégicos no Ministério da Saúde

Resposta da pasta à pandemia tem sido criticada por especialistas (ISAC NÓBREGA/PR)

Camilla Veras Mota – @cavmota
Da BBC News Brasil em São Paulo

A chegada do general Eduardo Pazuello ao Ministério da Saúde em abril de 2020 marcou o início de um processo de substituição de funcionários civis, alguns com carreira na pasta, por quadros da ativa e da reserva das Forças Armadas, muitos sem experiência prévia na área de saúde.
Cerca de 9 meses depois que o então ministro Nelson Teich pediu demissão do cargo, pouco mais de 20 militares passaram a ocupar posições-chave no ministério, com cargos de direção em secretarias, subsecretarias e departamentos.
Em paralelo à militarização, as nomeações de profissionais da saúde civis feitas por Pazuello incluem médicos que defendem o uso de métodos de tratamento contra a covid-19 não recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como cloroquina e ivermectina. Além de não haver evidências de que esses medicamentos são eficazes contra a doença, seu uso pode causar sérios efeitos colaterais aos pacientes.
Os dados foram compilados a partir de um pedido de Lei de Acesso à Informação e das nomeações registradas no Diário Oficial da União, e cruzados com o decreto n° 9.795, de maio de 2019, que detalha a estrutura organizacional do ministério.
Em resposta ao pedido de lei de acesso, a pasta informou, em 14 de janeiro, que havia 13 militares da ativa cedidos à Saúde, incluindo o general Eduardo Pazuello. Os nomes dos servidores foram identificados pela reportagem em uma portaria do Comando do Exército do dia 6 de janeiro.
Ainda em resposta ao pedido, foi informado que, em setembro de 2018, não constava no sistema de informações sobre servidores, o Siape, nenhum militar vinculado ao órgão.
O ministério afirma não ter registro dos militares da reserva que hoje estão entre seus quadros pois “não há como identificar no sistema (Siape)” quais funcionários pertenceram às Forças Armadas. Por meio de registros na imprensa, de informações do Diário Oficial da União e do painel de servidores do Portal da Transparência, a reportagem identificou 8 oficiais da reserva ligados à pasta, mais um militar da PM e um oficial de inteligência da Abin.
A cientista social Ana Amélia Penido Oliveira, que tem pesquisado sobre as nomeações de militares para cargos civis em outros ministérios, observa que os cargos comissionados nas diferentes pastas costumam refletir a ideologia do governo do momento — ou seja, as nomeações geralmente têm algum componente político.
A diferença, neste caso, é que boa parte das indicações não tem nenhuma experiência na área — o que, para especialistas, tem prejudicado a gestão de um sistema de saúde grande e complexo como o do Brasil e pode ajudar a explicar as falhas que vêm sendo observadas no combate à pandemia de covid-19.
“Antes, o que víamos eram as indicações de ‘técnicos políticos’ — a nomeação do médico que compartilha da sua visão”, exemplifica Oliveira, que faz parte do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional da Unesp.
A pesquisadora pontua que a formação dos militares, por mais que inclua uma visão de logística — apontada como “especialidade” do ministro Pazuello, inclusive — não necessariamente os credencia para gerir uma operação como o sistema de saúde.
“Se existe uma diferença enorme entre administração pública e privada, imagine entre administrar a guerra e a paz. Militar não é formado para negociar, para fazer meio de campo; ele é formado para identificar inimigos, e não para lidar com adversários na política”, avalia.
Muitos oficiais, contudo, passam a se considerar bons administradores depois de passarem pelos cursos de gestão frutos de parceria entre as Forças Armadas e instituições privadas, como o MBA Executivo em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, ministrado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
“Existe uma discussão de para quê eles são formados, e as próprias Forças Armadas confundem [esses papéis]. Os militares costumam dizer: ‘Eu resolvo do alfinete ao foguete’ — quando a gente vive cada vez mais em uma sociedade de especialização do trabalho”, destaca.
“Eles deveriam estar concentrados em serem bons militares”, opina.

