Homens da ordem

O ex-porta-voz do governo Rêgo Barros Foto: Daniel Marenco / O GLOBO

”É indispensável reconhecer que, após o ciclo dos governos militares, findado em 1985, as Forças Armadas se voltaram firmemente para a profissionalização “latu sensu”, adquirindo competências em diversos campos do conhecimento, que resultaram em extremada confiança por parte da sociedade”

OTÁVIO SANTANA DO RÊGO BARROS*
Ressurjo com tema do último artigo, É o homem que lustra o cargo, publicado em 19 de janeiro, no qual tratei do nível de responsabilidade individual dos que usam fardas e do papel de instituição de Estado das Forças Armadas, forjado em ambiente rigorosamente constitucional. Sobre a responsabilidade, alvo principal daquele texto, assevero: ações equivocadas de membros da Força não podem deslustrar a imagem da instituição. Ao cobrarmos os equívocos, “cite-se o CPF.” Tratemos, agora, do outro ponto, a postura que é defendida em nações democraticamente maduras quanto à destinação dos “homens da ordem” como administradores da violência em nome do Estado. É indispensável reconhecer que, após o ciclo dos governos militares, findado em 1985, as Forças Armadas se voltaram firmemente para a profissionalização “latu sensu”, adquirindo competências em diversos campos do conhecimento, que resultaram em extremada confiança por parte da sociedade.
Um chefe militar, a quem muito respeito e com o qual troco percepções regularmente sobre o momento que se vive, alertou-me para as diferenças fundamentais, na sua convicção, entre as Forças Armadas americanas e as Forças Armadas brasileiras, alvos de comentários no último artigo.
As nossas são idealistas e humanistas, aquelas, aristotélicas e militaristas. Que bom encontrarmos mentes brilhantes para dialogar e, ao mesmo tempo, impacientar o instinto de nossos pesquisadores para descerem fundo nos estudos da temática. Nesta singrada, cito uma passagem do Marechal Castelo Branco, extrato de uma orientação como chefe do Estado-Maior do Exército: “Os meios militares nacionais e permanentes não são propriamente para defender programas de governo, muito menos propaganda, mas para garantir os Poderes constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei”.
Percebe-se por parte daquele líder militar, malgrado o momento de fricção que se descortinava em nossa sociedade, a sua capacidade de expressar com quietude a postura de instituição de Estado esperada das Forças Armadas. Em seu livro A grande barreira (Bibliex, 1998), o coronel do Exército J.F. Maya Pedrosa também nos encaminha em direção ao comedimento quando se analisam posições políticas-ideológicas: “Não acho que cada um tenha a sua verdade própria porque ela é uma só, absoluta e imutável, mas existe uma interpretação da história de acordo com o ponto de vista de cada individualidade”.
Expõe que, no período pós-constitucional de 1988, as Forças Armadas se entrincheiraram na “estratégia do silêncio”, seguras de que o futuro traria luzes aos fatos sem os envolvimentos emocionais. A madureza dessas ações a levou-lhes a ser “protagonista silencioso(a)”, expressão cunhada pelo general Villas Bôas, antigo comandante do Exército, sem, entretanto, evoluir para imiscuir-se diretamente na gestão política. É mister compreender igualmente a necessidade de as Forças Armadas acompanharem atentamente os atos geradores da história.
A confrontação da Guerra Fria se faz ao largo, sem definição de matiz, uma película em preto e branco. Pouco importa se foi consequência de hostilidades tensionadas pelos Estados Unidos em busca de hegemonia, ou pela velha União Soviética, em seu expansionismo ofensivo. Entretanto, ainda são encontrados personagens contemporâneos que na busca de projeção política ou de afirmação de opinião —em diversos grupos sociais —, revolvem as cinzas enfriadas sobre as cicatrizes nem bem curadas.
Alguns deles, compreensivelmente, por terem sido impactados diretamente física e emocionalmente, outros com o objetivo de gerar um ambiente conflitivo de onde imaginam a possibilidade de colher dividendos. A divisão maniqueísta não promove evolução. O cimento social que dará sustentação ao nosso país passa por equilíbrio, serenidade e estilo inspirador dos formadores da consciência nacional. Recite-se como uma ladainha o discurso civilista de Ruy Barbosa, inserido no ambiente histórico de sua criação, que ainda hoje serve de moderador de comportamento a militares, no exercício de função regular de poder.
Reafirmando o meu ponto de vista, defendo a inatacável, perdão pelo oximoro, posição de instituição de Estado das Forças Armadas, serva do povo e imunizada contra a “política no Exército”. Uma premissa indelegável que seus líderes, urdidos no cadinho da servidão e grandeza militares, têm por missão manter para a estabilidade e promoção da paz social.
Paz e bem!
*General, ex-porta-voz da Presidência da República
CORREIO BRAZILIENSE/montedo.com

33 respostas

  1. estranho essa humanidade: Paz e Bem? o Demonio usa de artificios para conquistar suas vitimas, inclusive faz uso de palavras,,,Cuidado gente, relembrai a PL do Mal

      1. Essa é a questão.
        O seu pouco caso com a dor alheia.
        Mas não se preocupe.
        Embora sua carreira possa estar maravilhosa, as vezes outras tragédias da vida podem acontecer;;;; doenças familiares, desastres, etc.
        E quando essas tragedias acontecem as vezes pensamos por qual motivo isso ocorreu.
        Lembre-se: Não despreze o sofrimento alheio.

  2. Típico papo de carreirista , medroso ( by ECEME 😆😆😆) de olho em carguinho no exterior pra faturar uma grana ou para ir pro STM ou quiçá uma vaguinha no conselho da Petrobrás ( $$$ ) , esse silêncio do qual ele falou só serviu para ferrar conosco , vide o achatamento salarial , sucateamento e péssimas condições dos aquartelamentos … Vida longa aos Coronéis Manga lisa !!! ( pelo menos eles não vem com esse palavreado inútil e bonito ) 😀😀😀😀

    1. discordo de sua opinião mas a respeito, creio que essa separação de praças e oficiais é nociva a instituição devemos ser leais e dedicarmos nossa vida ao exército

    2. PERFEITO,

      – Subão Pica das galáxias, rsssss.

      – e, aproveitando a oportunidade, parabéns pelo ingresso e aprovação neste valiosíssimo curso de Altos Estudos, companheiro.

      – valiosíssimo não apenas no valor do índice percentual deste Adicional, mas também, pela satisfação pessoal e familiar pela conquista e sucesso nesta missão de aprimoramento técnico-profissional, força, fé na Missão e não pare aí, um forte abraço.

      Brasil.

    3. Subtenente com CHQAO (pica das galáxias),

      Servi bastante tempo no CMNE, dentro das prioridades de repasses financeiro é o último.

      E, dentro das regiões militares deste Grande Comando, a 10ª Região Militar é a última.

      E, dentro das OM´s de prioridade financeira da 10ª Região Militar, a Unidade que servi, o 25° BC (Teresina-PI), é a última.

      Agora você imagina a situação de investimento e verbas desta OM, nem vou entrar em detalhes.

      Mesmo assim todos estes anos os integrantes daquela valiosa Unidade cumpriram perfeitamente suas missões atribuídas, todas com muito empenho e profissionalismo, mesmo com poucas verbas. Excepcionais profissionais militares.

      Tudo acima pra refletimos sobre os valores empenhados e pagos nos quase 20 milhões de leite condensado e gomas de marcar no ano passado.

      Acrescente, também, os elevados valores pagos nas diversas movimentações, diárias, ajudas de custos, altos salários para representação e nomeações no exterior dos “carreiristas, medrosos by ECEME”.

      E o 25° Batalhão de Caçadores continua numa míngua financeira monstro.

      Esse Arrego Barros é um tremendo inativo ‘mi mi mi’, uma nova classe de Nutella R1.

      Bom mesmo eram os tempos do general Newton Cruz, que deve morrer de vergonha da “esborragia” deste Nutella R1.

      Pra você Nutella Arrego Barros:

      – “Tentar mascarar um domínio e o pensamento que atiça e prolonga uma ‘esborragia’ é seu plano frustrado”.

      (by militar investido de sua missão institucional do ‘silêncio e disciplina consciente’).

      Arrego Barros, você fala, fala e não diz nada, exatamente como seu ex-Mito.

      Que desagradável !