Gráfico detalha funções de órgãos da secretaria-executiva do Ministério da Saúde chefiados por militares
CRÉDITO,CECILIA TOMBESI/BBC

Secretaria-executiva verde oliva
Os militares ocupam cargos de direção ou coordenação em pelo menos 6 subsecretarias e departamentos ligados à secretaria-executiva, que têm como missão desde a compra de insumos estratégicos à saúde aos repasses do SUS a Estados e municípios.
Parte das atribuições pode ser conferida na portaria nº 2.646, que traz a relação dos titulares de cargos comissionados na pasta.
O Departamento de Logística em Saúde é o que tem o maior número de oficiais. São pelo menos quatro: o tenente-coronel Alex Lial Marinho, coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos para Saúde; o tenente-coronel Marcelo Batista Costa, substituto na coordenação-geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde; o coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa, assessor especial, e o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, recém-nomeado assessor.
Na subsecretaria de Planejamento e Orçamento, por sua vez, estão lotados o coronel da reserva Paulo Guilherme Ribeiro Fernandes (coordenador-geral de planejamento) e o capitão Mario Luiz Ricette Costa (assessor técnico).
O Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa, responsável por articular a gestão de saúde com Estados e municípios e também ligado à secretaria-executiva, é dirigido pelo tenente-coronel Reginaldo Ramos Machado, enquanto a diretoria-executiva do Fundo Nacional de Saúde (FNS) tem o subtenente Giovani Cruz Camarão como coordenador de finanças e o primeiro-tenente Vagner Luiz da Silva Rangel como coordenador-geral de execução orçamentária.
O Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS, por sua vez, é dirigido pelo major da reserva Angelo Martins Denicoli, e o Departamento de Assuntos Administrativos era chefiado até recentemente pelo coronel Alexandre Martinelli Cerqueira.
Ele foi exonerado no dia 19 de janeiro, no mesmo dia da nomeação de Marcos Eraldo Arnaud Marques, marqueteiro conhecido como “Marquinhos Show”, como assessor especial do ministro da Saúde. O DOU de 21 de janeiro registra que o militar foi transferido para a reserva.
Com suas subsecretarias e departamentos, a secretaria-executiva tem a função de supervisionar e coordenar as atividades das demais secretarias do Ministério da Saúde, além das autarquias, fundações e empresas públicas.
Era chefiada na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta por João Gabbardo dos Reis, que foi substituído por Pazuello na gestão Teich.
Hoje é capitaneada pelo general da reserva Antônio Élcio Franco Filho. Seu número 2, o secretário-adjunto, é o tenente-coronel da reserva Jorge Luiz Kormann — que chegou a ser indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a diretoria da Anvisa, mas foi internado em janeiro com covid-19.

Pulverização entre os diferentes departamentos
Além da secretaria-executiva, os militares também estão à frente da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, que tem o coronel Luiz Otavio Franco Duarte como secretário, e da Secretaria Especial de Atenção à Saúde Indígena, comandada pelo coronel da reserva Robson Santos da Silva, indicado ainda por Mandetta. Esta última também conta com o segundo-tenente Vilson Roberto Ortiz Grzechoczinski, nomeado em maio de 2020 como Coordenador Distrital de Saúde Indígena.
No mesmo período, o coronel da Polícia Militar Giovanne Silva Aguiar foi indicado como presidente da Funasa, fundação que promove ações de saneamento para prevenção e controle de doenças.