      1. O amigo mostrou um histórico interessante no começo da matéria , mais se perdeu ao criticar o leite condensado ou o chiclete ! Se for esse militar mesmo que dize ser , sabe que muitas coisas feita em um rancho , detalhe para 300.000,00 mil homens fora o resto dos ministérios, usa leite condensado! E dentro das rações operacionais , novamente se for militar mesmo, que são de alto custo tem 2 chicletes por jornadas de 24 horas, 1 chiclete por meia jornada e assim vai ! ( R1, R2 ) !
        Não sou nutella votei no mito e votarei de novo em 2022! Esperando que corrijam o erro nessa diferença salarial !
        Temos de pensar no Brasil tmb! Temos nossas família sei disso tmb ! Mais não deixarei de votar no mito

  3. eu voto em general nossos chefes sabem o que é melhor para a tropa a maioria que reclama deve ser recalcado e que não se dedica ao quartel nem é leal aos chefes, por isso afirmo minha vida é o quartel lá em casa é uma extensão da caserna

    1. é Redator, você é um fiel cumpridor de sua convicção de ser imparcial em postar todos os diversos pensamentos, opiniões e comentários, independentemente, de sua origem.

      independentemente o tão toscos e ridículos possíveis.

      parabéns pela ética profissional.

      temos que tirar o chapéu.

      mas, penso o opróbrio que lhe causa em publicar comentário deste individuo, o QAO compromissado no 4 de fevereiro de 2021 a partir do 11:44

      é osso!

      Complicado.

      1. não sei velho!

        se piada, é de mal gosto e infanto-juvenil.

        ou, pior, Anônimo no 4 de fevereiro de 2021 a partir do 16:49

        sou QAO e fico a vontade pra lhe retratar algumas experienciais extremamente desagradáveis, iludidas e imaturas:

        – conheci subtenentes que ao saírem QAO´s mudavam completamente seu comportamento, passavam a andar com aquela mochila cheia de bolsos com velcro a tiracolo, aqueles dos Capitães egressos da ESAO.

        – mesmo que a formatura não fosse prevista armados de Espadas, lá os vinham com suas ‘Excalibures’ adentrando garbosamente pela guarda do quartel com elas em mãos, altamente compenetrados e preocupados com a missão de comporem o Estado-maior das formaturas gerais com seus novos ‘pares’, coronéis, majores e capitães, sua nova turma e círculo de ‘amigos’.

        – passavam a desviar olhares das Praças, agora ele é oficial.

        – rapidamente pedia a dissociação do Clube de ST/Sgt e corria para o Círculo Militar (todos oficiais acham ridículo esse novo intruso).

        Pois é caro Anônimo no 4 de fevereiro de 2021 a partir do 16:49.

        Talvez seja o caso deste bobo ‘QAO compromissado’.

        Que desagradável !

        1. E você tomou alguma providência ! Só olhar sem criticar não adianta ! Tmb sou QAO e no nosso meio zombávamos e o exclui do nosso meio ! Algumas vezes funciona ! Outra não ! Alguns são isso mesmo! Mais o desprezo leva alguns companheiros a rever a situação ! QAO da Ativa

  4. Militares apolíticos é uma tremenda conversa fiada! Nossos chefes ficaram quietinhos no período do FH e do partido dos traíras…resultado: empobrecimento da tropa e brutal sucateamento das forças armadas! Militar é um cidadão como qualquer outro! E precisa de salário compatível e condições de proporcionar uma vida digna à sua família!

    1. Penso que a grande maioria se senti conscientemente assim, …” Militar é um cidadão como qualquer outro! E precisa de salário compatível e condições de proporcionar uma vida digna à sua família!”… obviamente.

      …”Militares apolíticos é uma tremenda conversa fiada!”…, bem não sei exatamente o seu pensamento sobre um militar fora da dos muros do quartel exercer sua cidadania plena ou não, dependerá da liberdade do exercício político-social de cada um.

      Em particular, não vejo com bons olhos na caserna qualquer tipo de exposição política, e, principalmente, partidária, vide Venezuela e outras republiquetas de bananas sudamericanas (nem por isso, deixo a meu critério ser ou não um individuo apolítico ou político).

      E muito menos servir como militar da Ativa em qualquer governo temporal.

      “Forças Armadas são instituições de Estado, não de governo”.

      Políticos todos são, bastamos sabermos onde exercer e quando.

      Quartel é lugar de observância constante do cumprimento de todas as Normas Castrenses, jamais utilizá-lo com palanque político-partidário.