Oficiais ocupam ainda posições importantes na Secretaria de Atenção Primária à Saúde — a tenente-coronel Laura Tiriba Appi, médica, é diretora de programa na área — e na Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, onde o oficial de inteligência da Abin Myron Moraes Pires é coordenador-geral do Complexo Industrial da Saúde.
Um ex-funcionário da pasta que falou sob a condição de anonimato diz que a gestão desta última área é um exemplo prático do impacto negativo da administração feita por profissionais que não têm experiência na saúde.
O Complexo Industrial da Saúde, exemplifica, era o setor que poderia ter negociado com a Oxford/AstraZeneca que a compra das vacinas contra covid-19 incluísse desde o início a transferência de tecnologia para a fabricação de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) no Brasil.
Com a produção concentrada na China e na Índia, a entrega do insumo prevista para este mês de janeiro sofreu um atraso e impediu que a Fiocruz iniciasse a produção do imunizante, atrasando o cronograma de vacinação. Ainda não há uma data confirmada para a entrega da remessa.
A BBC News Brasil conversou ao todo com quatro ex-funcionários do ministério, que pediram para não serem identificados. Mesmo não estando mais na pasta, eles temem represálias — como corte de financiamento de projetos ou atraso em pagamentos, já que a União é responsável por diversos repasses para Estados e municípios.
Um deles ressaltou que a falta de gestores especializados prejudicou, por exemplo, a centralização de compras governamentais de itens fundamentais para o combate à pandemia, como respiradores, testes diagnósticos e equipamentos de proteção individual. Sem uma organização da demanda por parte do governo federal, além de pagar mais caro, Estados e municípios chegaram a disputar entre si o acesso a esses recursos.
As falhas logísticas, na opinião desses ex-funcionários, se expressam também em episódios como o dos testes para diagnóstico de covid-19 que não haviam sido distribuídos e estavam prestes a vencer em dezembro — quando faltavam kits em todo o país.
Ou no episódio da suspensão de exames de HIV e hepatite no SUS, também em dezembro, por falta de testes de genotipagem — porque o contrato com a empresa que fornecia os insumos venceu sem que uma nova licitação tivesse sido feita.
“Transformaram o Ministério da Saúde numa caserna. De DAS-4 pra cima [referência a cargos comissionados de Direção e Assessoramento Superiores] é basicamente militar — e quem não sabe fazer não sabe mandar”, diz um gestor que passou mais de uma década na pasta.
“Eles não entendem de sistema de saúde”, afirma outro gestor experiente, emendando que mesmo secretarias chefiadas por profissionais de saúde hoje estão muitas vezes sendo geridas por quadros despreparados.

Os secretários Hélio Angotti e Mayra Pinheiro, ambos médicos: defesa do ‘atendimento precoce’ (Facebook)

É o caso, ele diz, da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
A secretária Mayra Pinheiro, pediatra, foi apelidada na pasta de “capitã cloroquina”, segundo reportagem da revista Época, por pressionar secretarias de saúde a distribuir o medicamento usado originalmente contra malária a pacientes com covid-19.
Não há qualquer evidência de que a cloroquina e a hidroxicloroquina funcionem contra o novo coronavírus — e os fármacos podem ainda trazer sérios efeitos colaterais, como arritmia cardíaca.
Sua foto de perfil no Facebook traz os dizeres “eu sou médico e apoio o atendimento precoce”. Já defendido pelo presidente e pelo ministro da Saúde, o atendimento precoce consiste na administração de medicamentos como os antimaláricos e o antiparasitário ivermectina, também sem efetividade comprovada contra a covid-19.
Algumas semanas atrás, Pazuello chegou a dizer em uma coletiva de imprensa que o atendimento precoce consistia apenas na recomendação para que as pessoas procurassem o mais rápido possível uma unidade de saúde caso apresentassem sintomas, já que não há tratamento comprovado contra a doença.
O ministério chegou, entretanto, a publicar nota técnica em que recomendava aos médicos que receitassem cloroquina aos pacientes — o documento foi depois modificado. O presidente, por sua vez, já foi fotografado e filmado com caixas de cloroquina e já defendeu o uso do medicamento em suas redes sociais.
Entre os quadros formados por profissionais de saúde, há ainda o secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, o médico Hélio Angotti Netto, admirador do escritor Olavo de Carvalho.
Em um post de 2015 em seu blog, ele dizia que estudava a obra de Olavo fazia 12 anos e que fizera seu curso online “desde o início”.