      JAMAS!

  5. “As Forças Armadas se voltaram firmemente para a profissionalização “latu sensu”, adquirindo competências em diversos campos do conhecimento, que resultaram em extremada confiança por parte da sociedade”

    Legal! E assim, durante quase 35 anos nos tornamos um país socialista, quase comunista, com 60 mil assassinatos por ano, carga tributária Norueguesa e com serviços africanos, corredor para o tráfico internacional de drogas e armas pesadas, milicias e narcotraficantes instalados onde o Estado deveria ter atuado, quadrilhas infiltradas no MEC e Ministério da Saúde, contrabando de madeiras, pedras preciosas, minerais raros, estatais sob o comando de partidos políticos, pasto para especuladores financeiros nacionais e internacionais. E sendo assim, em todas as instancias de governos, a arrecadação tributaria é devorada pelos salários e benesses dos funcionais, sobrando apenas 2 % para investimentos do Estado na economia.

    Não foi exatamente uma Guerra Fria, mas uma infiltração silenciosa, lenta, gradual e destruidora; não para os altos escalões, mas para a grande massa popular que não tem tempo para se informar e concatenar planos de poder, mas trabalhar para sustentar o Estado dos Homens da Ordem!

    1. EXELENTE REFLEXÃO Anônimo no 4 de fevereiro de 2021 a partir do 12:41

      Aprendeu ‘Seu’ Arrego Barros, o que é uma exposição de pensamento realista, critico social e politico, a ordenação de ideias reais e fundamentadas pela historia partidariamente ideologizada para prover interesses ocultos travestidos de defensores das classes menos favorecidas de um estado sem FFAA com quadros de profissionais de verdade.

      Parabéns, iluminado farol aceso no anonimato silencioso e ensurdecedor.

  6. Eu entendo parcialmente a abstinência politica. A guerra cultural não enfrentada durante o regime militar é continua. A Comissão da Verdade foi uma tentativa de jogar uma pá de cal sobre as FFAA.

    Mas vejam: há uma diversidade cultural gigantesca. O Brasil e o mundo não se resume a pensamento único absoluto. Vivemos em um planeta onde ainda não se tem opção de fuga para outra base interplanetária. Sendo assim, no lugar de se ter permitido a consciência nacional diversionista, futebol, BBB, programas de domingo, deveríamos ter desenvolvido uma consciência mais nacionalista, estrutural, não exatamente protecionista, mas de amor à terra em que vivemos, nosso lar, nossa família, nosso bairro, nossa cidade, nosso país, nossas instituições, integradas e interagindo com o mundo; nosso comércio, nossa industria, nossa tecnologia, nosso ensino; absorvendo e transmitindo evolução e conhecimento, sem detrimento de nossa identidade cultural e consciência nacional das quais deveríamos nos orgulhar.

  7. Que indivíduo desagradável.

    Primeiro:
    o substantivo é ‘Lato sensu’, expressão em latim que significa, literalmente, “em sentido amplo”, e em sua contraposição ‘Stricto sensu’, no sentido mais específico.

    – E não “latu sensu”. E não se aplica aspas neste contexto (‘Lato sensu’).

    Segundo:
    …”governos militares, findado em 1985, as Forças Armadas se voltaram firmemente para a profissionalização “latu sensu”, adquirindo competências em diversos campos do conhecimento”…

    – fora os avanços científicos de instituições e centros de excelência como o IME, ITA, IBEx, e expertise reconhecida internacionalmente das indústrias aeronáutica e a engenharia naval brasileiras.

    – quais são essas tais ‘competências em diversos campos do conhecimento, que resultaram em extremada confiança por parte da sociedade’; que o senhor vislumbrou, além daqueles Centros de excelência cientifica acima destacados.

    – não nos faça acreditar que seriam aqueles dois anos de ECEME, de apenas palestras, viagens nacionais e internacionais, chopps nos barzinhos e restaurantes da Urca, Botafogo, Flamengo e shopping RioSul, rodas de samba na Mangueira e Madureira. Né! Pai dos ‘estamentos mais inferiores’ (companheiros de Turma que serviram nesta Escola me deram a real do cotidiano deste EE na Urca).

    – PARA! Arrego Barros.