Gráfico mostra organograma do Ministério da Saúde com alguns militares em cargos estratégicos
CRÉDITO,CECILIA TOMBESI/BBC

Vigilância e ‘lei da mordaça’
Um ex-funcionário da equipe de Mandetta que acompanhou de perto a crise entre o então ministro e o presidente e o início da militarização do Ministério da Saúde diz que, além de não terem capacidade técnica para assumir a direção da pasta, os oficiais instauraram uma espécie de cultura de vigilância que também tem impacto sobre o desempenho da gestão.
“Técnicos que poderiam trabalhar no planejamento (contra a pandemia) foram colocados em suspeição”, ele diz.
Assim, projetos foram paralisados e alguns processos passaram a tramitar de forma mais lenta. Em paralelo, servidores passaram a temer que tivessem e-mails e outras comunicações monitoradas.
A cientista social Ana Amélia Penido Oliveira pontua que a sensação de vigilância é um dos efeitos da ramificação dos militares nas diferentes instâncias do governo e tem sido observada em diferentes ministérios.
“Ela inibe os técnicos de falarem”, diz ela.
Na Saúde, a chamada “lei da mordaça” fez com que servidores de carreira se retraíssem, diz uma fonte, e os militares tomassem a frente em diversas áreas para as quais não tinham competência técnica.
Em alguns casos, afirma esse mesmo gestor, diante da dificuldade de tocar o cotidiano em algumas áreas, nomeações chegaram a ser revogadas e técnicos foram reconduzidos às posições — ainda que os militares seguissem acompanhando o trabalho como uma espécie de eminência parda.
Durante a análise das informações, a reportagem se deparou com um caso em que a servidora Alexandra das Neves Agapito de Araújo foi exonerada do cargo de coordenadora de contabilidade do FNS em 19 de maio de 2020 e reconduzida à posição menos de um mês depois, em 10 de junho, de acordo com os registros do Diário Oficial.
Nesse período, o cargo foi ocupado pelo subtenente André Cabral Botelho — com uma remuneração equivalente a quase o dobro da antecessora, de R$ 14,3 mil, conforme o registro do mês de junho no Portal da Transparência.
Apesar da renomeação da antiga coordenadora de contabilidade, a exoneração do oficial do cargo não consta no Diário Oficial. Na menção mais recente no DOU, ele aparece como assessor técnico, subordinado diretamente ao ministro.
A pasta foi questionada sobre o caso e, logo que envie seu posicionamento, ele será acrescentado a este texto.
BBCNews Brasil/montedo.com

40 respostas

  1. Bom dia ! Não precisa nem dizer que a finalidade do artigo é críticar a estrutura organizacional que não permite a Corrupção! Pressão dos governadores e prefeitos em busca do dinheiro fácil na saúde! Acabou a boquinha

  2. Cada governo vai aparelhar o esta à sua maneira. Independente da ideologia todos sao iguais na hora de indicar seus apadrinhados. Concurso publico em TODAS as áreas. Ca ministro, senador, deputado, prefeito, vereador etc tera direito a escolher um assessor e pronto. Cada os culhoes para fazer uma lei dessas?

  3. nós militares temos competencia pra executar missões até sem remuneração que deve ser o caso dos militares que estão na linha de frente do ministerio da saúde

    1. Ahhhh!?

      …”até sem remuneração que deve ser o caso dos militares que estão na linha de frente do ministerio da saúde”…

      Ahhhh!?

      – sim, ‘competencia” possui acento circunflexo.

      – ‘ministerio’ possui acento agudo.

      Jesus!

      Inspeção de Saúde. Já, e urgente!

    2. ‘competencia’, sem acentuação.

      ‘ministerio’, sem acentuação.

      Hummmmm!

      Estou desconfiado que não sejas QAO não!

      Talvez um Cabo EV paraguaio, na melhor das hipóteses.

  4. É interessante tanta preocupação com a presença de militares. O Brasil é um grande esquema de corrupção! Estes ministérios tem redes de desvio de dinheiro público cristalizadas em décadas de impunidade! É assim em todo lugar! Tenho um conhecido, professor, que foi transferido para uma instituição de ensino pública onde os diretores eram eleitos à anos! Sempre os mesmos! Como ele era muito popular entre os alunos…se candidatou! Sofreu todo tipo possível de hostilidade na escola! Até seu carro foi depredado! Ganhou e quando assumiu…viu tanta roubalheira que não restou outra opção a não ser denunciar à polícia e ministério público! Até ameaça de morte sofreu! Aí você pensa…se em uma escola acontece estes desvios…imagina um ministério com orçamento de bilhões? O Brasil é um caso de polícia!

  5. Assim está ótimo, não há desvio de verbas, não há roubo, há disciplina e amor a pátria e eles estão fazendo um excelente trabalho !

    1. Dá-se um cargo com um salário generoso (mais os penduricalhos) para representantes de grupos de interesse. em minha opinião, os da ativa devem ser afastados compulsoriamente. Gostaria de poder citar exceções, onde além de militar, fossem reconhecidamente competentes na área de atuação. Infelizmente não é o que temos visto.

  6. agora que a cloroquina foi cientificamente comprovada eficar contra covide por laboratótios de renome, quero ver se esse jornal vai fazer nota retificadora.

      1. Banco de dados de todos os estudos HCQ COVID-19. 241 estudos, 174 revisados por pares, 197 comparando grupos de tratamento e controle. Envie atualizações / correções abaixo. HCQ não é eficaz quando usado muito tarde com altas dosagens por um longo período (RECUPERAÇÃO / SOLIDARIEDADE), a eficácia melhora com o uso mais precoce e melhor dosagem. O tratamento precoce mostra consistentemente efeitos positivos. As avaliações negativas geralmente ignoram o tempo de tratamento, muitas vezes com foco em um subconjunto de estudos em estágio avançado.

        https://c19study.com/

        1. O site, além de ser anônimo, muitos dos estudos apontados como favoráveis, na verdade foram desfavoráveis ao uso da cloroquina. Tem que ser lidos os estudos e se basear em estudos “padrão ouro”. Tem estudos duplo cego randomizados citados feitos com apenas 62 duas pessoas na coletânea, sequer tem uma amostra representativa e o que aparece escrito no início é mera “opinião” dos autores sem uma análise dos estudos. Aliás, se existem estudos e eles estão expostos, por que o site sequer tem autores?

          1. É que vc é um negacionista, reducionista! Faltou-lhe a honestidade de observar que há evidencias em mais de 18 mil pacientes. Ali está os combatentes, a linha de frente, médicos que estão atuando no combate direto à epidemia com os recursos fármacos disponíveis. Se quiser, veja em outras abas o nome dos médicos e suas observações clinicas e os resultados. E fique atento pois as vacinas são um EXPERIMENTO ainda.

          2. As vacinas eram experimento na fase de desenvolvimento e já passaram do nível 3 dos testes, por isto se sabe da eficácia. O que ocorreu foi a autorização do usos emergencial, pela Anvisa e que não pode autorizar experimentos, apenas ocorreu a dispensa da análise de impacto regulatório e de consulta pública, que são instâncias administrativas, dada a urgência.

          3. A fase pré-clinica trata das estratégias e experimentos in vitro, muitas das curas milagrosas que aparecem não passam de ensaios in vitro, também é testada em organismos “similares” aos humanos, como em ratos. A 1ª Fase testa se a vacina é segura para uso em humanos; a 2ª Fase se ela produz resposta imunológica e a 3ª Fase seria uma prévia de seu uso, com teste entre 30 a 60 mil pessoas. No caso do Covid, o tempo de estudo foi encurtado, sem pular as fases, graças aos estudos prévios sobre a SARS e MERS, outros vírus similares e bem estudados. Na 3ª Fase ocorrem os testes em duplo-cego, em que nem os pesquisadores ou os pacientes não sabem se foram imunizados a fim de se testar a eficácia da vacina. Os teste são feitos exclusivamente em voluntários. No Brasil a Coronavac foi testada em cerca de 13 mil pessoas, inicialmente voluntários da área da saúde, por questão de segurança e depois ampliado para idosos e crianças. Na China, os testes foram em mais de 50 mil pessoas, sem contar os testes feitos em outros países.