    – o que de relevante representa e representou ao Estado-nação, todos esses cursos ‘rolhas’ de ambientes refrigerados por pensamentos e conhecimentos quase que inúteis e insignificantes para qualquer tipo de aplicação e proveito público.

    – apenas pra encher o saco da gente com essa “esborragia” insuportável.

    – e exclusivamente para inflarem substancialmente seus contracheques a níveis estratosféricos (73%).

    – lustrar a alma, a psique, o intelecto é graduar-se nas Universidades como fizeram o ministro Tarcísio Gomes de Freitas (uma excelência de conhecimento, uma exceção deste desgoverno ‘militar’).

    – todos os Subtenentes e Sargentos que apesar de suas intermináveis permanências nas Escalas de Serviço, buscam e ‘vazam’ das FFAA, também, os excelentes quadros de oficiais que todo ano deixam a Força através do conhecimento acadêmico adquirido nos reais Centros de Estudo, nossas Universidades públicas em especial.

    – e não em todos esses cursinhos militares ‘rolhas’ no RJ. Sou muito mais os valiosos cursinhos UniPré, SOEIRO E MARTINS, todos no Rio.

    Terceiro:
    seu lance é o seguinte ‘não chegaste ao posto 4 estrelas’ (preterido), escorraçado do desgoverno que, enquanto durou no cargo, não fez qualquer crítica, diferentemente do honrado GENERAL Santos Cruz (este, SIM, tem todo nosso respeito).

    – quase a totalidade do oficialato é assim, mimados, vaidosos, arrogantes e devido a experiência inicial militar na Neverland (a Terra do nunca), a ‘Akadimia’, se negam a viver no mundo real fora dos muros do castelo DisneyAMAN.

    – Cansamos de suas convicções vazias e insignificantes.

    – Espero que valorize o hoje, caia na real como eu, e vista os insignificantes ‘pijamas e pantufas’ da Inatividade.

    – ou, melhor, tome uma atitude empreendedora como o Redator desta website, e saia do conforto.

    – deixe o “minto” 2022, seu ex-Messias, fora de suas amargas críticas.

    – dispensamos suas arrogantes e subliminares indiretas vazias de ideias e relevância.

    Ave Jair! Seu ex-Messias.

    p.s.:

    – sim, teria ideia pra quais OM´s das FFAA foram repassados os 16 milhões de leite condensado e 3 milhões de gomas de marcar no ano passado.

    – isso, sim, é relevante ‘Seu’ arrego barros.

    Que desagradável !

      1. …”Comentário perfeito!!!!”…

        Infelizmente, companheiro Anônimo no 4 de fevereiro de 2021 a partir do 14:33

        Esse tipo de posicionamento deste militares mimados que infelizmente ajudamos na sua construção dessa gente e perfil, durante suas passagens na Ativa, não podem ficar sem algum tipo de resposta.

        Passam a carreira inteira numa mordomia e conforto permanente:

        – PNR´s ‘feupudos’;
        – ajudas de custo pra milhões de cursos ‘rolhas’;
        – diárias e trilhões de transferências;
        – saem primeiro tenente e se lançam profundamente numa Seção refrigerada, cheia de auxiliares e puxas-sacos de plantão por toda a carreira; e
        – saltam da escala de serviço rapidamente, e etc.

        E, não bastasse tudo acima, me vêem com esse ‘mi mi mi’ insuportável, parecendo um bando de velhos adolescentes, igual esta miserável geração de jovens inúteis de hoje em dia (obviamente, nem todos os jovens adolescentes atuais são ineptos).

        O ‘pai’ dos estamentos mais inferiores poderia nos poupar de tantas asneiras.

        Cala-te! Arrego Barros.

        Abraços.

        Que desagradável !

  8. Além da lembrança acima merecida do general Santos Cruz, em virtude de sua firme defesa da convicção castrense de que o ‘papel das forças armadas é democracia como dever militar’, e vigilância na correção de atitudes republicanas.

    Como de forma não muito respeitosa me referi a Terra do nunca, em particular da Neverland do RÊGO BARROS.

    Destaco, também, a excelência profissional do ex-general General de Brigada ‘Milton Sils’ de Andrade Júnior, Soldado do mais alto valor que contribuiu ao Exercito brasileiro, com o qual tive a oportunidade de servir.

    Quando instrutor naquele honrado EE, a AMAN, empurrava “pru rabo” dos cadetes, a fim de ‘apertar’ na formação profissional destes instruendos, ministrava longas instruções nas “consul´s” do Pico gelado da Agulhas Negras nos exercícios de campo, sempre primeiro a entrar e último a sair da consul, em grupamentos e grupamentos de instrução.

    Apenas uma boa e velha lembrança.

  9. “É indispensável reconhecer que, após o ciclo dos governos militares, findado em 1985, as Forças Armadas se voltaram firmemente para a profissionalização “latu sensu”, adquirindo competências em diversos campos do conhecimento, que RESULTARAM EM EXTREMADA CONFIANÇA POR PARTE DA SOCIEDADE.”

    O General quer dizer que o “voluntário” afastamento das Forças Armadas da política foi responsável por gerar no seio da sociedade brasileira uma grande confiança nas Forças Armadas. Isso é falso, Sr. General, as Forças Armadas Brasileiras SEMPRE gozaram de alta confiança por parte da sociedade brasileira e isso se dá, porque em geral, ao longo de sua história sempre estiveram em conformidade com os valores e tradições da Nação Brasileira. Essa conformidade sempre se deu porque ao lado da Igreja, é a única instituição presente em solo brasileiro que possui capilaridade e verticalidade, ou seja, está disseminada por todo o território nacional e congrega pessoas de todos os extratos sociais que podem ascender em seus quadros e fala a todas essas pessoas. É essa conexão com o Brasil real que vemos totalmente ausente em nosso Legislativo e Judiciário, por exemplo.

    “Um chefe militar, a quem muito respeito e com o qual troco percepções regularmente sobre o momento que se vive, alertou-me para as diferenças fundamentais, na sua convicção, entre as Forças Armadas americanas e as Forças Armadas brasileiras, alvos de comentários no último artigo.
    As nossas são idealistas e humanistas, aquelas, aristotélicas e militaristas.”

    As Forças Armadas Brasileiras são, realmente, diversas da americana, mas não por causa dessa bobagem de idealismo e humanismo, aristotelismo e militarismo; mas sim porque nós temos uma raiz histórica e civilizacional ibérica e os americanos, anglo-saxã. Nossa raiz ibérica fez com que os avanços da ordem liberal que já estão na gênese da formação da sociedade americana encontrasse muita resistência para vingar em solo brasileiro. Por exemplo, o impessoalismo que é algo comum na ordem liberal, encontra resistência no Brasil porque estamos agarrados a um pessoalismo típico das sociedades pré-liberais.

    “Nesta singrada, cito uma passagem do Marechal Castelo Branco, extrato de uma orientação como chefe do Estado-Maior do Exército: “Os meios militares nacionais e permanentes não são propriamente para defender programas de governo, muito menos propaganda, mas para garantir os Poderes constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei”.

    Afirmação infeliz e perigosíssima do Marechal Castelo Branco. Castelo Branco não consegue fugir da visão positivista que se agarrou no seio do Exército. Os meios militares nacionais e permanente não são realmente para defender programas de governo, muito menos propaganda; mas também não são somente para garantir os Poderes constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei, mas eles devem servir ao bem, a justiça e a verdade.

    Quer dizer que se uma tirania comunista, fascista, nazista, etc. for escolhida pela maioria da população, ou seja, democraticamente e criar leis iníquas por meio de poderes constitucionais iníquos, mas que foram formados pela vontade da maioria, devem as Forças Armadas seguirem essa aberração? Quanta estupidez.

    É esse, um dos riscos, das Forças Armadas apolíticas: Forças Armadas usadas como instrumento de tiranias e condutas anti-humanas como se deu no socialismo soviético ou no nazismo alemão, ambos com seus campos de concentração. Lembre-se General, que Hitler foi eleito democraticamente, ou seja, pela vontade da maioria e em conformidade com os poderes constitucionais da Alemanha na época estabeleceu uma tirania, enquanto as Forças Armadas apolíticas e profissionalizadas, meramente técnicas com seu silêncio cumpriu todas as ordens emanadas daquela tirania aberrante.

    “Percebe-se por parte daquele líder militar, malgrado o momento de fricção que se descortinava em nossa sociedade, a sua capacidade de expressar com quietude a postura de instituição de Estado esperada das Forças Armadas.”