      2. Até nos EUA estão usando a Ivermectina:

        Banco de dados de todos os estudos de ivermectina COVID-19. 57 estudos, 21 revisados por pares, 37 com resultados comparando grupos de tratamento e controle. Envie atualizações / correções abaixo. FLCCC fornece recomendações de tratamento.

        https://c19ivermectin.com/

        1. Engraçado, n o Brasil não é proibido o uso da hidroxicloroquina, nem da invermectina, tendo várias cidades distribuído os produtos e ate mesmo o Governo Federal. Só em Itajaí foram mais de dois milhões de comprimidos de invermectina e aumento de casos e mortes acima da média de SC … ou estão distribuindo placebo, ou a população não está usando para ficar doente. Foi tão desastroso que o prefeito, que é médico sugeriu aplicar ozônio via retal (https://www.youtube.com/watch?v=9habj7B1HzQ). Nos EUA , médicos reunidos em um grupo denominado “Front Line COVID-19 Critical Care Alliance” defendem vigorosamente este medicamento e seu chefe, dr. Pierre Kory, chegou a dizer em dezembro que sua eficácia havia sido comprovada perante um comitê do Senado, o que não era verdadeiro e a Food and Drug Administration (FDA), orgão federal dos Estados Unidos, já declarou que a invermectina não é considerada um tratamento (https://www.fda.gov/drugs).

    1. Esta resolução diz cabalmente que não existe eficácia comprovada do uso de cloroquina e ainda aprofunda colocando que nem os médicos tem conhecimento suficiente sobre a doença. O Protocolo de Helsinque veio na esteira do Tratado de Nuremberg, que foi resultado do julgamento dos nazistas que fizeram experiências em humanos na II Guerra e desaprova qualquer tratamento sem eficácia comprovada, sendo cabível somente com a anuência do paciente, como consta nas considerações “que é vedado ao médico desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas”, cita ainda o risco de morte”. Paciente em risco de morte não está sujeito a tratamento preventivo. Somente em 15 de janeiro de 2021, o Conselho Federal de Medicina, acima do CRM, se pronunciou sobre o uso de vacinas!!! No Parecer CFM nº 4/2020 que trata “Considerar o uso da cloroquina e hidroxicloroquina, em condições excepcionais, para o tratamento da COVID-19”, é colocada ainda a falta de evidências, como é colocado nas conclusões: a) “Considerar o uso em pacientes com sintomas leves no início do quadro clínico, em que tenham sido descartadas outras viroses (como influenza, H1N1, dengue), e que tenham confirmado o diagnóstico de COVID 19, a critério do médico assistente, em decisão compartilhada com o paciente, sendo ele obrigado a relatar ao doente que não existe até o momento nenhum trabalho que comprove o benefício do uso da droga para o tratamento da COVID 19, explicando os efeitos colaterais possíveis, obtendo o consentimento livre e esclarecido do paciente ou dos familiares, quando for o caso;”. https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/pareceres/BR/2020/4

        1. Se for Porto Feliz de SP, trata-se de uma propaganda do prefeito Antonio Cassio Habice Prado, visando a reeleição e lhe deu popularidade junto à mídias buscando aproximação do governo Federal Existe um posto falso circulando em grupos de Facebook. A taxa de mortes, embora abaixo de algumas cidades, é maior que em cidades com população maior e que não usam “tratamento precoce”, como São Carlos e Assis. Outro dado é a abertura de investigação, pelo MP, sobre um esquema de fura-fila para a vacinação na cidade beneficiando funcionários da própria prefeitura …

  7. Acho coerente só ter oficiais colocar praça seria aumentar a carga no praça afinal nos quartéis só sabem ver adt da dcem e reclamar que ganha pouco

    1. Ahhhh?!

      …”Acho coerente só ter oficiais colocar praça”…

      Ahhhh?!