    Forças Armadas como instituição de Estado não quer dizer que elas são apolíticas, mas que elas não se submetem a ideologias mas sim as tradições e valores da Nação brasileiro que devem estar alinhados ao bem, a verdade e a justiça, três pontos que devem ser o fim de qualquer estado digno desse nome.

    “as Forças Armadas se entrincheiraram na “estratégia do silêncio”, seguras de que o futuro traria luzes aos fatos sem os envolvimentos emocionais. A madureza dessas ações a levou-lhes a ser “protagonista silencioso(a)”, expressão cunhada pelo general Villas Bôas, antigo comandante do Exército, sem, entretanto, evoluir para imiscuir-se diretamente na gestão política.”

    As Forças Armadas devem ser um protagonista silencioso porque “não se deve fazer a política no Exército, mas a política do Exército”, trata-se aqui de se exercer uma tutela sobre a Nação, elas devem ser a eminência parda ou o Poder Moderador da Nação. Como é possível ser um protagonista silencioso na vida nacional sendo uma instituição apolítica, Sr. General? Em linhas gerais: Nós como instituição de estado que tem capilaridade e verticalidade, além de depositárias dos valores e tradições do Brasil, devemos formular os objetivos permanentes, os caminhos a serem seguidos e tutelar como Poder Moderador, os poderes constituídos para que executem esses objetivos e sigam aqueles caminhos. E quem movimenta a Instituição para esses fins é o Alto Comando das Forças Armadas, assim as Forças Armadas fazem o acompanhamento atento dos atos geradores da história.

    “A divisão maniqueísta não promove evolução. O cimento social que dará sustentação ao nosso país passa por equilíbrio, serenidade e estilo inspirador dos formadores da consciência nacional.”

    Sim Sr. General, dos formadores da consciência nacional e não por ideólogos estrangeiros adeptos de teorias de exército apolítico que não tem base alguma nas tradições brasileiras e que não encontra eco no desenrolar da história da humanidade.

    General, deixa de ler essas bobagens gringas e leia mais Oliveira Viana, Gilberto Freyre, Alberto Torres, Gustavo Barroso, José Pedro Galvão de Sousa e outros.

    1. Parabéns pela abordagem ampla, clara e objetiva.

      Permita-me não compartilhar absolutamente com todas as suas observações e idéias.

      Ora por meu infeliz despreparo para argumentar todos os tópicos tratados, ora, por não possuir total domínio claro de algumas de suas abordagens.

      Mas, o importante que respeito seu conhecimento sobre vastos temas e que seu comentário me fará refletir sobre o assunto ‘Papel politico das FFAA na condução silenciosa, porém, sempre presente no amadurecimento democrático do Estado-nação.

      Muito grata sua participação neste Fórum website Montedo.

      Espero mais interseções iluminadas suas.

      Boa noite e volte sempre.

      Brasil

    2. Aí !
      Anônimo no 4 de fevereiro de 2021 a partir do 22:57,

      Esse destaque que você deu a frase abaixo de seu comentário, é extremamente feliz por aproveitá-lo como a perola, a cereja do bolo do infeliz, inócuo e inútil ‘Impressão opinativa’ da coluna do ex-porta-voz da Presidência da República ao Correio Brasiliense.

      Observem à oportuna idéia inexistente e irreal que este general quis nos fazer acreditar, que o Anônimo observador atento, nos alertou do blefe amador daquele ex-porta-voz, em oportunas LETRAS GARRAFAIS, segue então o destaque:

      …”que RESULTARAM EM EXTREMADA CONFIANÇA POR PARTE DA SOCIEDADE”…

      Tentativa autopromocional do ex-porta-voz, abortada, oportunamente, pelo comentário deste furioso Anônimo.

      Parabéns.

      Brasil.

    1. Uma espécie de Desagregador-geral do desgoverno “militar”.

      Tenho a impressão que ninguém aturava mais sua soberba e capacidade de, como você abordou, de ‘criar divisões ente praças e oficiais’.

      Nem gregos ou troianos o suportavam.

      Por esse comportamento desunido e arrogante o arruaçaram do cargo de porta-voz da Presidência da República.

      E, foi tarde. E pelo seu comportamento mimado, imagino que ainda não digeriu tal bico nos traseiros.

      Muito mimi mimi sênior de atitudes infanto-juvenis, um real e autentico Nutella R1.

      Que desagradável !

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