      …”seria aumentar a carga no praça”…

      Ahhhh?!

      Não entendi nada.

      …”Acho coerente só ter oficiais colocar praça”…

      Jesus!

    2. Sim e devem colocar apenas Oficiais preparados, após cursar a ECEME, colocar praças é um risco desnecessário e as unções que um graduado tem capacidade de exercer em um ministério, qualquer um faz, além do risco de comprometer todo o sistema, como foi o caso do Sgt transportando cocaína na comitiva presidencial.

    1. Existe uma corrida para tratamento do Covid-19 e os Institutos Butantã e Vital Brasil já produzem soro para tratamento, faltam testes mais amplos nestas novas drogas.

  8. Aí eu pergunto, o que um militar tem a contribuir para a área da saúde, se não é tecnicamente a competência dele? Estamos perdendo espaço de pessoas competentes que poderiam estar ocupando as suas devidas posições pra fazer do sistema um cabide de emprego de militares. Pra mim é um salário inútil que é somado ao soldo que ele já deve receber. É isso que esse governo se resume. Cabide de emprego de militares.

    1. Não seja ridículo! Ou você é muito inocente ou só mais um “comentarista”(?) da esquerda que pilhou o país! Os ministérios, antes deste governo, eram antros de corrupção! Gigantescos esquemas para desviar dinheiro público! Ou você acha que o SUS foi sucateado do dia para a noite? Máfia das ambulâncias…máfia das sanguessugas…esquemas e mais esquemas de corrupção! Um estado corrupto dentro do estado brasileiro! E estes esquemas tem que ser quebrados com gente de fora!

    2. Se estão lá é por que houve um esforço muito grande para elegerem dois militares, já conhecendo bem quem era o presidente, sua postura, suas ações e maneira de agir, ninguém foi enganado. Estão lá graças aos eleitores, os mesmos que vão às ruas contra a “ditadura comunista” do lockdown, estimulados pelo governo, depois ficam doentes e culpam o poder local que decretou o distanciamento. Não merecemos mais que isto…

  9. Parabéns! Governo prezando por honra, ética, sabedoria e honestidade. Antes se colocavam políticos para comprar congresso, agora se coloca profissionais qualificados nos cargos.

  10. O raciocínio é simples: se nos anos de muita roubalheira e baixíssima eficiência dos ministérios os jornalistas não falavam nada, acho que agora que a jornalista, que quase escreveu um livro para criticar os militares, é um bom indicativo que estamos no caminho certo.
    Imprensa que se omitiu na época da roubalheira desenfreada que jogou nosso país numa crise moral, politica e econômica não tem qualquer credibilidade.

  11. Essa Camilla Veras Mota, faz um textão desses para parecer bem informada. Até tentou. Mas quando escreveu esta merda: “Muitos oficiais, contudo, passam a se considerar bons administradores depois de passarem pelos cursos de gestão frutos de parceria entre as Forças Armadas e instituições privadas, como o MBA Executivo em Política, Estratégia e Alta Administração do Exército, ministrado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).”, desandou o bolo. Eu nem sabia que o CPAEx agora é feito na FGV. Deve ser por EAD.

    Quanto aos comentários, gargalho gostosamente das asneiras, ditas por pessoas cujo nível indica serem possuidoras dos Cursos de Altos Estudos Militares. Eu, pelo menos, me dedico a escrever aqui a hora que eu quiser e assino com o meu nome. Mas esses, certamente o fazem na hora do expediente, no computador da seção, por isso assinam como anônimos.

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